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quarta-feira, 3 de março de 2010

Jumências de um País de Jumentos


Imagem KAOS

Como sempre, venho de fora, e venho de uma perspetiva eventualmente totalmente errada, mas assumo que tenho direito a ela, e lá a cumprirei.

O primeiro tema são os amores: os cataclismos, como diz o Kaos, só Deus, o nazi Ratzinger e a defunta Irmã Lúcia saberão se não foram comprados com "robalos", e não vão aparecer na próxima publicação, da Páscoa, das Escutas do "SOL", como mais um ato obscuro do "Polvo" do "Chefe" Sócrates. Na realidada, o Clima, os desastres naturais e as desgraças da Madeira só vieram trazer um breve balão de fôlego a José Sócrates.
Alberto João Jardim, um bom cangaceiros das Ilhas Afortunadas, lá se casou "gaymente" com o "Engenheiro" e juntos vão reconstruir a Ilha Mais Bela com fortes injeções de robalos, e não fazem senão bem. Só lamento os mortos, cujos números nunca saberemos, "a Bem da Nação"...
Por este andar, um dia destes, ainda vemos a Odete Santos de braço dado com a "Nosferata" Nobre Guedes, em grandes beijos e linguados, mas, afora o humor, temos aqui uma prova de postura de Estado, de parte a parte, e isso faz-nos bem, de quando em vez.
Interessante vai ser o prolongamento do namoro: Manuela Ferreira Leite, de saída, dispara petardos por toda a parte, e não precisa de estar disfarçada de "Jumento" para os disfarçar. Aliás, ela não tem nada de jumento, e costumava disparar, quando era menina, sob o pseudónimo de "Arenque Fumado", que lhe ficou até aos dias de hoje, não fossem as Escutas do "Face Oculta" revelar que a Camorra do Largo do Rato falava dela como "A Bruxa". Portanto, para os incrédulos leitores, "A Bruxa", ficou-se hoje a saber, era mesmo Manuela Ferreira Leite, futura Governadora do Banco de Portugal, para assegurar o Noivado Central, e ficar muito caladinha.

A segunda parte deste divagar vai para o lamentável episódio de um jornal recente, o, se não me engano, "i online" versão, mais ou menos, mal atamancada, de um jornal universitário, seu antecessor, como aqui poderão verificar. Pouco imaginativo, portanto, já aí.

Para os apreciadores destas tricas, gente geralmente sem interesse, terá havido um serviço prestado ao País. Para mim, que leio muitos poucos blogues, exceto o do Kaos, onde vou roubar as imagens, e dois os três blogues culturais nossos vizinhos, posso arriscar que nada sei do que estava a acontecer no "Jumento", ao ponto de meter Judiciárias (!) e Interpol (!). Ignoro, portanto, se por lá se estavam a passar atos de divulgação pública de matéria classificada, e haveria qualquer indício de infração disciplinar, portanto, não me pronunciarei sobre isso. A ideia que conservo do "Jumento" é de há 4 anos atrás, quando se andava em guerra contra o Diploma de Sócrates, e ele se aliou à Grande Coligação, que desmascarou a fraude da "Independente", tempo gloriosos, e, já que estamos na fase das confissões, sempre vi nele um blogue esfusiante, pletórico, e com uma voracidade de disparos imagéticos e textuais do tamanho do Mundo. Resumindo: era precisa muita paciência, para manter aquele ritmo, e sempre imaginei -- deus me perdoe... -- por detrás da imagem do autor, um gajo reformado precocemente, sentado numa cadeira de rodas -- perdoe-me também o autor... :-) -- e que necessitava de um feroz contacto com os outros, passando o dia inteiro na sua obra. Parece que me enganei, e o tal Jornal "i" veio agora dizer que se tratava de um membro da Máquina do Estado, próximo da "Situação" PS, o que, desgraçadamente, coincidia com as informações que já me tinham passado, e que em nada adiantou à minha, nem à felicidade dos outros. Cada um na sua, e amigos, como sempre, embora continue a achar que a minha posição final, sobre o caráter dos blogues, é a que então expressei na "Carta a António Balbino Caldeira", igual vítima de perseguição, e a da Blogosfera Futura, e por aí me fico.
Quando era menino, e ouvia, através de um pesadíssimo rádio móvel, da minha avó, coisas hoje completamente perdidas e obsoletas, como o "inspetor Varatojo" e "Os Parodiantes de Lisboa", sonhava cm as faces que estavam por detrás daquelas vozes imateriais, mas o sonho era dúbio, porque, no fundo, sabia que qualquer daquelas faces, quando reduzida à poeira da sua mortalidade, deveria ser irremediavelmente desinteressante, perante a formidável (i)materialização que eu tinha construído das suas imagens.

Esse é, desde o tempo dos grandes textos e dos grandes filmes, o pecado mais mortal de todos, o de confundir as personagens com o/os autores.
Em geral, o criador é sempre inferior à ficção criada, pelo que esse caminho de "investigação" é sempre um empobrecimento do nosso imaginário, e só se aconselha a pessoas que querem sofrer, pela segunda vez, o desgosto de descobrir que o Pai Natal, afinal, não existe, e os meninos não vêm, mas não vêm mesmo, no bico da cegonha.

Para mim, como para milhares de leitores, "O Jumento" é, foi, e será, sempre... "O Jumento", e podem repetir-me dezenas de vezes o nome do seu imaginativo criador que serei incapaz, por mais que o tente, de o fixar, e tenho orgulho neste lapso da minha memória, porque é sinal de que continuo a acreditar que é pelo sonho que vamos, e iremos, ai, prometo que sim :-)

Resta o cavalheiro do jornal, um aprendiz de Avillez, que poderia ter evitado ser aprendiz de avilão. Tem, em sua defesa, o estado de decadência a que chegámos, de incitamento à delação, à carta anónima, ao email vergonhoso, aos comentários ignóbeis e sem rosto, cuja tipologia já um dia abordei, em forma de esboço, enfim, à alma profunda do Socratismo das "Faces Ocultas".
Em nada adiantou, esse pôr-se hoje nos bicos dos pés, do Sr. Avillez, para o bem-estar do cidadão comum.
Melhor do que eu, sabe que os químicos, "contra o bichinho", prolongam a vida, mas todos morreremos, mais tarde, ou mais cedo, num tempo que é demasiado breve, para que insistamos em cultivar o baixo nível. Para isso, basta-nos a Política e os seus soturnos arredores.
Talvez tivesse pensado, num rasgo de coisa equívoca, que estava a recriar os grandes "furos" do inimitável Paulo Portas, dos tempos do "Independente".
Não estava e não chega lá: por mais dinheiro, publicidade e cunhas que tentem empurrar o "i" para a frente, os tempo áureos dessas coisas já passaram, e a sua primeira página, hoje, caro Martim, não foi mais do que um triste solavanco dos muitos sinais de entropia desta "aurea mediocritas" dos Idos de Março, de Portugal acelerado ao fundo.

(A quatro cascos de "Jumento", no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")

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