Luta Social discussão] Sócrates tece a corda que o há-de enforcar
Com certeza que Smith tem razão em repudiar que tenha injuriado Sócrates.
É evidente que a acusação de corrupto apenas é injuriosa se não for fundamentada. O sr. Sócrates é que terá que provar agora, que o sr. Smith o injuriou!!! Ou seja, terá de provar que é absolutamente certo que não terá nunca havido qualquer tráfico de influências, qualquer acto ilícito, etc. durante a sua longa carreira de político. Acho que é um acto de desespero político, este de processar todos os órgãos de comunicação (e não apenas a TVI) que se fizeram eco do famoso DVD em que Smith classifica o «nosso» primeiro de corrupto. Em política o que parece, é. Goste-se ou não desta situação, é a que Sócrates criou. Ele teceu a corda em que se irá enforcar, por certo! Repare-se no seguinte: O que faria nestas circunstâncias um primeiro-ministro que não tivesse qualquer receio, por ter a consciência limpa? O que faria, caso não tivesse sido influenciado, e muito menos corrompido, aquando da decisão de desvincular a área do futuro Freeport, da área de protecção da Reserva Natural do Estuário do Tejo?
- Poderia expor, numa entrevista televisionada, por exemplo, as fundamentações técnicas, os pareceres, os critérios que na altura lhe fizeram optar por tal decisão. - Poderia descrever detalhadamente e com outros seus colaboradores da época, todos os passos que levaram ao licenciamento do empreendimento do tal Freeport. Dando a conhecer isto ao País, estava apenas a cumprir o seu papel, demonstrando que não havia realmente motivos legítimos para se duvidar da honestidade do primeiro-ministro. Ao não fazer nada disto (que estaria naturalmente ao alcance de um primeiro-ministro e líder do maior partido político) está a dizer implicitamente que há muita sujidade debaixo do tapete. Ele e todos os que à sua sombra foram «medrando», estão na defensiva. Ele e toda a clique que tomou conta do aparelho de estado, com os privilégios associados, estão confinados a uma atitude defensiva, mesmo (e sobretudo) quando assumem uma postura de fuga para a frente.
Hoje, pode-se afirmar tranquilamente que Sócrates e o socratismo são cadáveres políticos ambulantes.
"As revoluções eufóricas são muito sonoras, vêm para a rua, fazem a festa, deitam foguetes, apanham as canas e vão-se embora. O totalitarismo, não. Deitamo-nos descansados, embalados na lenda da Bela Adormecida, e, quando acordamos, já os gajos estão instalados."
2 commentaires:
Luta Social discussão] Sócrates tece a corda que o há-de enforcar
Com certeza que Smith tem razão em repudiar que tenha injuriado Sócrates.
É evidente que a acusação de corrupto apenas é injuriosa se não for fundamentada.
O sr. Sócrates é que terá que provar agora, que o sr. Smith o injuriou!!! Ou seja, terá de provar que é absolutamente certo que não terá nunca havido qualquer tráfico de influências, qualquer acto ilícito, etc. durante a sua longa carreira de político.
Acho que é um acto de desespero político, este de processar todos os órgãos de comunicação (e não apenas a TVI) que se fizeram eco do famoso DVD em que Smith classifica o «nosso» primeiro de corrupto.
Em política o que parece, é. Goste-se ou não desta situação, é a que Sócrates criou. Ele teceu a corda em que se irá enforcar, por certo!
Repare-se no seguinte: O que faria nestas circunstâncias um primeiro-ministro que não tivesse qualquer receio, por ter a consciência limpa? O que faria, caso não tivesse sido influenciado, e muito menos corrompido, aquando da decisão de desvincular a área do futuro Freeport, da área de protecção da Reserva Natural do Estuário do Tejo?
- Poderia expor, numa entrevista televisionada, por exemplo, as fundamentações técnicas, os pareceres, os critérios que na altura lhe fizeram optar por tal decisão.
- Poderia descrever detalhadamente e com outros seus colaboradores da época, todos os passos que levaram ao licenciamento do empreendimento do tal Freeport.
Dando a conhecer isto ao País, estava apenas a cumprir o seu papel, demonstrando que não havia realmente motivos legítimos para se duvidar da honestidade do primeiro-ministro.
Ao não fazer nada disto (que estaria naturalmente ao alcance de um primeiro-ministro e líder do maior partido político) está a dizer implicitamente que há muita sujidade debaixo do tapete.
Ele e todos os que à sua sombra foram «medrando», estão na defensiva. Ele e toda a clique que tomou conta do aparelho de estado, com os privilégios associados, estão confinados a uma atitude defensiva, mesmo (e sobretudo) quando assumem uma postura de fuga para a frente.
Hoje, pode-se afirmar tranquilamente que Sócrates e o socratismo são cadáveres políticos ambulantes.
Manuel Baptista
Co'a breca!!!, se este texto não merece uma etiqueta de "enfiar chouriços no rabo", vou ali e já venho!!!
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