BlogBlogs.Com.Br

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Por favor, levem-me o António Costa de volta para o Largo do Rato!...

Santo António de Bilderberg
Santo António de Bilderberg

Imagem doKaos

Há uma pequena teoria da conspiração que diz que José Sócrates atirou com o António Costa para a Câmara de Lisboa, para ver se se livrava dele no Largo do Rato. Com a crise em que já então se andava, o chuto só o fez cair no Martim Moniz, com a proeza de ser o primeiro "Maire" da principal aldeia do país a ser eleito com 60 000 votos, mais ou menos a população flutuante de clandestinos e cadastrados da baixa Mouraria.

Apesar de ser um Ser de Bilderberg, para onde foi chamado, juntamente com Rui Rio, por Balsemão, para lhes ser feita a Anunciação, acho António Costa um tipo simpático, digno de melhores papéis. Tentou pôr as contas da Câmara em dia, mas não haverá dia em que contas algumas de alguma Câmara tenham acerto: o pessoal quer é brutos carros, brutos e brutas gajas, almoçaradas naquele excelente restaurante do Terreiro do Paço -- onde uma vez fui dizer que tinha adorado a amostra, mas gostava de que me trouxessem o resto... -- e grandes gabinetes, para encher de assessores de ambos os três sexos. Há uma lenda que diz mesmo que a Câmara Municipal de Lisboa foi deslocada do seu lugar inicial, na Igrejinha do Santo António Quebra Bilhas para o lugar atual, porque já lá não cabiam odos. Com o tempo, a Câmara Municipal de Lisboa irá para o "Dolce Vita Tejo", para ter lugar para todas as camas passadas, presentes e futuras, e um gabinete em cada loja, para o assalto, o arrastão e todas as comodidades de quem vive na pequena aldeia das tágides.

O melhor papel do António Costa, por mais que pensem, não foi tentar tapar o há lodo no Cais de Alcântara, com uma muralha de contentores, para depois se poderem construir as tais torres, num dos terrenos geologicamente mais instáveis da urbe, e se poder depois vender a vista para o Tejo ao preço da ração da Câncio, ou seja, caro, muito caro, não, amigos, o melhor papel do Costa foi aquela fantástica escuta em que, ortodoxo, canónico e puritano, com uma espécie de ferreira leite nos brônquios, a pensar que "o casamento era para procriar", tinha de salvar o pai da forca. O pai chamava-se Paulo Pedroso, e quis o "Intelligent Design" que fossem agora colocados, como Pedro e Inês, "face to face", Lisboa, versus Almada, para que, no Dia do Juízo, se levantassem da campa, e a primeira coisa que encarassem fossem os recíprocos focinhos. Deus me perdoe, assim, mais vale não ressuscitar nunca...

Ao contrário do António, o Zé tem cabeça, coração e fins de escroque: não faz falta a ninguém, nem ao partido em que se pendurou, nem à mulher, nem aos filhos, e reza outra lenda que, no dia em que se juntar à Amália e à Irmã Lúcia vai haver jantarada e suspiros de alívio lá em casa, e não só. Tinha, no pâncreas, um travão de mão, e, nos bofes, uma vontade de bufo, daqueles que bufam só para dar nas vistas e chamar as atenções: a sua ética era a ética de todos os que conhecemos: mais poleiro, melhor poleiro, e lá foi conseguindo -- nunca com o meu voto --, com a sua recente façanha de pôr o "Chamuça" a reboque dele, mais o Ribeiro Telles, coisa que me escandalizou de tal maneira que eu hoje até estou a escrever aqui... Durante décadas, bem ou mal, Ribeiro Telles foi uma referência da ética urbana, agora, passou para a fase do vale tudo, desde que me dêem qualquer coisinha, assino por baixo e já nem leio, bem hajam. É como a anedota da língua, quando em baixo já não entesa, há sempre a solução de enfiar nas bordas as papilas gustativas...

É curioso que a Política Portuguesa, com tantos avanços na Medicina das Cataratas, insista em não ver nada e a continuar a representar num palco de ceguinhos, e eu hoje venho aqui fazer de cão de amblíope, para ajudar a levar o António Costa, mais o Zé, mais as pendurezas que se lhes acarrapataram no pelo, à casota inicial, o seu/deles, Largo do Rato.

O resumo deste texto é simples: chama-se matar três coelhos com uma só cajadada. Não votar no Costa, para ele ser obrigado a voltar ao Rato, com o Zé à perna, e fazer sombra à possuída que por lá anda, que vai andar doida de ódios e rancores, com o terror que lhe vai acontecer nas Legislativas -- o PS Nacional tem MESMO de fazer uma purga, ai, pois tem... -- e, simultaneamente, levar o PS de Almada a um resultado histórico. Rezam as sondagens que entre 2 e 3%, com mais vantagem para o 2, sobretudo quando os comícios da Margem Sul descambarem em palcos de tumulto e justiça popular. Vou adorar. Vamos todos adorar.

(Triângulo de estreia, no "Aventar", no "Arrebenta-Sol" e em "The Braganza Mothers")


0 commentaires:

Protesto Gráfico

Protesto Gráfico
Protesto Gráfico