BlogBlogs.Com.Br

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Bush ia ao Iraque para casar, mas saiu-lhe uma "Maria Sapatão". Antes devia ter ido para Ilhabela

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do KAOS, num texto dedicado ao Rynaldo Papoy, o "Alemão", de São Paulo, a Grande
Eu nunca vejo televisão, mas hoje estava a comer umas "filhóses", feitas pela criada de dentro, e dei de conas com um programa chamado, acho, "Prós-e-Contras", que nunca tinha visto, porque aquilo me parece uma espécie de IURD do Sistema, onde toda a gente acaba a dar o seu dízimo, e depois o dinheiro não chega para nada.
Para Manuel Alegre, um sapato à Bush: chega de partidos para fazer brilhar a vaidade de gajos fora de moda. Quer reflexos?... Compre um garrafão, e espelhe-se nele.
Não conte comigo para nada.
São Paulo é uma cidade enorme: cabe lá dentro toda a canalha que vive amontoada neste depauperado rectângulo europeu, e mais uma multidão de pedras da melhor água, que levam a força da Língua Portuguesa aos quatro cantos do Mundo. Entrar numa livraria em São Paulo, como no Rio, por exemplo, é entrar num mundo de sofisticação e bom gosto, connosco a perceber onde é que algumas capas de sucesso, de lá, vieram depois ser copiadas, "à maneirinha", pelos pobres de cá. Sim, eu sei, o tráfego é insuportável, todos os dias morrem 25 estafetas motoqueiros, o mercado maravilhoso, e só me senti tão bem num lugar desses, como no do Funchal, os odores do Trópico, coisa fabulosa e intransmissível, e o asseio, medida do Brasileiro, mesmo humilde, que toma 2 a 3 banhos por dia, ao contrário do Português, que, de vez em quando, lá se lá vai lavando outra vez.
Adoro o Largo da Sé, onde, por 50 Reais, posso deixar de ser uma puta portuguesa, e passar a ser um "gentleman" tailandês, pedófilo, com documentos, atestados, passaporte e imunidade diplomática, e tudo o mais que for necessário.
20 metros abaixo do solo, há sempre uma "aviadeira", tipo aqueles gajos que em Portugal pagam clubes caros e chegam a Primeiros-Ministros, para fazerem o mesmo serviço que um Paulista aventurado faz: Linha Banheirão, cinquenta gajos a mijar em fila, e ele com dois na boca, um em cada mão,e ainda as traseiras ocupadas, isto tudo com o moço das limpezas a limpar e a assistir, porque lá, se se abre a boca, apanha-se um tiro na testa, por interromper a linha de produção. Glórias do susbsolo paulista, um dos melhores metrôs do Mundo.
O Reynaldo sabe que eu tenho aquela fixação pela "Boca do Lixo", onde parece que há quarteirões em ruínas, prédios a escorrer miséria e humidade, gajas com umas mamas enormes, e mulatas de buceta pendurada, deitadas num colchão furado, à espera do cliente com três dentes, do Sertão.
1 Real dá direito a mamada e engolir; se for com camisinha traz a camisinha você.
Meu Deus, quantas várias hipóstases do Paraíso, num bairro só!...
Quando voltar à Megalópolis onde se fala Português, espero que o Rinaldo me leve à Boca do Lixo: vamos de helicóptero, já que São Paulo tem a maior frota de helicópteros privados do Mundo, e quem sabe se eu não acabarei lá de sainha e descalço, com o meu nome artístico de Lola Chupa, a satisfazer imigrantes da Serra da Capivara, e antes isso do que este pardo país de merda.
Da última São Paulo, trouxe aquela fabulosa descrição do motorista, que me deixou no Churrascão de São José dos Campos, "buffet" à Americana, para comer até estoirar, e o meu fascínio pelo Rio Tieté, onde ele disse que os Japoneses -- está-se a celebrar a Diáspora dos Japoneses: o segundo maior Japão é em São Paulo, onde estão os restaurantes mais sofisticados da área, no Mundo inteiro..., sortudos... -- tinham tentado limpar aquilo tudo, drenar o fundo e substituir o próprio leito do Rio.
Trabalhos vãos: 20 000 000 de almas acotovelam-se em redor de um caneiro onde nada sobrevive, excepto... excepto... e passei semanas às gargalhadas, as célebres Capivaras do Rio Tieté, deus me livre, como é que podia haver Capivaras no Rio Tieté?..., mas o fenómeno era darwinesco e do mesmo âmbito da questão, "como é que ainda há fernandas câncios no "Diário de Notícias?...". Milagres da Fé e do Império.
Já na Ilhabela, e aquilo são 400 kms de aceleração entre paisagens fabulosas, de abismo e mata atlântica, antes de apanhar a balsa para um pequeno fragmento do Paraíso: também sou cidadão de ILHABELA para SEMPRE, e nunca mais esquecerei aquela maravilhosa rocha da Praia da Campânula, a Pedra do Sino, para chorar para sempre, entre iates e veleiros, de nos fazerem corar de vergonha e menoridade... mesmo aí, ainda me ria eu das Capivaras do Rio Tieté, grelhado de Capivara do Rio Tieté, espetadinha de Capivara do Rio Tieté, Filé de Capivara do Rio Tieté, perguntar, só por maldade, ao "garçon" do Restaurante do Hotel Porto Pacuíba, se tinha... capivara do Rio Tieté assada, mas não... ele só tinha especialidades italianas e francesas, que desilusão..., melhor, mesmo, partir para outra, e lá ia eu, mais aquela memória da noite tropical, 28º, às 23 h., o odor das flores de Inverno, e um beijo, puro assédio e violação de berma de estrada, que não posso relatar aqui, até que me caíam os olhos sobre a pequena ilha privada do outro, do Programa do Baú, o Sílvio Santos, e acabava o sonho: era a realidade da balsa, com as "Harley-Davidson" polidinhas como novas, os "motards", como em plena Europa, e as mansões, com cascata inclusa, a transbordar opulência, e até fetos, como em Sintra, e muito Niemeyer, mas não original, e até Frank Loyd-Wright, coisa que nada nos diz, no país dos "Bonjour-Tristesse" de um gajo chamado Siza Vieira, pedante e desactualizado, como tudo o que vem do Norte.
O sonho sobe agora mais alto: é o Pico de São Sebastião, um mar de floresta verde e de cascatas tropicais, o universo da "beautiful people" paulistana, cá em baixo, já no meio da estrada poeirenta, uma placa apagada e cheia de ferrugem, a dizer "Está a atravessar o Trópico de Capricórnio", e estava, vije-maria, a sentir-me com um autêntico Henry Miller, no qual, Rynaldo, vamos ter muito de nos esforçar, para que se possa ter a tensão e o vigor daquele que ambos enterrámos, o da nossa nascença, o Séc. XX, palco de Morte e Esplendor. É essa a nossa missão de escritores: alimentar o sonho e a ilusão, no puro seio do maior desânimo.

0 commentaires:

Protesto Gráfico

Protesto Gráfico
Protesto Gráfico