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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A Modista a Nu...





A modista a nu: o video imprescindível e inacreditável...


Infelizmente, por falta de tempo, tive que esperar para cumprir algo que estava decidido: responder ao comentário/opinião da modista a propósito dos vinte anos que decorreram desde o incêndio do Chiado. Creio que ouvi em directo, não sei, vejo pouca televisão e ligo-lhe muito pouco, mas estava numa mesa familiar e, portanto, essa tia também lá estava e ouvi. Ouvi, registei e pensei logo na resposta. Ninguém, à minha volta ligou, nada disse, embuchei e fiquei à espera de tempo… Tive a grata felicidade, muito pouco depois, de ler logo num blogue de eleição um comentário, muito bem escrito e contundente, que subscrevi com toda a veemência que consegui. Porém, tinha que ser eu próprio a escrever sobre isso, apesar de nada ter a apontar e se calhar nem chegar aos calcanhares do que já foi escrito sobre o assunto.


Bom, directo ao tema em questão… Diz a pobre de espírito que a presença de mendigos à sua porta a incomodam e afugentam a sua clientela, bem como a das outras marcas, as de elevado prestígio. O meu pensamento estremeceu… quem é que está a mais e aonde? A modista, que enriqueceu e que, à custa de muita cretinice, julga que é divina e pensa que o que se põe por fora altera o que está dentro, isto é, os trapos, vestimentas e essas coisas que as modistas fazem, ou os desgraçados que vão à procura, sobretudo, dos estrangeiros já que os seus compatriotas que, apenas por mero acaso da fortuna lá não estão também, é fácil ver o que pensam… não é?


O que propõe a modista? Criar uma alternativa para os pobretanas vulgares serem obrigados a afastar-se da sua porta, pois parecem mal e não compram nada? Varrer com canhões de água da polícia, os portugueses e outros que para ali estão a mendigar, tentando sobreviver, e que, por acaso e azar deles, lhe estragam o negócio, que desinfestem matinalmente as ruas e passeios com DDT e os perfumem, de seguida, com fragrâncias reconhecidas internacionalmente e permitidas pela ASAE, não vá a pituitária da modista ficar ferida à chegada à loja e mais… as calçadas… mal feitas, descuidadas, poderão ferir a delicada pele de algum dos seus saltos de alfinete; porquê que não arranjam um lugar em condições para os pobres, bem longe de nós, modistas ricas, e dos turistas, onde eles possam pedir à vontade, fazer chichi, cheirar mal e dar o aspecto do verdadeiro Portugal, que definha, fede, apodrece e gosta de esmolar nas zonas chiques, bem debaixo de tais modistas, que, por baixo das roupas e dentro das cabeças, apresentam e demonstram um estado ainda mais lastimoso e fedorento se visto a nu?


Que as costureiras e modistas ricas se unam, comprem o Chiado e arredores, deve estar à venda, cobrem entrada e garantam o direito de admissão… tornem Portugal num país mais democrático, onde todos possam viver, uns nuns sítios outros noutro, claro, mas não é isso a democracia do dedal, alfinete e das madamas?



Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

3 commentaires:

Nuno Miguel disse...

Absolutamente fantástico!
Não posso dizer mais nada, pois já tudo foi dito sobre o assunto.Parabéns pelo Genial blogue!

Anónimo disse...

Não sejas ridículo!
Tás armado em defensor dos indigentes?
Puta que os pariu a todos! Essa escória tem muito trabalho por aí se quisesse trabalhar!
Não sabes do que falas e tu é que és feio, mau e só tens sensibilidade nesse teu olho cagueiro.

e-ko disse...

no tempo da outra senhora, que também tinha por apelido Salazar, os mendigos não podiam andar por aí como queriam... saia mais um Salazar para a bruxa da modista!

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