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segunda-feira, 22 de março de 2010

Grandes êxitos do "Braganza Mothers I" - Correio da Lola - "Ota ou não Ota?..."


Querida Lola:
Sou trabalhadeira por conta de outrém. Aliás, já não têm conta os outréns para quem eu trabalhei. Faço pela vida: não recebo do Orçamento do Estado para fingir que sou a namorada secreta de algum Ministro Homossexual, nem tenho nenhuma reforma milionária. Em contrapartida, considero-me bastante gostosa, e nenhum dos meus clientes deixou de repetir... Acontece que ando farta de aturar árbitros, presidentes de clubes ordinários, e ordinários de clubes reles. O meu mercado é agora España. Sempre que o meu telemóvel rosa toca, já sei que é um empresário de sucesso, de Madrid, que precisa do carinho de uma moça lusitana. Faz-se tudo por email, o bilhete electrónico, o dinheiro em "cash", para evitar os piolhosos que nos metem os dedos pelas contas todas dos bancos adentro, o quarto, sempre de muito bom gosto, a gorjeta, em diamantes e aquelas pequenas coisas de que as moças, como eu, e você, tanto gostamos. Agora, diga-me, querida: fazer 50 kms, nas ridículas auto-estradas portuguesas, para apanhar um avião, e uma viagem de uma hora, para ir ser comida a Madrid e regressar a casa, não acha que é pedir demais a quem trabalha no nosso ramo?...~

(Maria Odete Santos, Lafões)

Querida Odete:
As moças da vida sofrem muito neste país, porque não constituímos uma classe unida: continuamos divididas entre aquelas que estão no Governo, ou no "Diário de Notícias", e as que ficaram na esquina. Eu sou como a querida, fiquei pela esquina, por acaso, da rua do "Diário de Notícias", mas também tenho a sorte de nunca ter precisado de ir a Madrid, geralmente, é Madrid que vem a mim, quando precisa de tetas e pénis atrofiado. Corre, no Reyno de España, que nós as Portuguesas, fazemos porcarias que elas já não fazem lá, e é verdade. Fale a um dos seus empresários de sucesso de Castilla, la Mancha, da célebre puñeta de mamas com barriga de freira, da Lola do Conde Redondo, e vai vê-lo empalidecer de memórias de gozos antigos...
Quanto à Ota, discordo completamente da menina, querida, a Ota é indispensável a qualquer país de putas. Não se esqueça de que o seu cliente madrileno a chama justamente porque a menina é muito rodada. Com mais 50 kms de rodagem em cima, ainda chega lá muito mais rodada. É disso que eles gostam. Se eu tivesse poderes, e acesso directo ao Cágado da Economia, não punha o novo aeroproto na Ota, punha-o era em Mirandela do Douro, para chegarmos a Madrid já transpiradas e com um andar novo. Cuide-se, querida.

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