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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Da Rainha do Punte ao Escarrador Nacional

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Há coisas lindíssimas na nossa vida. Posso dizer que, chegado aos 70 anos, ainda tenho 3 sonhos na vida: ver a Senhora, ver o Pinto da Costa na cadeia e acreditar na virgindade de Maria de Lurdes Rodrigues.
Milagres, hoje em dia, até é o que há mais: vêem-se banqueiros que deviam ficar pobres a estar mais ricos, e pobres que se julgava não poderem ser mais pobres a ficarem ainda mais pobres do que já eram.
Nesta categoria dos fenómenos do Entroncamento houve, todavia, outra coisa que me apertou o coração e me fez sentir estar vivo, o "doutoramento honoris causa" do Mourinho.
O Mourinho é um monumento nacional, e representa uma vertente estratégica do Ensino Público, que passa agora pelos CNO, pela Licenciatura do Sócrates (CNO2), e agora, com este "honoris causa", acho que chegámos ao CNO3, vulgarmente conhecido por Carbonitrato de Ozono. Acima disto, creio que só a beatificação, e um "Nobèle". Pessoalmente, acho que entre o Mourinho e a Lúcia devia ter havido um pequeno "swing": ele era beatificado, e ela recebia o "Honoris Causa", só por uma questão de Justiça. Aparentemente, ela morreu a pensar ter visto qualquer coisa e ele, coitado, nunca viu realmente nada, pelo que devia ter o benefício da beatificação antes de o receber ela.
Há um lado oculto de Lúcia que sempre me fascinou, e só a crise americana veio agora revelar: no fundo, Lúcia Marto e Bernard Madoff têm muito mais em comum do que se pensa: ele começou como nadador salvador e US5000$, e montou aquela chafarica; ela, nadava como um prego, e devia ter cinco "mèl" reis na batina, quando viu a Senhora. A verdade é que, depois disso, ambos viveram do mesmo esquema da "Pirâmide": ele angariava novos parolos com o dinheiro dos quais pagava aos antigos, e ela milagrava novos pobres de espírito, à pala de um suposto milagre que tinha tido, enquanto núbil. Em ambos os casos, ambos arrumaram os rivais de raiz, ela, em campa rasa, ele, trucidando-os na Bolsa.
O outro milagre já estava previsto em todos os pregadores: é o Sermão de Santo António aos Peixes, os muito grandes comem os médios, e os médios papam os pequenos. Isto dava uma tese, mas hoje vou simplificar, porque é quase Natal: a China papou Angola, e Angola vem agora papar Portugal.
Como podem imaginar, pelas mãos da Rainha do Punte, os produtos tóxicos do BPN, BPP, BCP, BPI e afins são ligeiríssimos purificadores de ar, ao pé do cheiro dos dinheiros da Baía de Luanda. Graças a Deus que desde Vespasiano o dinheiro não tem cheiro, desde que os urinóis foram taxados. Muita gente de bom tom e bom gosto teria ficado arruinada se o hábito se tivesse mantido, e a casquinada da Catalina Pestana foi fabulosa, quando o outro alarve insinuou que o Portas andava com meninos. Meu menino, os meninos de que o Portas gosta são todos da estatura de guarda-costas e têm valentes malhos, coisa em que Angola, eventualmente, até nos poderá vir a ajudar, já que os tais 10% do BPI só deus saberá se vêm em dinheiro dioxi-toxinados, ou em vergalhos africanos. Se for ela por ela, há quem recolha os géneros, e quem se abarbate com os capitais.
Do ponto de vista da História, a velha frase "Angola é nossa" é dita agora com sotaque de Luanda, "Portugal já és nosso, esmeu irmãü", e parece-me já estar a ver caravelas a desembarcar no Cais das Colunas, com gajas com grandes mamas, tisnadas, e pretinhos da Guiné, prontos para colonizar o Terreiro do Paço. Far-se-ão transportar em liteiras e serão apresentados aos Reys d'estas partes, ua senhora que se vestia com ua bandeira de croché, e um soba esgalgado que gritava como ua impala com o cio.
Ah, e agora o melhor: chegados a estas terras uns dos nossos homens houve que se acercaram de uas colinas com ares muitos semelhados às paragens de Luuanda, e onde se respirava como se de nossas terras se tratasse, e vendo seram aquelas terras boas para assentar suas primeiras casas, ali mesmo lhe chamaram Cova da Moura, em honra da Moura, filha do Rey do Congo, e ay fizeram uas fortificações muy formosas, que servissem de casa às gentes mais nobres chegadas de África, com seus tesouros guardados em uns cofres, que de todolas gentes foram julgados bons, e se lhes deu o nome de BPI, ficando então aqueles Reynos acrescentados, para sempre, e dedicados à Senhora Macumbeira da Ota, como se de nossos sempre houvessem sido tidos.

1 commentaires:

Farelhão disse...

Este post fez ressuscitar o velho Messias, pelo que lá vai alho.
Meus filhos, o vosso irmão Socras, por muito estranho que me pareça, ainda consegue deixar-me de queixo caído com idiotices deste tipo: "Somos um partido popular moderno, da esquerda moderada popular, socialista moderno e moderado, popular socialista e democrático, popular moderado e de esquerda ... ".
Em verdade, em verdade vos digo que é mais fácil encontrar um banqueiro honesto do que ouvir algo minimamente inteligente proferido pelo 1º ministro por vós escolhido.
A minha benção a todos os "asinus", lusitanos, banqueiros, ministr@s e quejandos. Votos de que um bom fundo soberano angolano vos invada e fecunde.
O Messias

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