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segunda-feira, 22 de março de 2010

Grandes Êxitos do "Braganza Mothers I" - "A Dona Coisinha"

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
É interessante ter chegado aqui, e verificar que o número dos nossos leitores continua a disparar, em flecha, e não precisamos de vender DVDs, dar suplementos coloridos, cheios de ficções, ou quaisquer sacos de plástico.

Vou começar pela "Wikipédia", que, de repente, se tornou num campo de batalha, e perdeu a inocência, de um dia para o outro. A verdade é que, por detrás dela, já está uma pequena mão-cheia de ATENTOS construtores de uma certa versão da História.
Compete-nos, pois, a nós, contemporâneos desse tempo comum, impedir que ela se transforme em mais um local de propaganda de forças tenebrosas.

Entre esta manhã e agora, muito aconteceu na "Wikipédia". A entrada "José Sócrates", na qual eu tinha feito o acrescento do artigo do "Público", sobre as dúvidas da Licenciatura cozinhada na "Independente", já foi alterada, mas -- glória fácil!... -- para ter agora, como acrescento, em nota de rodapé, o seguinte: "Segundo o jornal Público, de 22 de Março de 2007, há algumas dúvidas sobre a integridade da atribuição do grau de licenciado a José Sócrates."

Uma pequena vitória, sobretudo para mim, que, apreciador de metalinguagens, entrelinhas e tons soturnos, adoro a expressão "integridade da atribuição", porque nos remete para o campo clássico das mulheres sérias e honradas...

De qualquer maneira, lá está, assim como continua a referência a "namorar, desde 2001, com Fernanda Câncio".
Hoje, vou alterar para "namoriscar", a ver quanto tempo lá dura...

Aqui, começa a parte pior da história. Onde, anteontem, havia um vazio, e, desde ontem, quatro curtas linhas, com as referências ao Jornal e Blogue da moça, assim como às suas intermitências do coração, todas devidamente publicadas, e nunca desmentidas, no "Correio da Manhã", onde eu glorificava a criatura, há agora um pequeno apagão. Foram APAGADAS, pela Comissão de Branqueamento do Regime, e a Câncio passou a ser apenas "uma jornalista portuguesa", de glória... mais difícil.

O artigo "Arrebenta" continua na prateleira dos "Para Apagar".

Quero ver, amanhã, quando tiver tempo, e me resolver a redigir a entrada "Braganza Mothers", aliás, conto convosco, colaboradores redactores, colaboradores comentadores e colaboradores leitores, para a construção da entrada...

O pior da história vem mesmo para o fim: é que, de facto, esta gentinha, que pensa que se move numa atmosfera bem lubrificada, com os postos-chave todos tomados, e a rede bem montada, se esquece de que o país está cheio de pessoas para quem eles não passam de ridículas epifanias de O-Rei-vai-nu, e a Blogosfera é o espaço ideal para que isso se diga.

Como toda a gente sabe, vamos continuar a falar, e já que os dinheiros do Estado são agora gastos para manter uma multidão de analfabetos funcionais, a verificar se se descai mais alguma linha do Currículo de Plástico do Fantoche de Bilderberg, eles que atentem à seguinte referência, que lá continua, na biografia, e pode ser perigosa: "Em 1995 tornou-se membro do Governo de António Guterres, ocupando o cargo de secretário de Estado Adjunto do Ministro do Ambiente. Dois anos depois, tornou-se ministro-adjunto do primeiro-ministro, com as tutelas da toxicodependência, juventude e desporto. Foi nesta capacidade que se tornou um dos impulsionadores da realização do EURO 2004 em Portugal."

"Toxicodependência, Juventude e Desporto"... sempre achei estranha a designação, até que estoirasse o Escândalo da Casa Pia.

No imaginário do português comum, o Casa Pia resumiu-se a uma série de anedotas de nível Câncio sobre o Bibi e o Carlos Cruz. Para as pessoas um pouco mais informadas, foi a prova provada de uma existência, em Portugal, de rígida promiscuidade entre o Poder Político e o Poder Jurídico, ou seja, da incapacidade de assegurar a Democracia, na sua definição correcta: "Paridade dos Cidadãos perante a Lei". Para os ainda mais esclarecidos sobre a história, o processo era elementar, embora terrível: quando se tratava de papar os putos, anestesiavam-se com coca; quando aquilo já estava destruído, psíquica e fisicamente, eram deitados à rua, onde, como toxicodependentes, tinham de se prostituir, para manter a dose de químicos. Era então que estoiravam, levando consigo, simultaneamente, a prova e o crime.

Faz sentido, pois, ter havido uma pasta chamada "Juventude, Toxicodependência e Desporto".

O Desporto era a montagem de bruços.

O Casa Pia veio mostrar que existiam cidadãos Pares e Ímpares. O Euro-2004, desse tal Ministro-Adjunto "impulsionador", com as tutelas da Toxicodependência, Juventude e Desporto, foi trazido para cá pela mão dos poderosos contactos internacionais do Cavalheiro Carlos Cruz, com o apoio desse "impulsionador" Ministro -- reza, até agora, a "Wikipédia". Esses contactos poderosos, nunca saberemos até onde iam, mas tremo, só de pensar nisso. Traduziram-se, no empobrecido solo nacional, na célebre construção dos tais 10 monstros para multidões alienadas e ululantes, raramente utilizados, excepto nas operações de transferências de capitais, das mãos do Contribuinte, para as patas negras dos Construtores Civis, de alguns, obviamente, porque também os há pares e ímpares.

Tinha-me esquecido de que havia mãozinha de Sócrates nessa merda; a "Wikipédia" -- pelo menos, até às alterações de amanhã -- veio recordar-mo, mais o Euro 2004, mais o Carlos Cruz, mais o Casa Pia, mais umas coisas que não posso escrever aqui, como podem imaginar, mas que punham isto de pantanas, de vez...

Outras posso, e escrevo: hoje, de conversa com dois engenheiros civis, ríamo-nos do Cavalheiro Armani da Triste Figura: vir de Vilar de Maçada, cheio de gás, "uma mente brilhante", para construir dez estádios, uma Ota, e concluir, na Independente, universidade séria, limpa e honrada, cadeiras, que, como qualquer Engenheiro Civil sabe, não são pera doce, e com altas notas... Perguntavam-me eles, "e esse gajo teve quanto a "Análise de Estruturas e Betão Armado?...", e eu, "teve entre 15 e 18 " (RISOS). "E quanto é que foi em "Estruturas Espaciais?...", e eu, mauzinho, a ler o "Público", "entre 15 e 18..." (GARGALHADAS).

Essa desbocada, se percebesse alguma coisa de Engenharia Civil, saberia que essas cadeiras são cadeiras estruturais do Curso -- por alguma razão as deixou penduradinhas, para o fim, para as recolher, já maduras, na "Independente".

Era como um médico ir comprar "Anatomia I e II".

Que é que o senhor primeiro-ministro de Portugal percebe de momentos de torsão, excepto quando se torce todo, do alto dos seus tacones lejanos, mal é questionado sobre a Ota ou a Co-incineração?... Será que, especialista em Transportes, saberá decompor o diagrama de forças de uma estrutura treliçada?... Conseguirá explicar, aos seus ilustres membros da Comissão Nacional, a diferença entre as suspensões da Vasco da Gama e da Ponte do Pragal?... Perceberá alguma coisa dos diagramas de fluxos de tráfego de uma grande plataforma aérea mundial?... Quais são os seus conhecimentos de aerodinâmica, para perceber o que acontece numa planície flanqueada por cadeias montanhosas não-desprezáveis, capazes de semear fluxos caóticos de ventos contraditórios?... Conseguirá, vestido de Armani de Vilar de Maçada, calcular as reacções nos apoios de um viaduto qualquer, ou é daqueles que diz, "solda-se tudo, e o resto enterra-se?..."

Meu caro Boneco de Plástico, os teus dias felizes terminaram, mas não é para ti que reservo a maldade da noite, a maldade da noite vai dedicada a um dos nossos assíduos leitores, que já sabe o que é sentir na pele o peso das cabalas dos grupelhos políticos, e que só não escreve para aqui porque (ainda) não quer.

Anteontem, a "Dona Coisinha" explicava, na televisão, a evolução sociológica de Portugal. A Dona Coisinha é uma das mulheres-alibi do Sistema, uma daquelas que rosna, indignada, mas vai receber o seu, todos os fins-do-mês, enfim, uma catarse para a plateia, para impedir que tudo pareça consonância. A Dona Coisinha vem de uma anedota antiga, ainda não tinham ardido os Armazéns do Grandella -- contas feitas, vai fazer 20 anos, ainda eu era virgem... -- andava lá ele aos panos, e, volta não volta, pelo que me foi contado, virava-se para trás, a perguntar pela... Dona Coisinha. A Dona Coisinha era a mulher, e o marido dela, Dona Coisinha, o António Barreto.

Quanto à evolução sociológica do país, seria incapaz de prestar 5 segundos de atenção ao que ele disse: limitar-me-ia a dizer que se encheu, por toda a parte, de... donas coisinhas.

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