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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Boémia


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas


Esse dilúvio a cair dos céus e eu com a minha inaptidão de perceber o delírio dos deuses. Oh Satã! Traz-nos um bocado do calor do Hades! Fartei-me desse maldito frio, no entanto, é bom que adestro a minha indolência.
Louvo os tempos de luxúria onde a minha vida libertina não permitia que repetisse um homem sequer. E havia muitos que queriam o meu corpo. Só meu corpo, e eu o deles. Tudo muito consensual e equitativo.
Que noites eram!...
A minha conduta lasciva era aprovada pelo meu juízo desnorteado. Desde sempre soube que tenho uma vida mais dada ao ‘flirt’ do que ao amor. Que fique explícito que não sou o primeiro a dizer isto e muito menos que sou o autor disto. São histórias de uma Lisboa que já foi. Histórias de uma senhora muito gira e aleijada. Coitada! Que deus a tenha!... Porque ela engatava os camionistas, e muito educadamente, solicitava ao homem a permissão de lhe fazer um broche. Assim reza a lenda.
Eu não vi, mas dava tudo para vê-la trabalhar no truca-truca das muletas.
-Ai que língua demoníaca eu tenho!
-Isola! Isola! Isola!
Então eu, a noiva depravada e virgem, cheio de iluminações disparatadas, aguardava pelo filho do sol que me viesse possuir.
Nem eu me conheço!
Ai! Ai! Ai! Este texto mal escrito e desvairado é apenas uma ordinária herança que deixo registado. Ainda há-de vir mais. Assim espero, se deus me conceder força nesse meu corpo selvagem.
Fico com os meus frémitos vagabundos, na sombra do tempo, na rima sem cor, torturado na mudez imemorial e no infortúnio idiota, aniquilando as minhas memórias incomuns.
São apenas palavras que conflitam.




Mais frémitos e desvarios AQUI.

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