Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
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Dedicado a um montão de pessoas que não posso enumerar, porque não cabem aqui... Obrigado
Nada há de mais maravilhoso, numas eleições, do que a Abstenção. Ela representa aquilo que, no falar comum, indica estar-se a mandar à merda o Sistema, sem rodeios, e por atacado.
Não foi por acaso que os cágados e os dinossauros do Regime imediatamente lançaram as mãos à cabeça, quando a coisa subiu para níveis insuspeitados.
Meus amigos, em Democracia, não há níveis insuspeitados, e o ideal seria que ninguém tivesse posto os pés nas Europeias, para que, no hemiciclo de Estrasburgo, de repente, uma multidão de eleitos olhasse para um molho de cadeiras vazias, e perguntasse, "mas o que é que sucedeu ali?...", e logo se ergueriam as atávicas vozes, a clamar, "ali houve uma coisa, de seu nome, outrora, Portugal, e que, hoje, para mais nada serve do que ser uma bandeira de conveniência, para o Crime Organizado poder continuar a singrar..."
Curiosamente, em 2009, os candidatos com perfis e carismas mais interessantes situavam-se do Centro para a Direita, e cito-os, com algum orgulho: Nuno Melo, o excelente próximo líder do CDS/PP, e Paulo Rangel, um daqueles que, em muitos dos últimos anos, talvez por ter um ar de gajo que nunca cresceu, me não fez virar a cara imediatamente para o lado.
O Eduardo sabe que lhe fiz um voto com dedicatória, num dia complicado da minha existência...
À Esquerda, Louçã é um brilhante orador, embora tema que as missas laicas o lancem para os braços de um PS em desespero. Já estou, como alguém alguma vez disse, o Bloco de Esquerda devia chamar-se apenas Bloco e preocupar-se mais, como tem feito, com uma minuciosa e eficaz remoralização da Vida Pública. E fazer uma severa limpeza interna dos oportunistas que por lá garimpam. Quanto às Ideologias, era mandá-las diretamente para o Das Caldas, porque nós vivemos na Era do Civismo, e não das prateleiras dos cadáveres das Ideias.
O PCP tem, e suponho que desta vez o perceberá, de arranjar um candidato com nível europeu, em vez de insistir numa gaja com ar de mulher a dia para nos representar lá fora: bem basta que, quando se fala em Portugueses, ainda venham as célebres "concièrges" de Paris (a última deixou a casa do meu amigo Julien, para ser substituída por dois seguranças, mas suponho que isso faça parte da decadência das grandes urbes europeias. Brevemente, todos viveremos dentro, ou à porta, de condomínios fechados. Adorável Europa...)
Vital Moreira merece um lugar à parte.
Do meu humilde ponto de vista, representa o Nojo do Nojo, e apanhou nos cornos com uma altíssima subtileza, como, suponho, só as Mais Belas Eleições do Mundo lhe poderiam ter dado. Aquele partido, que, outrora se chamava Partido Socialista, e que hoje é o feudo dos Pedófilos, dos Maçóniços, das Bichas Morte-em-Veneza e dos jovens abutres sem excrúpulos, quando nós pensávamos já ter batido no fundo, na efígie do Homem de Plástico do Heron-Castilho, ainda conseguiu arranjar uma epígrafe para a efígie do Asco, que foi ir buscar aquele subproduto de cabeleireiros rascas, o Renegado, para quem já estava enojado finalmente poder vomitar-lhe, e vomitaram-lhe, e bem, com vinte e tal por cento em cima. Espero -- e agora é o meu lado profundamente humano a falar -- que o PS seja justo com Vital Moreira, e assim como arranjou uma política de proximidade com as Saunas "Gay", para Carrilho, e um acesso de 4 estações de "Métro", para aquelas famílias miseráveis "du XIII ème", de extensa prole muçulmana, para Ferro Rodrigues, também dê a Vital Moreira uns fundos "freeportianos", para abrir um cabeleireiro de caniches, em Chipar de Baixo, de onde nunca devia ter saído. Nisso, o PSD foi muito generoso, já que deu a Rita Seabra uma Editora, quando ela não merecia mais do que uma esfregona e um balde, para tratar das escadas de tanto prédio devoluto de Lisboa...
Resumindo o que aconteceu no dia 7: Santo António, afinal, não era o "Quebra Bilhas" de que tanto se falava, mas, há, e isso só se saberá quando se recuperarem as caixas negras do AF 447, uma forte probabilidade de ter sido mais uma metempsicose histórica do célebre Heterossexual Passivo. Deus quis que fosse santo, nesta real impossibilidade de quebrar bilhas, e sobretudo na dignidade que teve, ao longo da vida, de não deixar que lhe quebrassem a dele, ao contrário de António Calvário e Artur Garcia, que, ontem, nas Marchas, mostraram estar em plena forma, cheios de dois e três amores, como o Marco Paulo... ah, mas eu estava era a falar de Eleições, e o que sucedeu no Dia 7 foi um genial gesto de Civismo: dois movimentos, os daqueles que, maduramente, perceberam que a forma mais elementar de assustar o Papão do Autoritarismo era encostarem-se ao Bloco mais forte, e pregarem-lhes um susto, chamado PSD, que, por mais esfrangalhado que esteja, se mostrou à altura de uma renascença democrática; o outro, ainda mais subtil, foi o daqueles que disseram "NÃO" ao Partido de Sócrates, recostando-se, confortavelmente, nas suas zonas de emocionalidade política, e de aqui um sincero abraço de parabéns aos eleitores do Bloco, do PCP, do CDS/PP, e das forças de menor expressão: todos vocês deram um exemplo de espantosa maturidade democrática, ao mostrar, que, um dia, será impossível fazer Maiorias, sem, pelo menos, três partidos decentes...
Venha depressa esse dia...
O meu último carinho é uma citação de Laura "Bouche", que tantas vezes me diz que aquilo de que precisamos não é de mudar de Governo, é de mudar de Povo. Estas Eleições vieram mostrar que isto é quase verdade: basta que 60% desse Povo fique em casa, em dia de votar, 20% a olhar para os milhões de Cristiano Ronaldo -- num Mundo normal, não era imediatamente aberta uma investigação, para saber quem é esse Presidente do Real Madrid, e dos Bancos que estão por detrás dele?... Mas quem sou eu para pedir uma coisa dessas, numa terra onde se sabe que o Caso Heron-Castilho está nas mãos de uma gaja casada com um mafioso procurado internacionalmente?... --, outros 20% a irem de joelhos, a Fátima, e os restantes, à falta de Fado, a consumirem "pastilhas" nas discotecas nacionais, "ad aeternum".
Para dizer verdade, talvez ainda devessem ficar em casa mais uns pózinhos percentuais: uma abstenção de 70% talvez, finalmente, pudesse começar a revelar resultados eleitorais à altura de uma Comunidade de cariz Europeu, no início do séc. XXI.
Maturidade.
(Pentagrama do ó meu rico santo antoninho anda cá quebrar-me a bilha, porque eu estou tão precisado..., no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")
6 commentaires:
Obrigado pelo voto com dedicatória! eheh...
Agora próximas eleições há que ter medo do PSR do Louçã.
Espero que consigas recuperar esse momento de dificuldade... É preciso muita força... Força! Grande abraço
É bom ter-te de volta. Dos maus momentos como o que passaste, que te poderia dizer que não a tristeza que senti por aquilo que devias sentir. Estás de volta e a falta que nos fazias.
um abraço
Arrebenta é mesmo bom ouvir-te. A abstenção era de facto a maturidade. Mas seria preciso mais gente a pensar assim como tu.
Eu não votei nem no PSD, nem no PS, nem nas esquerdas inseridas no sistema, nem nas direitas mais ou menos extremas, nem nos MEPs e nos MMSs (faz-me lembrar doces das crianças daqueles que têm o mérito de lhes estragar os dentes).
Mas se fosse hoje se calhar tinha-me abstido, não sei.
Um abraço
Oi Girasso
Eu abstive-me mas niguém ligou e preencheram a cadeira com um tipo qualquer lá no Parlamente da Bélgica. Eu que sou uma mulher muito politizada não queria exportar pacóvios e não fui votar, mas o meu defunto Francisco explicou-me mal e afinal exportei 2 que vão fazer umas figuras horrorosas; um todo de cabelo branco que era dos dos choriços parece um escovilhão e outro que só come farinha maizena tem que levar listas telefónicas para se pôr em pé.
Nunca os vi à mesa a comer, mas também deve ser outro terror, aquele bigode cheio de lentilhas...Biek!
Olha querido, ainda bem que já estás melhorzinho da gripe, soube que te de deu forte e feio e sem antídoto, agora já me apetece vir aqui visitar-te com as minhas singelas palavras.
Esta tua amiga no real e no virtual também andava cheia de tristeza e saudades.
Bien Venu
Tânia Vanessa
fazes bem em vir amorosa: tu emprestas-me as mamas, eu dou-te o "know how" e as esquinas de Lisboa serão nossas.
P.S. - Não contes nada ao teu homem, senão ele ainda quer ser meu chulo... isola, isola, isola, bem me bastam as Finanças :-)
Duvido que chegue algum dia o dia em que este povo mude a sério.
Nesse mítico e utópico dia, poderíamos prescindir do Arrebenta.
Felizmente, como o povo não muda, temos o Arrebenta para o pintar com todas as suas negras e fétidas cores.
Um grande abraço, meu caro!
É bom ter-te de volta!
:-D
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