Sócrates e o seu “erro”

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Sócrates e o seu “erro”

Podes crer, ó Socas. Foi memo um ganda erro, meu, o teu. O pessoal ficou sem a coltura e sem o dinheiro para o bife e agora vens tu para nós com essas balelas de inginheiro da Indepeidante ou Indepedante ou lá como é que aquela merda se chamava. Por isso não estamos para aqui com tretas e milongas, vamos já meter a boca no trombone e dizer aos quatro ventos que tu és um grandessíssimo delicodoce troca tintas e não nos venhas com essas falinhas mansas que nós já te topámos de ginjeira o calibre: para trafulha só te faltam as penas. O gajo a dizer que faltou foi investir mais na coltura, o grande cabresto, filho de trinta mil putas, que ainda ontem aqui o je soube de mais um manguelas, que era um fixe, que ficou no olho da rua. E este larilas armado em puta séria a dizer que voltava atrás e nos dava coltura. Se calhar ficou com a exposição dos olhos do cu a encher-lhe o olho, queria mais coltura. O pessoal queria era mais poder viver e não andar para aí aos caídos. Até tive um filha da puta de um pesadelo. Ia eu a chegar às portas do Cais Sodré, era no futuro, tinha portas de abrir, mas tinha que se enfiar lá um sacana de um cartão, para as gajas abrirem. Mas isso não era o pior, eu até tinha sacado um cartão. A merda toda foi aquela gente miserável a arrastar-se aos pés da malta engravatada que tinha a merda do cartão e podia entrar. Podia nada, eu acordei com um gajo todo marado agarrado aos meus pés todo fodido, tinha-se-lhe acabado o subsídio de desemprego já há uns meses e vivia na rua.

Então mas isto não é um país de merda? Um gajo já nem dorme descansado a pensar que qualquer dia lhe calha a ele. E vem-me o gajo falar na coltura. Esses pulhas lixam o povo todo com um F gande e depois atiram-lhe com a falta de coltura. Fooooda-se!!!

(recebido por mail)