O Procurador Geral da República, Pinto Monteiro, depois de há dias dizer, no Parlamento, que o Ministério Público não está preparado nem especializado para lidar com crimes económicos - o que já muita gente tinha percebido - vem agora proclamar que “a lei é igual para todos”, mas também há quem vá percebendo que ela vai deixando de ser igual na directa proporção dos meios para a interpretar e aplicar, aqui um exemplo interessante, para não ir buscar a caixa de pó-de-arroz da senhora idosa acusada pelo lidl… depois, vem o inenarrável António Cluny , afirmar numa entrevista ao Correio da Manhã/Rádio Clube que “a Justiça não está preparada para punir os poderosos”. A um dado momento o entrevistador pergunta-lhe “Mas quem ouve que a Justiça portuguesa não está preparada para estes casos não pode ficar optimista em relação ao desfecho de alguns processos.” E Cluny responde o seguinte: “Oiça. Em Portugal nunca ninguém está absolutamente preparado para coisa nenhuma.”… Até isto já tinha percebido há muito só que ainda não percebi porque é que esta gente é paga a peso de ouro com regalias e poderes substanciais, mas que nunca está preparado para coisa nenhuma. E, então, quando se trata de ajustar práticas profissionais a novos desafios lançados pelas mutações sociais e económicas, nem se fala!
Agora é o bastonário Marinho Pinto que atira mais uma pedrada no charco: “Poder judicial abafa corrupção de magistrados”. E mais diz aqui a não perder.
Em quatro frases proferidas por três pessoas que têm o destino da Justiça deste país nas suas mãos se vê em que estado tudo isto está. A Justiça, pilar duma democracia digna desse nome, só serve para madar condenar maioritariamente os mais desgraçados e os ladrões institucionalizados andam por aí!… Estamos entregues à bicharada!...Não, há uma excepção. O melhor! O nosso PM que não só faz a promoção do Magalhães em cimeiras internacionais, resgata bancos em que se verificou haver gestão criminosa, para não lançar o país no descrédito internacional, por outras palavras, para inglês ver! E que até conseguiu convencer o banco europeu a baixar as taxas de juro dos empréstimos que os portugueses pediram para comprar as suas casas!
Tudo isto tem que levar uma grande volta e sabemos bem que não podemos contar com as forças partidárias do largo espectro político porque ou pactuaram com tudo isto ou não tiveram coragem ou crédito para denunciar... Continuem à espera de Godot!
8 commentaires:
Eles lá sabem...
Ps. Não vale a pena vir aqui nenhum anónimo insultar-me como há uns tempos atrás,tal como os donos deste Blog, EU NÃO TENHO MEDO.
Karocha,
pois sabem, suponho que te refiras às eminentes figuras da justiça do post... que o sistema judicial é uma enorme treta, mas andam a fingir que tudo vai bem e vão papando à grande e à francesa à conta dos tansos tugas!
quanto aos comentários deste blog, não vale a pena dar atenção, não foram os donos que te incomodaram, mas outros que se fazem passar pelos donos.
nos comentários que me dizem respeito sei quem os faz e porquê e não é bonito, porque foi um ex-colaborador do blog!
Isso mesmo e-Ko
Quanto a mim, podem esperar um grande ano.
Quanto aos comentários contra mim penso que não foi ninguém daqui, é que eu incomodo este Pais e, andam permanentemente em cima de mim...
Fizeram-me um ataque na net num blog de trampa, pensando que me deitavam abaixo, os pobres de espírito fizeram o contrário !
Um grande 2009
"nos comentários que me dizem respeito sei quem os faz e porquê e não é bonito, porque foi um ex-colaborador do blog!"
Querida, ao contrário de ti, sei que tudo o que assino na blogosfera tem apenas o meu nome: Paulo Pedroso.
Entendestem, hipócrita fedorenta?
mau Perdoso!
é o último comentário deste teor que deixo passar e já tinha avisado que eliminaria comentários destes.
este fica como exemplo para que toda a gente perceba do que se trata.
deves ter tirado férias para me vir chatear ou então foi o hospital psiquiátrico que mais uma vez cometeu um erro de apreciação!
Eliminas comentários porque dentro de ti vive uma figura pidesca que acha que me pode insultar à vontade, chamando-me ignorante, para depois ficar muito incomodada quando exponho a tua ignorância atroz em muitas matérias.
É insulto destacar a tua ignorância quando queres comparar 3 séculos de História de Portugal, anteriores ao século XX, com algumas décadas de ditadura no século XX, em matéria de educação das populações das colónias?
Ó mulher, vê se te olhas ao espelho porque não sou eu que te insulto. Tu és o teu próprio insulto sempre que abres a boca (perdão, o teclado) para dizer alguma coisa!
continua a enterrar-te, estou a dar-te uma ajuda enquanto me apetecer!...
porquê tanto ódio? será porque afinal não estás tão seguro de ti como pretendes?
Ódio, querida?
Sentimentos mesquinhos desse calibre não os nutro por ninguém e muito menos por ti.
Estou a milhões de anos-luz de coisas desse género.
Vê lá se encaixas uma coisa muito simples: se achas que tens o direito de classificar os outros de ignorantes, não te podes pôr ao fresco e fingir que a tua ignorância não pode ser exposta.
Lamento se, entre muitas pessoas que integram o BM, tu não és a mais indicada para apontar analfabetismos, incoerências, ignorâncias ou coisas que tais a outros, porque quase sempre que abres a boca só te enterras em erros ortográficos, linguísticos, históricos, analíticos e outros que tais.
Um exemplo recente que a menina não gostou de ver destacado, foi a atorda que mandou sobre o analfabetismo das populações das colónias, durante os séculos de dominação anteriores ao século XX.
Se não sabe, devia saber uma coisa tão simples, básica e óbvia, sobre a História do Estado-Providência (coisa tão cara à Social-Democracia Ocidental). Qualquer aluno do Secundário sabe que, antes do Século XX, os Estados não se preocupavam com a educação dos seus próprios cidadãos, quanto mais dos povos colonizados.
É, por isso, uma atoarda de todo o tamanho, dizer que Portugal, durante 3 séculos, não fez nada pela educação dos povos colonizados.
Por isso, uma vez mais, veja se percebe uma coisa: não sou que te insulto. Não sou eu que abro a boca por ti, para escrever essas palermices que escreves.
Eu limito-me a sublinhar as tuas palavras! Já percebeste!
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