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domingo, 31 de janeiro de 2010

Grandes Memórias do "Braganza Mothers" - "Carta Aberta a Fernanda Câncio"




Caríssima Fernanda:


É na qualidade de... masculino que hoje lhe escrevo. Como a minha cara deve saber, o Masculino, é, por definição, capaz de tudo: trepa, transgride, viola e abandona. Por alguma razão, Montherlant tem um título que diz tudo sobre a Condição Feminina, "Coitadas das Mulheres" (... às mãos dos homens). Se reparar, Verdi, um grande cavalheiro do séc. XIX, pelas mesmas razões, soube colocar toda a sua música ao lado da defesa do Feminino.




Este meu apelo dirige-se a si: toda a gente -- lá estou eu... -- enfim, sabe-se... há quem saiba muito bem, que, nesta sociedade hipócrita, sórdida e cobarde, que é a Sociedade Portuguesa, uma grossíssima fatia dos Casamentos "Vip" só se sustenta na base do "Swing", ou seja, ele casa-se com ela, para tapar a" coisa", mas, logo a seguir, é o ele, de uma, que acaba na cama com o ele, da outra, e reciprocamente.



A notícia do "Correio da Manhã" é mais um vexame para o Feminino, é mais uma afronta para todas as pessoas que estão confinadas ao espaço das suas sexualidades, não-ortodoxas. Ao embarcar nessa ficção, a Fernanda, está, simultaneamente, a mostrar que tudo tem um preço, e a ofender entre 1 a 2 milhões de Portugueses, sem contar com todos os outros que acham isso, só pela pobreza do argumento, uma afronta, uma grosseria e uma suprema demonstração de falta de carácter.

Se o Sr. Engenheiro José Sócrates, que embarcou numa de enviar tudo o que não consegue resolver cá dentro na direcção da fronteira de Badajoz, pudesse fazer um supremo favor, e é para isto que esta carta também se dirige: enviar o carácter dele até à Extremadura Española, apanhar um pouco de ar, e voltar depois, já revigorado, ASSUMIDO, e de cabeça erguida, para que nós não sintamos, como nos sentimos permanente, e diariamente, tratados como atrasados mentais, a quem o servir da côdea mínima é suficiente para manter entretidos durante... décadas.

Vá a España ver como se faz, e tente traduzir para... português.

Quanto à natureza do Eng. Sócrates, pouco mais há a dizer: as suas aparições públicas, a monotonia e pobreza do discurso, a frieza do perfil, a estrutura robótica são incontornáveis, e fazem parte do que de mais negativo o Masculino possui. Eu tenho vergonha de ser homem, ao coexistirem carácteres como o de Sócrates, no meu próprio país, e cidade. Quando, aqui, e por ali, e por toda a parte, o bode expiatório, Paulo Portas, serviu de pretexto para o anedotário nacional, tenho de reconhecer que foi divertido, MUITO divertido, mas não estávamos, ainda, à espera de que nos tombasse este flagelo em cima. Há mais dignidade naquele mesmo Portas de engates de casa de banho do que nas falsas posturas Armani do Inquilino Turvo da Rua Castilho.

Desde Sócrates que muito eleitorado do P.S. passou a considerar a sua opção como perto de... maldita. Há muita gente que NUNCA mais votará P.S., por causa de Sócrates. Há 1 a 2 milhões de Portuguesas e Portuguesas, que vivem no seu tolhido espaço de manifestação de sexualidades alternativas envergonhado, de cada vez que se olha ao espelho e é obrigado a ouvir os novos episódios do vosso triste jogo. Como mulher, suponho que frequente o círculo íntimo do Cavalheiro. O pedido, este meu pedido, é, portanto, sincero. Minha cara Câncio: cada gesto errado seu faz com que Portugal se sinta vexado, atira-nos na direcção do Passado, da Mentira e da Indignidade. Todos nós perdemos: a Liberdade do Cidadão, a Democracia e a própria Contemporaneidade, que, pelo calendário, nos indica estarmos em pleno Séc. XXI, mas que, por sua causa, e dele, entre outros, nos mostra, na realidade... não estarmos.

Agradecendo antecipadamente a atenção

Arrebenta

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