A modista a nu: o video imprescindível e inacreditável...
Infelizmente, por falta de tempo, tive que esperar para cumprir algo que estava decidido: responder ao comentário/opinião da modista a propósito dos vinte anos que decorreram desde o incêndio do Chiado. Creio que ouvi em directo, não sei, vejo pouca televisão e ligo-lhe muito pouco, mas estava numa mesa familiar e, portanto, essa tia também lá estava e ouvi. Ouvi, registei e pensei logo na resposta. Ninguém, à minha volta ligou, nada disse, embuchei e fiquei à espera de tempo… Tive a grata felicidade, muito pouco depois, de ler logo num blogue de eleição um comentário, muito bem escrito e contundente, que subscrevi com toda a veemência que consegui. Porém, tinha que ser eu próprio a escrever sobre isso, apesar de nada ter a apontar e se calhar nem chegar aos calcanhares do que já foi escrito sobre o assunto.
Bom, directo ao tema em questão… Diz a pobre de espírito que a presença de mendigos à sua porta a incomodam e afugentam a sua clientela, bem como a das outras marcas, as de elevado prestígio. O meu pensamento estremeceu… quem é que está a mais e aonde? A modista, que enriqueceu e que, à custa de muita cretinice, julga que é divina e pensa que o que se põe por fora altera o que está dentro, isto é, os trapos, vestimentas e essas coisas que as modistas fazem, ou os desgraçados que vão à procura, sobretudo, dos estrangeiros já que os seus compatriotas que, apenas por mero acaso da fortuna lá não estão também, é fácil ver o que pensam… não é?
O que propõe a modista? Criar uma alternativa para os pobretanas vulgares serem obrigados a afastar-se da sua porta, pois parecem mal e não compram nada? Varrer com canhões de água da polícia, os portugueses e outros que para ali estão a mendigar, tentando sobreviver, e que, por acaso e azar deles, lhe estragam o negócio, que desinfestem matinalmente as ruas e passeios com DDT e os perfumem, de seguida, com fragrâncias reconhecidas internacionalmente e permitidas pela ASAE, não vá a pituitária da modista ficar ferida à chegada à loja e mais… as calçadas… mal feitas, descuidadas, poderão ferir a delicada pele de algum dos seus saltos de alfinete; porquê que não arranjam um lugar em condições para os pobres, bem longe de nós, modistas ricas, e dos turistas, onde eles possam pedir à vontade, fazer chichi, cheirar mal e dar o aspecto do verdadeiro Portugal, que definha, fede, apodrece e gosta de esmolar nas zonas chiques, bem debaixo de tais modistas, que, por baixo das roupas e dentro das cabeças, apresentam e demonstram um estado ainda mais lastimoso e fedorento se visto a nu?
Que as costureiras e modistas ricas se unam, comprem o Chiado e arredores, deve estar à venda, cobrem entrada e garantam o direito de admissão… tornem Portugal num país mais democrático, onde todos possam viver, uns nuns sítios outros noutro, claro, mas não é isso a democracia do dedal, alfinete e das madamas?
Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
3 commentaires:
Absolutamente fantástico!
Não posso dizer mais nada, pois já tudo foi dito sobre o assunto.Parabéns pelo Genial blogue!
Não sejas ridículo!
Tás armado em defensor dos indigentes?
Puta que os pariu a todos! Essa escória tem muito trabalho por aí se quisesse trabalhar!
Não sabes do que falas e tu é que és feio, mau e só tens sensibilidade nesse teu olho cagueiro.
no tempo da outra senhora, que também tinha por apelido Salazar, os mendigos não podiam andar por aí como queriam... saia mais um Salazar para a bruxa da modista!
Enviar um comentário