Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do KAOS
É bom saber que a Retoma está aí. O Bimbo de Boliqueime, se se me não falha a memória, quando era Primeiro Ministro de Portugal, e trabalhou arduamente para nos colocar na Cauda da Europa, encomendou um estudo a um idiota qualquer americano, para que nos dissesse, tipo "guru", onde é que devíamos apostar, para lá de estar a desviar Fundos Comunitários, obviamente. O estudo tinha um nome pomposo, mas como já me esqueci, vou-lhe chamar "Relatório Obama", para simplificar. Então, o Relatório Obama, que custou 1 000 000 de não sei do quê, concluía com uma célebre frase: "Portugal, que estava no "Pelotão da Frente", devia apostar seriamente nos produtos tradicionais, como o Vinho do Porto, o Queijo da Serra, a Cortiça e o Azeite"...
Achei o Relatório Obama brilhante, e inimitável: a minha avó chamava-lhe a "Lógica da Batata", e só estava incompleto num ponto, porque, para além do queijo da serra, do vinho do porto, da cortiça e do azeite, falhava uma forte aposta... Fátima, um espaço de obscurantismo e de venda de bibelôs, para manter o natural tão brutificado como desde que Neanderthal escolheu aqui, para não se extinguir.
Cavaco, já então um homem moderno, decidiu que aquilo estava fora de moda, e avançou para outros nichos de mercado: o tráfico de droga (desde os anos 80 que Portugal se tornou na rota principal, e a ele o devemos), o tráfico de corpos, com o País a ser invadido por escravos monhés, pretos e ucranianos, que vieram ocupar todos aqueles postos de trabalho que os Portugueses, desde D. João V, achavam indignos da sua condição de povo mais seleto e ilustrado da Europa, e que depois eram deixados ao abandono, quando apanhavam tuberculose, por amontoados em contentores, se suicidavam, ou regressavam à terra-mãe, com uma mão, um braço ou um olho a menos. Foi bonito, e não se ficou por aqui: apareceu o BCP, o primeiro dos grandes centros de fraude financeira, e depois multiplicaram-se, culminando naquelas pérolas, chamadas BPN e BPP, mais os outros nomes que brevemente virão aí. Naquelas esquinas onde outrora havia as pastelarias de bairro, que as Donas da Rua dominavam, Aníbal, de Poço de Boliqueime, e a sua desgraçada Maria de Centro Esquerda, instalaram um Banco, um drogado, um pedinte e um polícia.
Tudo isto, todavia, é remoto e pertence ao período de trevas de final do séc. XX.
Hoje em, dia, com o país dominado pelas altas tecnologias -- o Zé "Magalhães", as escutas pirata, o tráfico de plutónio e o branqueamento de capitais, dominado a partir da Península Turca, da Quinta do Lago, de Vilamoura e de Moscovo -- a TAP foi forçada a abrir rotas para a sua nova capital, Moscovo, para transportar diariamente aqueles cavalheiros descorados, e com dentes de ouro, que fumam charutos na Executiva, e bebem vodka, e apalpam as hospedeiras de meia idade, chamando-lhes "pachachas seminovas"... -- enfim, neste admirável mundo novo, onde Paulo Pedroso quer ser um Berlusconi português, mas de outros colos, e a prioridade do alzheimerizado de Belém é agora a reeleição do gajo que ajudou a transformar Bagdad numa cidade pária, enfim, no meio disto tudo, o velho Relatório Obama foi relido, e a Economia retomou: voltámos a apostar nos nichos tradicionais, mais propriamente, na mais velha profissão do mundo, só que, desta vez, paga a 50 salários mínimos por dia, pelos mesmos bancos que provocaram o holocausto dos últimos meses.
Num mundo saudável, o Presidente do Real Madrid devia imediatamente ter sido preso, por incitamento à prostituição, e os bancos metidos na trafulhice interditados, até apuramento dos fluxos de capitais, enquanto o fenómeno da Madeira era levado para aquelas salinhas do lado, com um espelho na mão -- o seu objeto preferido -- e lhe diziam, "se não se importa, espere um pouco"... até à Eternidade. A investigação iria dar o mesmo resultado do tal relatório: eram os produtos tradicionais postos em marcha, tráfico de droga, armas e corpos, agora que a construção civil anda meio coxa, já que os fluxos de dinheiro sujo não podem parar, são como os fornos de fabrico de armas, que nunca podem ser apagados, e portanto, para os manter acesos, tem de se fazer rebentar uma guerra num lugarzito qualquer do Mundo, coisa que acho que não informaram o Sr. Obama, que passa tanto tempo nos dentistas como o Vital Moreira nos cabeleireiros para caniches.
Já não sei o que me levou a escrever este texto, mas acho que chega por hoje. Podem continuá-lo, se vos apetecer... Ah, a dedicatória...: pode ser ao Presidente Amadinejadh e a uma bala perdida, quiçá, que nos livre dele para sempre.
(Duo no "Arrebenta-SOL" e em "The Braganza Mothers")
2 commentaires:
Estás em grande forma...
Só faltou falares daquela profissão que Portugal é também muito forte, repara de Zezé Camarinha até ao CRonaldo, os tugas são bons é "comer" estrangeiras... Agora o CRonaldo anda com a Paris... Quem busca a fortuna de quem?!
A Paris é alguma marca nova de espelhos?...
Enviar um comentário