Oi Giros e Girassas, Daqui Tânia Vanessa

Oi Giros e Girassas

Eu sou a Tânia Vanessa e a partir de hoje vou brindar-vos com uma singelas palavras por aqui. Como é de boa educação vou falar um pouco de mim para saberem com o que podem contar.

Sou viúva, meiga e dócil, muito amiga dos amigos e capaz de despir a roupa que trago no corpo para tapar o frio real ou virtual de um amigo ou amiga, por isso podem contar comigo.

Nisso sou igualzinha à minha grande amiga Margarida Prieto, contava-me a minha tia que era colega da tia dela Daisy, que iam sempre tirar o cartão de sanidade juntas pois eram trabalheiras de “square” encartadas e nós passeávamos juntas pelo Jardim Zoológico de Lisboa, ela parava mais no Elefante e eu na Onça, já me estou a desviar da conversa. Estava a contar que a encontrei já uns tempos no nosso cabeleireiro, onde a Kiki Espírito Santo faz pedicura e nós cabelo e unhas e estávamos a conversar das nossas sincronias, como somos amantíssimas de Nossa Senhora de Fátima e sempre que entramos num avião tiramos a roupinha Hermés, pomos um pijaminha Victora Secret´s e rezamos, rezamos até chegar ao destino. Sempre que o meu defundo Henrique estava no Golfe na Quinta da Marinha e ficava por ali, pois já não tinha pachorra para aquelas conversas com os amigos dele lá do Clube. O Braga Macedo, com aqueles óculos horríveis, mais as reuniões secretas, um que foi Ministro das Finanças e tinha um monte no Alentejo ao pé do monte do Carlos Cruz, etc., e tal.

A Margarida é girassa e bem-feita de corpo, assim como eu, por isso é muito fácil casarmos com um homem que nos tire da vida e aproveite o bom que temos para lhes dar.

Os grandes homens inteligentes são assim, por isso é que o meu 1º e saudoso defundo era Chefe de muitas coisas. Ia a muitas reuniões aqui e no Estrangeiro, eu ia sempre com ele mas ficava a fazer compras porque não podia entrar, ele dizia que era por eu não saber inglês, sim é verdade que estrangeiro só hablo espanholito, mas descodifico bem o inglês comum, mas era uma maneira carinhosa de dizer para eu não me maçar e aborrecer naquelas chatíssimas reuniões secretas da Trilateral e Bidelbergues, ele coitadinho (vou buscar um lenço) pensava que eu não sabia, mas eu até sabia não o queria incomodar com as minhas opiniões com o que eu pensava sobre os destinos do mundo, pois já falava isso às vezes com o meu futuro Pedro (só fazia peso , nem ainda imaginava que ia dar em casamento) uma vez quando fomos todos a Londres ver os Violinos de Chopin e estava ele , o Zé Manel e a Margarida , a Maria Elisa e o Zé Manel do Porto. Era uma Gala para as pessoas que têm aquela doença que estão sempre cansadas e têm que estar sempre deitadas com um peso encima. Eu gosto de estar deitada mas não é por doença é mesmo a minha natureza de meiga e gata à mistura, mas sou mulher de um só homem e Valha-me Minha Nossa Senhora que se tivesse essa doença tratava-me logo, porque gosto de fazer as coisas por gosto e não por doença como dizia a canção da Simone.

Só uma vez que fiquei grávida fiquei muito preocupada e como podia fazer amor e telefonei a minha Guru sexual, aquela velhinha amorosa para saber se não fazia mal. Não me convenceu muito e Deus me perdoe, fiz um aborto, mas já me confessei e estou perdoada. O Padre era bonzinho e não me mandou rezar muito.

Mas vejam bem que não faz mal, que gente bem informada decide melhor, eu até apoiei a campanha do Não.

Agora vou pois ando a ler dois poetas estrangeiros que moraram em Portugal. Adoro estrangeiros cultos que moram em Portugal, a Sophia de Mellho Breynner e o Bill Stein Husenbar.

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas