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Adoro estes dias em que não tenho de escrever muito. Já aqui defendi, eu, que detesto carros, como Futebol e Fátima, que os melhores doutoramentos se fazem no banco de trás dos táxis. Hoje o tema era breve, a coisa do costume, os sinais que eram mal colocados, as passadeiras desfasadas, etc., enfim, eu nem meti a minha célebre bucha de que os semáforos, no Recife, são colocados depois dos cruzamentos, para não acirrar mais o homem... O problema foi quando eu lhe disse que os arranques abruptos e a falta de civismo nas estradas eram só uma pequena consequência do mal-estar geral do País, e ele, "pois, agora, é esta história do "Freeport...", e eu, sim, "é mais uma gota de água, num mar de porcaria...", e ele, "pois, primeiro começaram com a história de que o homem era paneleiro...", e eu, muito calado, a perceber que aquilo já não era o que parecia, e ele, "... depois, foi aquela vergonha de andarem a dizer que ele não era Engenheiro... ", e eu, ainda mais calado, até, como era de esperar, "agora é esta porcaria do "Freeport", que o homem já desmentiu, e eles insistem, o que eles -- não sei o que quer dizer "eles", mas deve ser gravíssimo... -- "eles" querem é deitá-lo abaixo!...", e eu caladíssimo: era o berço inaugural da Segunda Maioria Absoluta de José Sócrates, ali trazido pela voz do Espírito Santo, uma Anunciação, a mim, uma Maria de Nazaré, mesmo nada interessada em emprenhar, muito menos ao som de um taxímetro, mais bandeirada.
Isso.... chorem.
Dura vita sed vita.
(Dueto do Trá-lá-lá, no "Arrebenta-SOL" e em "The Braganza Mothers" )
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