O texto não é novo, e nada traz de novo: é uma repescagem de um grande êxito. A novidade é externa: aparentemente, a Universidade Autónoma "reformou" antecipadamente, se não me engano no número, 12 Licenciados, na categoria de Vice-Reitores (!) Não nos bastava a cróia da Lusófona, que "malgré-tout", sempre tem nas unhas um... cof... cof... cof... "Doutoramento". Essa porcaria das reformas parece que foi detectada, e bem, no cruzamento de dados da Segurança Social. Não tirará Aníbal, que não existe, das plateias do "Jesus Christ Superstar", nem Sócrates dos seus elefantes morenos de tromba rija. O país está em auto-gestão, aparentemente, nas mãos de alguns reféns corajosos do BES e de boas cabeças policiais. Podíamos continuar assim, mas, por favor, cortem nos salários e pensões acima. A Autónoma parece que vai ser a próxima, e a "Internacional" a seguinte. Pois que vão. Bem hajam.
Este texto é dedicado ao trabalhadores da Comunicação Social, que muito nos têm visitado, ultimamente, facto que agradecemos, e que têm aqui suficiente matéria de investigação para fazer cair o Estado
"Pronto, conforme me prometeram ontem, os Lindos Olhos de Mariano Gago já lançaram hoje, em "Diário da República", a permissão para que os alunos de qualquer Instituição de Ensino Superior possam pedir transição, em QUALQUER época do ano, de instituição que frequentam, para outra.
É justo, tínhamos discutido ontem a situação dos sem-abrigo da "Independente", e, se não for ao Partido Socialista cumprir alguns dos preceitos de justiça e acolchoamento social mínimo, que outro partido o fará?... Não garantir transição para os alunos da "Independente", depois da execução sumária dela, era tão injusto como tributar as reformas das velhinhas, aumentar o preço do pão, ou o dos medicamentos.
Já lhe telefonei a agradecer, é para isto que servem estes pequenos jantares de amigos, onde, tantas vezes, se decide o futuro do Mundo.
Em favor do Bem Público, atrevo-me também hoje, por ser Quinta-Feira Santa, a revelar algumas das páginas da minha Tese de Pós-Doutoramento, a decorrer no I.S.C.T.E., sob a orientação do Professor Doutor Paulo Pedroso.
O título do meu Pós-Doutoramento -- em primeira-mão -- é "Analogias e Discrepâncias sobre o Método Geológico de Concessão de Diplomas em Portugal, durante a segunda metade do Séc. XX".
Aqui ficam as linhas gerais, já que se trata, sobretudo, de tratamento de dados em "S.P.S.S.", embora com uma matriz estrutural que obedece aos princípios da Organização e Classificação correntes:
- Licenciaturas do Pré-Câmbrico (anteriores ao 25 de Abril, e sempre na posse, salvo raras excepções, de filhos de "Alguém").
- Licenciaturas Administrativas, resultado do saneamento de Docentes, durante o 25 de Abril. A nota era declarada de um lado do balcão da Secretaria, e anotada no Livro de Termos, do outro. Denominado Período Valetudense.
- Licenciaturas do "P.R.E.C.", com lançamento, em pauta, não de nota, mas de resultados de votação, de braço no ar, de "Apto", ou "Não-Apto". Os mais aguerridos passavam primeiro, os menos, ficavam para o fim (Nota: este tipo de Diplomas deu lugar aos mais altos Cargos, nomeadamente Presidências de Comissões Europeias). É o chamado Período Maoense.
- Licenciaturas compradas no balcão da Secretaria da Escola Secundária da Cidade Universitária (defronte do I.S.C.T.E., e, hoje, já extinta e demolida, por causa das tosses...)
Este Período, chamado Manequense, com Licenciaturas, lançamento de nome em pauta e Diploma a 20 "contos", divide-se em três sub-períodos:
Manequense Inferior, em que o "Manecas", ou o irmão, que importa, ainda não tinha SIDA, e portanto gozava dos lucros.
Manequense Médio, em que, já contaminado, era o irmão, ou ele, que importa, que beneficiava dos lucros. É o chamado Período Áureo, em que o maralhal, pela mão do "Tonico", frequentava o Clã de Isabel Câncio, e havia homens, dinheiro, e tudo aquilo que o dinheiro pode comprar, em fartazana, para todos/as. À porta da Escola da Cidade Universitária, os Ciganos vendiam os Exames que iam depois sair na Faculdade de Medicina.
Manequense Final, em que a coisa estoirou, o "Manecas" morreu, o irmão teve de fugir para o Brasil, e as festas abrandaram.
- Período Intermédio Campo Santanense, em que os pais faziam bicha, defronte da Secretaria da Escola de Ciências Médias, para comprarem o Diploma de Médico para os filhos.
- Período Pulidense, em que houve Diplomados contemporâneos da passagem, pela Política, de Vasco Pulido Valente.
- Período Normalense, em que as pessoas eram MESMO obrigadas a frequentar e a concluir os Cursos.
- Período das Privadas, com todos os seus sub-períodos intermédios, em que o Dinheiro era forte aliado da Massa Cinzenta. Também conhecido pelo "Período das Omeletes sem Ovos".
- Período da "Independente", lançada por Manuela Ferreira Leite, em que toda a gente que tinha pequenos defeitos académicos os podia ali corrigir. Período Diamantense, na minha proposta terminológica.
- Período Opus Deiense, com Diplomas vindos da Complutense e de Navarra, e imediatamente acreditados em Portugal.
- Período Americanense, das Pós-Graduações "Light", em território americano.
- Período "Pós-Moderno", das lavagens e branqueamentos da Universidade "Moderna" ("Coisas horríveis, que metiam mulheres, Droga e Armas...", nas palavras do Reitor Xexé)
- Período Lusófono, da Catedrática, Vice-Reitora, Clara Pinto-Correia, onde, os, que já tinham o diploma de trás, resolveram abalançar-se aos Mestrados e Doutoramentos.
- Período Actual, em que tudo isto funcionava em perfeito silêncio e harmonia, até ter estoirado o Escândalo Sócrates.
Todos estes cavalheiros/as ocupam, hoje, os mais altos postos decisórios, quer no Meio Político, Industrial, Mercado de Trabalho, Cultural e afins.
(Nota de apreço aos que, como muito boa gente, se esforçaram para tirar os seus Cursos, fora destes métodos. Deles não foi, nem será, nunca, o Reyno dos Céus)"
1 commentaires:
Arrebenta dixit... apenas falta saber no que vai dar, coisa que está longe de serclara para o comum dos mortais que não seja gago ou eng. de pacotilha, a diferenciação que vão fazer (?)entre licenciados, licenciados à bolonhesa, mestrados e mestrados à bolonhesa, doutores e doutores à bolonhesa...
Será um período curioso, a definir ou a Arrebentar... Arrebenta!
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