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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Aventuras de Laura "Bouche", no País das Novas Oportunidades




Imagem do Kaos, e como celebração do 25º aniversário de Laura "Bouche", no qual infelizmente, não pude participar


Conheço a Laura desde o início dos tempos, ainda as trilobites andavam a apanhar no cu, no fundo dos Oceanos.
Laura sempre foi mentirosa, perversa e somítica.
Somítica mediu-se de muitas formas, como aquele dia em que íamos para a praia, e caiu uma das peças da carrinha, e decidimos continuar mesmo assim, porque leigos em Mecânica, achámos que era o carro, só a tentar... poupar.
Laura é capaz de ir para um vale deserto, apanhar nas bordas, mas num daqueles vales com eco, para só ter de dar o grito inicial, e o vale encarregar o eco de assegurar o escarcéu seguinte, e eu acho isto notável, e patriótico.
Laura é muito antiga, e vem do tempo em que as bichas não andavam enjoadas, a teclar para a 604 da SIC, ou a enviar sms de sexphone, ou a fingir, noites inteiras, rua acima, rua abaixo, que não precisam da base de alimentação de cada sodomita, e que não é pão, mas caralho, do bom e do grosso.
Há quem diga que Laura ficou assim de infância, por causa da vizinhança, já que não é para todas ser vizinha de Amália, a Goela Sonora de Portugal. Diz-se que, de pequenina, se punha a espreitar pela fresta da janela, quando os garanhões subiam a escada, e iam enterrar o Fado, na guitarra que a Cantora tinha entre as pernas, ou quando ela se entregava às variações da fressura, num tempo em que ainda não havia antónios, muito menos variações. Desses tempos, só ficou a fixação nas remodelações das casas, porque a Laura adora casas, embora passe a vida entre papelões e garrafas vazias, nas célebres traseiras daquela carrinha, que abriu os noticiários todos da SIC-Notícias, quando os lugares de engate do ISCTE estavam na moda, e ela aparecia, pendurada na janela, a insultar a concorrência, porque a noite é longa e o macho pouco. De tais remodelações, ficou o maravilhoso "happening" do Centro Comercial "Allegro", em que deixou à porta aquela sanita onde se tinham sentado os cus mais notáveis e passivos de Portugal. Bem haja: cabaou como devia, entre pânico, seguranças e polícias, o sonho de qualquer escandalosa.


Laura trabalha onde calha e com quem pode.


O vigilante monhé de Sete Rios, mais as pretas da limpeza, têm-lhe um ódio de estimação, já que Laura, quando eles começam a rosnar da sua longa permanência -- des journées entières dans les urinoirs -- defronte do wc, à espera da presa, Laura rosna ainda mais, e chama-lhes tudo o que lhe vem à cabeça, e nisso eu sou seu incondicional aliado, já que, nas vésperas, vou de marcador grosso, e escrevo pelas portas "se queres mamar aqui, dá um euro à gaja das limpezas, que ela deixa-te mamar na casinha das vassouras..."
Para o atual panorama português, um euro tem o valor do euro no Haiti, e é delicioso ver as caras daquelas avantesmas, a medirem-se umas às outras, enterradas no seu miserável sifão, a tentarem perceber quem é que, no meio daquela mútua miséria, consegue estar a ganhar mais um euro, que seja, nas costas do vizinho. E, enquanto se medem e controlam uns aos outros, lá vai Laura, maneirinha, discreta e viciosa, para os recantos sombrios dos pilares, mamar um brasuca ou um cabo-verdiano, casados, que querem vazar a coisa, bem antes de se irem enfiar nos pardieiros, ao lado da celulite das suas tronchudas suburbanas.


Laura é um serviço cívico, e um bem de utilidade pública, e sempre assim foi, desde os tempos em que a paneleira da La Feria não tinha ainda comprado o "Olympia", para o fechar, e impedir as "manas" de ali mamarem o que ele não podia fazer.
O "Olympia" era, então, uma tertúlia literária, onde se juntavam Laura, a "Micas" e o defunto Cesariny. A "Micas" era a mordoma, e, com os machos todos em fila, enquanto, na tela, passava o "Gulosas por Animais", que ninguém via, lá ia orientando o esvaziar daquelas listas de espera, ora encaminhando-os para o Cesariny, de beiças desdentadas, as melhores gengivas de cona que ali trabalhavam, diz-se, ou para Laura, com carta e certificado de recomendação, "olha, mama aquele ali do fundo, que tem um ASSIM, enquanto eu despacho este...", tudo num tempo em que Portugal era produtivo, e não vivia dos desvios de fundos da Comunidade Europeia, nem dos sacos azuis das Câmaras do PS.


Entre as suas múltiplas profissões, Laura trabalhou para o Metro de Lisboa, e, muitas vezes, já os comboios não circulavam nas linhas, e ainda ela fazia as estações todas da via crucis dos túneis da Rotunda do Marquês de Pombal, aviando passageiros fora de horas, até àquele momento fatídico e fatal, em que o barrigudo e bêbedo vinha pôr os cadeados nas grades, a anunciar que já não havia mais vagões a passar ali. Era a hora da angústia, e era então que Laura subia para o Parque, e trabalhava nas moitas todas, até de madrugada e manhã adentro.


Laura foi sempre muito discreta, e raramente levava homens para casa, fazendo-os sempre na casinha de transformação de eletricidade, que ficava bem defronte da porta, com os vizinhos todos a ver, como já aqui foi bem contado. Desses tempos, pouco ficou, exceto a casa que a mentirosa ainda hoje tenta vender, dizendo que "tem vista para a piscina", qual piscina, mulher, quando aquilo é o tanque do prédio de trás, o Lar Senhora da Aparecida, onde os velhadas são mergulhados em tanques de lama, como em Benares, para ver se a vida os cura do passar do Tempo!


Diz-se que Laura veio de famílias humildes e é verdade, já que a mãe, que deus tenha, passava a vida, de visons, a viajar de "Concord", entre Paris, Londres e Nova Iorque. Da mãe, herdou o vício, e, nos seus tempos áureos, quando estava casada com a fina nata da paneleirice lisboeta, mandavam todos vir o almoço de Nova Iorque, um luxo para quem se levantava às 4 da tarde, depois de ter aviado o Quartel inteiro dos "Raposas", da Costa de Caparica, ou quando o Nicha Cabral lhe passava para as unhas aqueles machões todos que adoravam dar uma volta de Fórmula 1, depois de ter vazado os colhões na boca das Avida Dollars do meio lisboeta.
Em certos círculos, Laura "Bouche" ainda é conhecida pela "Viuvinha Champalimaud", o que é completamente falso, já que só esteve para casar com Umberto d'Italia, o que só falhou porque ela adorava muito mais os machos egípcios que o Rei Faruk trocava com os belíssimos italianos, que escoltavam o Rei de Sabóis, isto, num tempo em que toda a gente fodia, e emprestava as boas fodas aos amigos, em vez de andarem a pensar em casamentos "gay", coisa que só interessa a Câncios e outras gajas mal fodidas.


Eu poderia estender este texto até às páginas de "Os Lusíadas", mas não tenho tempo nem teclado para isso, tanto mais que a Laura, Princesa do País Inteiro, dos ALLgarves e dos mamadouros de Aquém e Além Sevilla, já a esta hora deve estar a ligar ao Garcia Pereira, o seu advogado de mão, para me pedir uma indemnização de 1 cêntimo, por estar a expor aqui uma vida "privada" que toda a gente conhece, ainda o Mundo não era Mundo, portanto, vamos adiante, e passemos já àquele tempo em que Laura trabalhou nas obras, e no duro, pois que chegou a ter de ser trapezista, pendurada no varão de uma betoneira, a mamar um operário que se recusava a sair da cabine, e, enquanto com uma mão lhe apertava os colhões cabeludos, e metia até à garganta, ainda tinha de arranjar voz e folêgo para lhe ir dizendo que "estava a gostar, que nunca tinha visto um caralhão assim, e que era uma grande puta", tudo verdades, isto, com uma plateia de bichas desvairadas, cá em baixo, em plena Mata da Quinta do Conde, à espera de que ela caísse e partisse o cóccix.
Não caiu, cumpriu a função, engoliu, e o outro lá seguiu, com o betão meio solidificado para ir ajudar na obra de mais algum construtor civil aldrabão, que vende casas de luxo a parolos recém-casados com conas moles.


Laura, como todas as grandes badalhocas, e não preciso de referir aqui Maria Elisa, Clara Pinto Correia ou Carolina Salgado, também se soube, hoje, achegar às Novas Oportunidades. Mentirosa, como sempre, forjou um diploma de Quarta Classe, das antigas, e apresentou-se no CNO, das Manas Oblatas, para sacar um "Acer" à pala de fingir que ia fazer o 12º Ano (!), quando tudo o que queria era a Net e enganar o Vigarista de Vilar de Maçada, mais as putas que ele nomeia para a Educação.
Quis o fausto e o fado que fosse integrado num grupo que era (É...) um microcosmos da miséria nacional: um segurança, uma gaja que sofre de uma doença crónica de sangue, um bombeiro, um sacristão, uma freira, uma jeová e um autarca PS, do Norte, que quer tirar o 9º Ano, a "despachar", para poder voltar, para cima, para poder dar ordens nos engenheiros, arquitetos e advogados do seu pelouro de vereador...
As sessões são dignas de serem filmadas, porque melhores do que as escutas do "Face Oculta", ou Almodóvar: a gaja que sofre dos sangues a querer que lhe validem a competência de se ter conseguido manter viva com uma doença crónica daquela ordem, e em perpétua discussão com a jeová, que diz que "transfusões??... antes morrer!...", mais o bombeiro que quer validado o sofrimento e o cumprimento do dever de ter conseguido manter vivos muitos sinistrados jeová, contornando as transfusões que não querem receber, em pleno INEM; o segurança, que quer um diploma pela dureza de manter a ordem numa merda destas, o sacristão a anunciar que isto tudo vai acabar mal no Dia do Juízo, e a freira a rezar, a rezar, a rezar, para que o diploma venha como o Espírito Santo emprenhou a Adúltera casada com São José. Odioso, furioso, rancoroso, e prestes a telefonar a Carolina Salgado para os "limpar" a todos, só o autarca, que está ali a fazer o frete do corpo presente, e quer sacar o diploma, tal o "Engenheiro" sacou o seu, na "Independente". Depois, pode acabar o Mundo.


Eu sei que isto são meros fragmentos de Laura, e espero que vos tenham posto com um sorriso nos lábios. Pela sua longa e empenhada carreira, Laura merece-o, e não pensem na golpada do computador, porque faz parte do lado de ladra dela (Não.. querida, não telefones ao Garcia Pereira, porque isto é tudo hiperealista, e tu és mesmo ladra e badalhoca... :-), e preocupem-se antes com as grandes talhadas com que nos foram, vão e vêm, diariamente, ao bolso, nos BPNs, nos BPPs, nos salários do Constâncio e da Maria José Constâncio, nos "Casa Pia", nos "Apitos", nos "Furacões", nas "Maddies", e noutras merdas afins, que já esqueci: Laura, ao contrário disto tudo, é inigualável, e não poderíamos passar sem ela, ao contrário dos anteriores, para quem um fuzilamente sumário, num Estado de Direito, seria o mínimo.
Obrigado, e palmas para a Laura, que a atriz é ela; atriz e atrás, já que o seu cu é dos mais bem desenhadinhos da Peninsula, havendo mesmo quem lhe chame o nosso "Koh-i-Noor" das nádegas


(Duo laureado no "Arrebenta-SOL" e em "The Braganza Mothers" )

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