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Portugal já está de "Réveillon". Nem nunca nós sonhámos com tanto fogo de artifício ao mesmo tempo. Andava tudo espantado como é que, de repente, esta merda parecia explodir em ruas de sentido proíbido por toda a parte, e ainda vão ficar mais espantados: esta porra, finalmente, começa a encaixar-se, como um temível "puzzle", talqualmente nas direcções em que sistematicamente aqui batemos, ano após ano.
Não sou muito de adquirir aquelas revistas de comprar e deitar fora; no outro dia, foi o "Expresso", o "Expresso" vai ter um dia à porta a Greenpeace, a sabotar-lhe a edição impressa, que é um dos mais espantosos actos de crimes contra a Natureza: quem compra aquilo está a levar para casa meio quilo de celulose, árvores espremidas e desfolhadas, para depois lhe escarrapacharem em cima com as medalhas do Vazio. Ainda me dei ao trabalho de folhear uma revista, sou como os animais, reajo às cores vivas, aquilo começava com a Inês Pedrosa (não há quem diga a essa gaja que devia ir vender rabanetes?...) e acabava na Ferreira Alves, outro passadiço horizontal dos "desperados" da Nação; agarrei naquela merda, foi direitinha para o caixote, mas daqueles que não dá para reciclar mesmo, porque junta ossos de frango com piripiri, mais cascas de amendoim e restos de salmão, crime por crime, lá iam dois atentados contra a Inteligência e a Natureza.
A "Visão" foi diferente: trazia na capa o Homem Baço, e eu comprei. Nem li, mas folheei: é uma novela da organização do Crime Organizado em Portugal, com todos os tentáculos mundiais. Ao pé daquilo, Bilderberg é um conto de fadas.
Como é que uma coisa cinzentona, vinda lá das brenhas, em tão pouco tempo se correlacionou com tudo o que havia de turvo, perigoso e RENTÁVEL, da decadente Sociedade Portuguesa?...: eles são os tais casamentos entre gente que parecia que nada tinha a ver, Ferros Rodrigues -- deus meu, quando me falam de Ferro Rodrigues até sinto um arrepio pela espinha acima... -- mas lá tinha de casar a "Gastona" com o varão do Padrinho, e o Padrinho não foi o Hassan El-Assir, mas estava lá, coisa boa, apontado por todas as hemerotecas da Aldeia Global como um dos maiores traficantes de armas do Mundo. A "conection" islâmica, aliás, era fortíssima, a meter um outro Driss Basri, genocida marroquino, que só Mohammed VI, figura muito conhecida do meio académico e das saunas "gay" de Bruxelas, correu para o exílio. Continuaram, parece -- Dias, o Conselheiro de Estado e o Genocida -- a trocar cartas, até que a alma se lhe apartou do corpo, em Paris.
A coisa é negra: este homem foi Ministro da Administração Interna do homem cujas mãos suavam, e suam, e que tem um medo irreprimível das multidões, ao ponto de ser o primeiro Primeiro-Ministro de Portugal que se fez deslocar dentro de uma viatura blindada (!) Mais teria Salazar a tê-lo temido, e nunca o fez. Eternamente grato, e é justo, porque Dias Loureiro, mandando, na Ponte, disparar sobre a multidão -- boa linha, no currículo de um Conselheiro de Estado... -- impediu que uma maré de insurrectos se lhe juntasse debaixo de São Bento, onde então aguardava os seus últimos dias, e talvez tivesse de lá saído, com a cabeça espetada num chuço, como a Princesa de Lamballe, só que não princesa, e não de Lamballe, mas de Poço de Boliqueime.
As "conections" seguem-se, e são sinistras: a mesma sombra, que, na Administração Interna, tinha tido acesso aos Segredos do Estado, mal foi para a Administração do BPN, imediatamente chamou para junto de si Lencastre Bernardo e Daniel Sanches, os homens das Secretas, ou seja, aqueles que sabiam dos Segredos dos Segredos do Segredo de Estado. A partir de aí, suponho que tenha ficado com a Classe Política imeditamente refém de tudo, e não era pouco, os Processos do Parque, os embriões de todos os Furacões, os Apitos, e a coisa mais melindrosa que, desde sempre, aconteceu em Portugal. Relembro-me sempre de uma conversa com uma pessoa, que não quero misturar aqui, que me dizia que eles andavam naquelas paneleirices do Casa Pia, mas só nos intervalos dos tempos em que não estavam a fazer coisas piores.
Meu dito, meu feito.
A célebre história de Portugal ser Rota de Tráfico de Urânio e Plutónio ganha agora novo ímpeto. Ninguém sabe que negócios eram estes, só se sabe que falharam dois, como ele próprio confessou, e na Costa Rica, coisa metendo treinadores e suburbanos do chuto na bola. Para o comum dos mortais, a notícia terá cessado no "mea culpa" de dois negócios que falharam. Para mim, veio o segundo arrepio na espinhela, porque imediatamente me pus a congeminar sobre todos os outros que terão dado certo...
Há uma amiga minha que tem sempre uma célebre frase, que é a de dizer "nem tu imaginas a quantidade de gajos bêbedos que vai para o Hemiciclo de São Bento votar leis cruciais completamente para lá de Bagdad...", pois, sim, acredito, desde que vi o Ruben de Carvalho a cambalear à porta da Câmara, assim como me advertiram que muitas daquelas caras pálidas e sonsas têm ligações extremadíssimas com as claques de Futebol e as Organizações de Extrema-Direita, que andam preocupadas com Pretos, quando se deviam era debruçar milimetricamente sobres os dias loureiros todos desta choldra.
O "bunker" de Oliveira e Costa, com um horrível ar, que parece tirado do "Salo", de Pasolini, ainda mais me fez pensar em "Salo", em Pasolini, e nos miasmas e pântanos libidinosos que nos governam. Também não me sai da cabeça aquela imagem do Sousa Lara, defronte de uma mesa, a levantar pedras preciosas, e a deixá-las depois cair, como nas histórias do Tio Patinhas.
Quantos "bunkers", quantas coisas privadas não nos governam, na sombra, enquanto o pagode anda entretido com aquelas cenouras que lhe atiram, as Botas e Bolas de Ouro dos pobres Cristianos Ronaldos e afins?...
O Santana, tarado, e vítima de um golpe de estado constitucional, de vinganças entre lojas maçónicas, grupos de interesses e despontares de Opus Dei, advertiu para que este insuportável esticar a corda em todas as frentes fosse pretexto para o Saloio dissolver a Assembleia Nacio..., perdão, da República, e é um cenário. Estivesse a acontecer o que aconteceu debaixo do seu breve governo, e o que não teria já caído de carmos e trindades. A verdade é que este súbito deixar sair as notícias, através de uma comunicação social, aparentemente, muito liberalizada e comunicativa é um mau presságio de que os bastidores vêm aí, em força, para forçar uma qualquer derrocada.
Cúmulo da náusea foi a Chorona de Sampaio, a comentar as avaliações docentes, dizendo que o Primado do Voto tinha precedência sobre as lutas corporativas.
Não se lembrou de isso, quando dissolveu uma Câmara de Maioria Absoluta contrária...
Por mim, já estou de lado: a gota de água dos Coelhos, dos Loureiros, das amizades e de haver um gajo conectado com a Al-Qaeda deixaram-me, que não sou muito de me assustar, seriamente preocupado. A que propósito é que um tipo que, simultaneamente, traficava com as Famílias Bush e Bin Laden, ou seja, com a CIA, vinha enfiar 40 000 000 € num buraco da Cauda da Europa, chamado BPN?... Parece que tratava, e trata, o Dias Loureiro, por TU, e suponho que lhe dê conselhos para comunicar ao Conselho de Estado. O Sr. Aníbal, das duas três: ou é, de facto, estúpido, o que não de excluir, dado o berço e o percurso; ou sabe de tudo e se tornou conivente, porque sabe que o Regime pode ir atrás; ou, pior, ainda, está refém, e tem um medo genuíno desta Corja insuportável.
A cereja em cima do bolo foi ainda ter de suportar o Abdul Karim Vakil, da Comunidade Islâmica, e também ex-Administrador do BPN (!), de braço dado com Mário Soares, outra alma cândida, ambos a chorarem os mortos de Mumbai e Bombaim.
Era o Altar do Diabo.
Só me lembro do Guterres e do "Pântano". Tinhas razão, rapaz, e nós todos estávamos, e estamos, ceguinhos.
Dias Loureiro é um artista, também nos revela a "Visão": já gravou dois CDs, um com Proença de Carvalho (!) -- eu fico às vezes fico mesmo em estado de choque com estas coisas...-- e outro com Almeida Santos (!), tudo "vozes" que se recomendam...
Suponho que tenham feito o duo do "Povo que levas no Rego", da Amália...
O resto é ainda mais inconcebível, mete negócios de Motorolas, para a escuta já vir incluída, e as tais histórias dos helicópteros, quando a mudança dos ciclos políticos, em Portugal, se fazia com agentes encarregados de deitar fogo à floresta, para deixar uma imagem televisiva de Holocausto. O melhor é comprarem mesmo a "Visão", ou ficarem à espera do que vai transbordar nos próximos dias, porque isto é só a franja dos restantes terrores: havia por aí quem dissesse que esta tourada com o cangalho da Lurdes Rodrigues era uma mera diversão, para evitar que se olhasse para a verdadeira floresta: ela aí está, e a Lurdes também está incluída: cerraram-se fileiras, e disse-se: "não cedemos". Sim, ok. Toda a gente já percebeu que, se um só deles cair, o Regime vem imediatamente atrás.
(Duo apavorado, no "Arrebenta-Sol" e em "The Braganza Mothers")
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