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quinta-feira, 9 de julho de 2009

O Ovo de Colombo do próximo Parlamento

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Imagem do KAOS

As contas são do KAOS: já só faltam 81 dias para este suplício se tornar igual a si mesmo.

São muitas as dúvidas e angústias sobre quem irá substituir José Sócrates: duas hipóteses estão excluídas; 1) reconduzir Sócrates era dizer à pior corja que já se intitulou de "Governo" que até tinha tido razão: íamos pagar com os ossos, depois de nos terem roído a carne, e ainda apanhávamos o Paulo Pedroso em Ministro de Estado, depois dos 3% da Câmara de Almada; 2) Pôr Sócrates com o Bloco de Esquerda a jeito era um faz de conta que nos ia custar ainda mais caro: o Bloco de Esquerda ainda tem muito que aprender, e libertar-se da miríade de sás fernandes que tem lá dentro. Dizem as más línguas que o Rosas era informador da PIDE, como o pai do Carrilho, e o Bloco que esclareça isso; depois, voto nele, mas vai ser um depois lá muito, muito, muito, para os lados do depois.

Jerónimo de Sousa cita Ferreira Leite, e eu acho isso um charme, sinal de que as coisas estão tão más que ainda havemos de ver a Odete Santos a chorar a morte de Sá Carneiro, como é da praxe, e o Passos Coelho a vender o "Avante", nas Festas do "Avante". Já se viu tanta coisa que era só mais uma.

Nuno Melo, objetivamente, é o Líder da Direita. Paulo Portas já está na fase de querer sopas e caralhos, e tem ali um excelente sucessor. Não sei se é menino para se ajoelhar a Santanas, mas poderá negociar com a Harpia do Colar de Pérolas.

A minha solução é simples, e já foi ensaiada pelos Portugueses nas Eleições mais Inteligentes de sempre, as Europeias deste ano: acabar aquela tendência do voto útil, e cada qual fechar-se no seu casulo político, muito quietinho, muito caladinho, e muito aconchegado no colo daquele partido de que sempre gostou, para tornar a Assembleia pentapolar, ou seja, um partido que irá um pedacinho à frente, neste caso, o PSD, para que Ferreira Leite mostre o que realmente vale, em vez de passar décadas em bancadas de segunda, e os restantes a equilibrarem o hemiciclo em talhadas equilibradas. Coisa linda, um PS do tamanho do PCP, e um Bloco de Esquerda do tamanho do CDS.

Dizem os que adoram mamar na teta do sempre igual que isto é o país a tornar-se... ingovernável: deus os oiça, porque se é isso que chamam "ingovernabilidade" deve ser bom, já que, para mim, ingovernabilidade é aquilo a que estamos a assistir agora.

Matematicamente, o discurso é mais pragmático: o que pedimos aos Portugueses, nestas Legislativas, traduz-se em três frases: 1) Que nesse dia fiquem os 70% do Futebol, do Fado e de Fátima em casa; 2) Que os restantes 30% pensem em fazer umas pequenas contitas de cabeça, e vejam, mais coisa menos coisa, se é melhor votar no partido do seu coração, ou no partido que mais semeie confusão; 3) e esta é fulcral, que saia da votação uma Assembleia onde seja impossível fazer uma maioria absoluta com dois partidos, mas que sejam necessários TRÊS, de preferência, um deles com ideias incompatíveis com os outros dois.

Para os "experts", lá voltará a teoria da ingovernabilidade, coisa disparatada, porque nada de mais saudável existe do que um Governo matizado, a ter de prestar, passo a passo, contas a uma base alargada de apoio. Se quiserem fortalecer as franjas, também são bem vindas: Monárquicos, mais a simpática Carmelinda Pereira, minha amiga, e que já percebeu que a cidadania é, hoje em dia, mais importante do que velhos ideários obsoletos, a Extrema Direita, com um pouco de lepenismo a chatear os politicamente corretos de sempre, e o MRPP, para chamar nomes a todos os restantes. Ia ser delicioso, Manuela Ferreira Leite como Primeira Ministra, os Vice Primeiros Ministros Nuno Melo e Francisco Louçã, ou, virando o disco, Manuela Ferreira Leite e os Vice Primeiros Ministros Jerónimo de Sousa e Nuno Melo. O PS, por razões de higiene, e até que perceba que tem de se livrar do lixo socrático, pedófilo, maçónico e quejando que o infesta, deverá ser conduzido a uma longa caminhada pelo deserto, para perceber que os Portugueses, os tais 30% que devem ter direito a voto, estão fartos de ser tratados como estúpidos. Se a coisa resultar mal, chama-se o Sidónio Pais, para laurear a pevide, até apanhar com um tiro nos manuéis pinhos.

Acreditem: vão ser os 81 dias mais sórdidos das nossas existências, e muitos se vão lembrar da linguagem dos "Braganza Mothers" destes dias.

Não é por acaso que vamos passar a livro: chegou a hora da nossa linguagem.

Duo no "Arrebenta-Sol" e em "The Braganza Mothers"

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