Halloween: a Noite das Ferreiras Leites

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Imagem do KAOS

Há uma anedota da Física que diz que o melhor relógio é aquele que está parado, porque há duas ocasiões, no dia, em que ele indica, rigorosamente, a hora certa. Para Manuela Ferreira Leite, a Noite do "Halloween" é a sua Noite Sarah Palin, o único momento do ano em que pode olhar para o espelho e se sentir bem consigo mesma.

Faz-lhe bem, só contemplação -- um nirvana -- nada daquele complexo de bacalhau de lombo baixo da Noruega, com um colar de missangas ao pescoço, e uma pequena mercearia -- diz-se agora "micro-empresa" de feijão, batatas e frangos cheios de bactérias -- de contabilidade de números baixos na cabeça e no coração.

É Dia da Poupança, de maneira que é sempre dia em que, em honra dela, disparo os meus 12 cartões de crédito, só para chatear, e provocar mais mossa na Banca, que, afinal, não estava tão mal assim: negócios sujos por toda a parte, desde a Suíça a Angola, e o Santander, que estava mal, já vai investir os nosso milhões não sei onde, acho que Brasil, ou Angola.

Eu adoro Angola: faz-me sempre lembrar Soares, Unitas, as Mocas do Savimbi e as grandes virtudes democráticas de José Eduardo dos Santos. Parece que o B.E.S. também adora, e o país até seria perfeito, se existisse uma avó angolana de Obama.

Como diria Baudelaire, em Angola, tudo é calma, luxo e voluptuosidade, e é por isso que Angola é nossa, quer dizer... deles.

Portugal é uma enorme sentina a céu aberto.

Este final de semana foi marcado pelo vexame mundial de um Primeiro-Ministro, cheio de anti-depressivos, com o Mundo a bambolear-se sem rumo, ir fazer para uma Cimeira de ex-Repúblicas das Bananas, em parte recauchutadas, em parte, na mesma, o papel do balconista da Loja Chinesa, ao tentar vendê-lle um Magallãens com slendo um plodutlo poltuguês, quando ele já andlava a ser comercializado no Terceiro Mundo há pelos menos dois anos. "Dos 7 aos 77 anos"... parecia uma descrição da "Casa Pia", como esta. Ora, pra mim, que sou péssimo em contas, se já andava a ser comercializado há 2 anos no Terceiro Mundo, e agora encontro uma Deslumbrada de Vilar de Maçada a ficar doida com ele, é sinal de que estes 2 anos são cruciais: marcaram um novo atraso, que representa a nossa definitiva entrada no Quarto Mundo.

Devemos ter passado da Idade Contemporânea para a Idade Extemporânea.

O epísódio foi vexatório, mas, para mim, que conheço a patologia familiar do Sr. Sócrates, fez-se-me um nó na garganta, porque faz-me sempre lembrar a sua prima por afinidade -- pessoa que é minha intimíssima amiga --, quando entrou na euforia do seu "assador de frangos", que era a glória de todas as prateleiras, e anunciou, acho que meia dúzia de meses depois, a falência irremediável de todo o património empresarial da família...

É nisso que estamos, só que este salto, em patamar de loucura, do Zé da Independente, representa que o Estado Português desceu mais um patamar no abismo.

Mário Soares, a única figura com projecção mundial que Portugal produziu durante a III República, anunciou 2009 como o pior ano que terá vivido na sua vida. Coitada da Maria Barroso, que vai apanhar porrada, e andar com um olho ao peito, por causa da travessia atribulada do marido. Espero que não meta polícia, para evitar mais escândalos do que aqueles em que já estamos atascados.

Para além do PSI-20, que continua instável, e só recuperou verdadeiramente naquela semana em que os empresários foram a Fátima rezar -- o que me deixa supor que deveria haver um constante sistema de rezas, sei lá, como os Tibetanos, pôr o Vítor Constâncio, essa inimputável Neoplasia Maçónica da III República, no meio do Terreiro do Paço, agarrado a um Moinho de Orações do Tibete, a rezar permanentemente para que as acções do tráfico de armas do BCP, do BES, do Barcklays ou da CGD, entre outros, nunca caíssem---, mas acho que já me perdi... ah, sim, seguindo o conselho de Ratzinger, Fernanda Câncio enfiou-se numa "madrassa", e está a ler diariamente a "Bíblia", o que lhe tem sobressaltado o meio neurónio, e a excita bués, para "dar ao dedo", enquanto o "namorado" vexa Portugal no Estrangeiro.

"Por que no te callas, Socrates?"

Os Generais jantam, mas aquilo já me cheira a mais um sobressalto do nacional-porreirismo no seu pior. A coisa, a ser séria, podia passar, por exemplo, por um pequeno susto à aluada de Vilar de Maçada: mal regressasse da Cimeira Ibero-Americana, e entrasse o avião em espaço aéreo português, alguns jovens pilotos exaltados embarcariam nos seus caças, far-lhe-iam escolta, e obrigá-lo-iam a aterrar numa qualquer base militar nos arredores de Lisboa, fazendo-o penar um par de horas, em puro silêncio, e depois voltariam a escoltá-lo até à Portela, sempre sem uma única palavra, só para o avisarem de que as Forças Armadas são, constitucionalmente, o garante da Democracia, e que o Estado Português não suporta mais ser representado por Palhaços em tristes figuras de palco internacional.

Internamente, a coisa não vai melhor: um traste, com um daqueles poleiros sub-ministeriais -- não lhe sei o nome, porque os cães costumo chamá-los por assobio -- disse que a Função Pública seria "trucidada" (!), se resistisse aos seus humores. Não sei o que se faz a gente desta. O homem tem ar de ter saído do Estabelecimento Prisional de Monsanto, Sector Alta Segurança, e, a bem dizer, se estivéssemos num Estado de Direito, era obrigá-lo a uma imediata demissão. Como não estamos, era entregá-lo à Função Pública, para que o trucidassem.

Tudo isto é indigno de um Estado Europeu, e espero que os Generais jantem depressa, "malgré tout..."

A nota optimista vai para aquela bagunçada dos Professores: era fundamental que se percebesse que só há um inimigo, e que todos os aliados, Professores, Sindicatos, Pais, Filhos, Associações Cívicas se unissem contra o Monstro Bipolar que exerce funções governamentais na 5 de Outubro. Parece que se entenderam, e que dia 8 de Novembro a coisa vai descarrilar para uma Escala Olímpica, nunca vista. Acontece que desta vez não deveria parar no Terreiro do Paço: teria de acabar com a Srª. Dª. Lurdes exemplarmente posta na rua, e posta mal, quero dizer, numa daquelas queda com fractura do colo do fémur.

Eu, que sou pouco dado a saídas à rua, lá estarei com tudo o que for amigo, familiar e contestatário.

Há limites para a Educação, e a minha cessou, com o advento desta Corja.