K.R.A. – Professor, qual a sua posição sobre um tema candente da sociedade actual: a Interrupção Voluntária da Gravidez?
C.S. – Olhe, minha senhora, isso é matéria que compete à Assembleia Nacional legislar. Suponho que aquilo que a Assembleia Nacional legislar irá ser depois enviado ao Presidente da República, que, a seu tempo tomará a posição que julgar mais adequada... Se me perguntar a minha posição pessoal, para além de candidato à Presidência da República, posso dizer-lhe que a Assembleia Nacional está no seu direito constitucional de definir o quadro legal dessa situação, mas, repito, do meu ponto de vista, quanto a abortos, deixe-me que lhe diga…, pessoalmente…, primeiro, eu, de facto, nunca fiz nenhum, portanto o meu conhecimento do assunto é puramente teórico... depois.... bem... eu acho que os abortos devem ser todos feitos... , como até agora..., para lá da fronteira portuguesa, ou, se quiser..., para lá de Badajoz…
K.R.A. – Ou para quem tenha triunfado na Economia de Sucesso, para lá de Londres...
C.S. –Isso, isso!... Londres, ou mesmo Oxford, onde eu fiz os meus estudos (risos).
K.R.A. – Suponho que quanto ao Casamento Gay, a sua posição seja idêntica…
C.S. – Olhe, para ser sincero, isso é um assunto que deixo à consideração da minha esposa. Sempre que esse assunto surge nos órgãos de Comunicação Social… e deixe-me que lhe diga,.. eu sei que a senhora faz parte de um órgão de Comunicação Social… mas a culpa desses assuntos virem repetidamente para primeiro plano são da exclusiva responsabilidade de… eu diria mesmo… há uma certa manipulação dos factos…
K.R.A. – Manipulação como, Professor?...
C.S. – Repare, minha senhora, a maior parte da população portuguesa está preocupada com os seus salários, com o p"u"gresso da Economia, com a saúde e a educação dos seus filhos...
K.R.A. – Pois…
C.S. – … não está preocupada com ir fazer abortos a Badajoz, ou com ir casar-se com homossexuais. A senhora acha normal, se entrevistar um português na rua, e lhe perguntar se ele se vai casar com um homossexual… sim… a senhora acha que ele lhe vai responder o quê?...
K.R.A. – Não lhe perguntei a opinião do homem da rua, Professor, perguntei-lhe a sua posição, como candidato presidencial…
C.S. – Deixe-me repetir-lhe o que já lhe disse: esse é dos assuntos que eu preferiria deixar para a magistratura de influência da minha esposa… Quer antes que eu lhe diga o que a minha esposa costuma dizer sobre esse assunto?...
K.R.A. – Esteja à vontade, Professor…
C.S. – Pois a Drª. Maria Cavaco Silva costuma dizer que isso é das coisas mais nojentas de que já ouviu falar, e que, graças a Deus, isso das homossexualidades é uma coisa que só existe em certos países, como a Bélgica, ou a Holanda… minha senhora, nós estamos em Portugal, é aos Portugueses que a minha candidatura se dirige, não aos Belgas ou aos Holandeses…
K.R.A. – ... ou aos Espanhóis…
C.S. – Exactamente, minha senhora, a minha candidatura é supra-partidária, e não se dirige nem distingue sectores específicos da sociedade portuguesa, é, sobretudo, como eu digo no manifesto "As Minhas Ambições para Portugal", uma candidatura que valoriza "a pessoa humana e a solidariedade entre gerações e entre regiões".
Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
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