Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do KAOS
Graças a deus que entrámos na "Silly Season", porque assim podemos escrever sobre coisas interessantes, em vez de andarmos atrás dos disparates dos telejornais.
Muito recentemente, a Koki assinou, no "Público" um "dossier" intitulado "O Estado Novo dizia que não havia homossexuais, mas perseguia-os".
O texto está muito bom, embora fortemente centrado no Passado. Para viajantes de outras eras, fico extremamente melancólico com só agora saber que "a zona da Estufa Fria era para onde ia, por exemplo, o [maestro] Lopes Graça"... Uma pessoa fica imediatamente a sonhar com isto, e com as gaitadas de beiços que poderia ter apanhado, se tivesse passado nas horas certas em que a orquestra ensaiava... Como estávamos no Estado Novo, era tudo em surdina, e o público saía, antes de que alguém batesse palmas, ou gritasse "bravo", mas o que é certo é que aquela sala de concertos estava sempre cheia, ao contrário do caixote de lixo da "Casa da Música".
Eras.
Por seu lado, a longa tradição de engate de sanitários, velha desde Roma e Atenas, manteve viva, até aos nossos dias a frase que diz que um sanitário é um lugar onde se vai para satisfazer uma necessidade, e se acaba satisfeito em todas as outras... As grandes cidades medem-se pelo número dos seus urinóis no ativo, e entram em decadência, quando as coisas passam a pagar, ou são vigiadas por câmaras. O mesmo se aplica aos Centros Comerciais, cuja atividade está estritamente centrada nas manobras de urinol, e que entram em agonia quando os vigilantes, contratados para manter a segurança, embarcam naquele frenesi de entrar, de dois em dois minutos, nos chichis, não vá escapar-lhes alguma coisa que lá esteja a acontecer. O fenómeno está estudado matemática e sociologicamente, e resume-se numa frase: "quando o ciclo dos urinóis entra na rotina da obsessão dos vigilantes, o ecossistema colapsa, as lojas, que são pretexto para a bicharada por ali andar, e ir comprando, de quando em vez, para disfarçar, os mal casados levarem as mulheres para comprar berços, e aproveitarem para a escapadela dos dois minutos de boca quente, fecham, enfim, quando as superfícies comerciais se reduzem a um entra e sai dos sanitários dos vigilantes, só ficam abertas as casas de banho e os últimos postos de trabalho são os dos seguranças, no meio de galerias às escuras".
O Colombo e o "Dolce Vita" vão acabar assim.
Vai levar séculos e décimas de Desemprego, até que percebamos que isto é tão certo como Vítor Constâncio ser um cancro maçónico.
A Koki é poética e geográfica, nas suas referências: "Quanto aos urinóis, os dois principais eram o do Campo das Cebolas e o do Campo Pequeno", não esquecendo "O Campo Grande [que] era outro jardim frequentado por causa dos estudantes das universidades de dia e de um quartel que havia ali, à noite." E Belém, zona de quartéis e onde "havia muito engate de carro".
Claro que tudo isto desapareceu, e Portugal se tornou num país politicamente correto.
Acontece que estive hoje a ver, na TVI24, um bocado de uma coisa que eram os transsexuais iranianos, coisa esquisita, baseada no pressuposto de que as bichas do enorme campo de concentração dos ayathollas -- malditos sejam... -- eram procuradas pelos clientes, para servirem de buraco. Nisso teriam mais sorte do que cá, onde o heterossexual é geralmente passivo, e, portanto, tem ele a curiosidade de ser buraco, desde que a mulher e os amigos não saibam, "um gajo não pode morrer estúpido..."
Para um flagelo como este, e para evitar que Teerão se torne num enorme Chiado, os padres resolveram que, já que havia uns desgraçados que andavam a dar o cu aos outros, o melhor era fazer a operação, e transformá-los em transsexuais, com o apoio do Estado.
Confesso que acho a ideia lindíssima e deve ser tema da próxima legislatura, com o Bloco de Esquerda a lançar a ideia, e Manuel Alegre a arranjar umas franjas partidárias, para obter uma maioria suficiente. Grande oposição, apenas a estou a ver no CDS/PP, "et pour cause".
Objetivamente, casos como a Senhora de Mota Amaral, há quase 70 anos a viver a coberto de um "voto de castidade (!)" são, neste período de crise, indefensáveis: precisávamos de uma ASAE para estes casos, e, da próxima vez que fosse apanhada a olhar para os seguranças do Cavaco, deviam agarrar nela e levá-la, primeiro, porque somos uma Democracia, para uma zona de quarentena, onde lhe poriam nas mãos aqueles número da "Playboy" Portuguesa, com a Ana Malhoa com as tetas de fora, e lhe diriam, "anda, agora entesa!..." Se não entesasse, levavam-no para os vestiários dos seguranças do Cavaco, e amarravam-no, como nos Diabos de Loudon. Mal ele entesasse, o Estado teria de intervir, fazer um diagnóstico sumário, amarrá-la a uma mesa de operações, e abrir-lhe uma rata à frente.
Os cirurgiões iranianos parece que são especialistas nisto, e as suas reconstituições vaginais são feitas com recurso a pele do cu, do reto, ou lá como é que se diz, o que não deixa de ser uma maravilhosa parábola do Islamismo, que o Cristianismo se deveria apressar a imitar: "já que passaste a vida a levar no cu, atrás, vamos implantar-te um cu, à frente, para poderes continuar no ativo, aliás, passivo".
A ideia é linda e aqui fica a sugestão.
Claro que teríamos casos renitentes, como todos o frequentadores dos duches do "Holmes Place", e que Portas não gostaria de ser arrastado dos portais da A5, para ser convertido, à força, numa Teresa Caeiro, mas isto não é para ser já, e pode ser um projeto de uma legislatura, uma coisa calma, serenamente assumida, e com pés para andar.
Eu sei que tudo isto vos pode parecer rosas, mas não são: casos renitentes, como Sócrates ou Carrilho, só lá iriam à força, e suponho que no meio daqueles mesmos guinchos da matança do porco. Para mais, haveria uma Câncio, inconsolável, a quem uma Zanatti, já operada e de bruto mangalho à frente, finalmente teria de dar consolo...
Voltando à Koki, "com a morte de António Variações houve um mundo que acabou", enfim, mais propriamente, que se metamorfoseou: passámos a ter os dois amores de Marco Paulo, que acho que também é um caso inoperável, mais o Carlos Castro, meu deus, quem é que iria operar o Carlos Castro?... Arriscava-se a ter o outro a saltar da mesa de operações, e a morder-lhe os tomates, virando o feitiço contra o feiticeiro.
O Futuro, todavia, existe, e acho que é para essa direção que nós devemos olhar. Pensemos na Câmara de Almada, por exemplo: mal passem as férias, as Autárquicas virão aí. Podia-se agarrar-se no Paulo Pedroso e arranjar-lhe uns apoios iranianos: em duas semanas, passávamos a ter duas Marias Emílias Correias, uma com mais cara de cu do que a outra, e lá viria o Manuel Alegre, senil e casamenteiro, selar uma Frente de Esquerda.
Ia durar, até 2100, pelo menos...
1 commentaires:
LOL
Fiquei sem palavras!
Só me resta bater palmas e gritar BRAVO!
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