Isto, num país civilizado, já tinha estoirado. Um gajo a dizer que vai resistir... Resistir aquê?... À investigação de uma polícia estrangeira?... Bom, emitam-lhe um mandato de captura internacional, e ele nunca mais vai arrastar os trapinhos Boss para além de Badajoz. Que vergonha...
Cubro o crime organizado, a corrupção, a extorsão e a fraude para a TVI (Televisão Independente - Lisboa) e para o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigadores (Washington DC; EUA).
Serve o presente email para lhe colocar umas perguntas sobre a investigação da Freeport pelo Reino Unido.
Estou a compilar dados sobre a reunião das autoridades do Reino Unido e de Portugal que teve lugar esta semana em Eurojust na Haia.
Segundo os meios de comunicação social portugueses, o Reino Unido não respondeu de forma positiva a uma carta rogatória apresentada pelas autoridades portuguesas em 2005. Os jornais relatam que houve uma transferência de 4 milhões de euros do Reino Unido para contas em Portugal por intermédio de um escritório de um advogado.
Os jornais portugueses dizem que V. Exas. interceptaram comunicações mas que estas não podem ser utilizadas nos tribunais portugueses.
A fonte e o objectivo de tais artigos são bastante óbvios...
Eis as minhas perguntas:
1 - V. Exas. solicitaram uma reunião com as autoridades portuguesas (DCIAP)?
2 - Podem especificar o motivo de tal pedido?
3 - Como explicam o facto de a delegação portuguesa não ter ninguém no departamento a investigar o assunto? (A Polícia Judiciária estava representada pelo seu n.º 2 e pelo chefe da DCCCFIEF - crime económico, que se deslocaram à Haia a pedido especificamente da DCIAP; as pessoas que estavam a levar a cabo a investigação não marcaram presença). A vossa delegação incluía Investigadores?
4 - É verdade que V. Exas. não responderam de forma positiva até agora ao pedido formal que lhes foi efectuado pelas autoridades portuguesas em 2005?
5 - Confirmam que têm em vossa posse material electrónico (Intercepções telefónicas e um filme de curta metragem) relacionado com as actividades criminais dos cidadãos portugueses envolvidos neste caso?
6 - Confirmam que a Freeport Portugal foi vítima de extorsão?
7 - Confirmam que houve uma estranha transferência bancária de 4 milhões de euros? (Uma fonte disse-me que o valor era superior).
8 - Confirmam que o advogado é José Francisco GANDAREZ?
9 - Confirmam que a SOCA estava, ou está, ligada a este caso? Agradecia muito uma resposta.
Estou a tentar fazer o meu trabalho e não confio nas fontes locais (com excepção, em certa medida, dos investigadores policiais).
Agradecia que me Informasse se prefere uma reunião formal ou informal em Lisboa ou em Londres. Sei que a SOCA tem uma representante na vossa Embaixada em Lisboa (Sra. J...). Agradeço muito o tempo e consideração dispensados.
Os meus melhores cumprimentos,
Rui Araújo
PS - Caso seja necessário, queira verificar a minha biografia em:
"As revoluções eufóricas são muito sonoras, vêm para a rua, fazem a festa, deitam foguetes, apanham as canas e vão-se embora. O totalitarismo, não. Deitamo-nos descansados, embalados na lenda da Bela Adormecida, e, quando acordamos, já os gajos estão instalados."
4 commentaires:
Isto, num país civilizado, já tinha estoirado. Um gajo a dizer que vai resistir... Resistir aquê?... À investigação de uma polícia estrangeira?... Bom, emitam-lhe um mandato de captura internacional, e ele nunca mais vai arrastar os trapinhos Boss para além de Badajoz. Que vergonha...
Dèjá M´´´´´´´´´´úúúúúúúúúú
Tirem o cavalinho da chuva porque o tipo não vai cair.
Vai uma aposta?
http://Anitanosupermercado.vox.com
Talvez não se trate de o ver cair, mas de escolher a forma mais vistosa de o abater.
Por mim, ambos os cenários servem.
Vergonha de Portugal, estigma da nossa História.
De: rui araújo
Enviado: 21 de Novembro de 2008 01:52
Para: Press Office SFO
Assunto: Pedido de um jornalista português
Exmo. Senhor,
Sou um jornalista investigador português.
Cubro o crime organizado, a corrupção, a extorsão e a fraude para a TVI (Televisão Independente - Lisboa) e para o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigadores (Washington DC; EUA).
Serve o presente email para lhe colocar umas perguntas sobre a investigação da Freeport pelo Reino Unido.
Estou a compilar dados sobre a reunião das autoridades do Reino Unido e de Portugal que teve lugar esta semana em Eurojust na Haia.
Segundo os meios de comunicação social portugueses, o Reino Unido não respondeu de forma positiva a uma carta rogatória apresentada pelas autoridades portuguesas em 2005. Os jornais relatam que houve uma transferência de 4 milhões de euros do Reino Unido para contas em Portugal por intermédio de um escritório de um advogado.
Os jornais portugueses dizem que V. Exas. interceptaram comunicações mas que estas não podem ser utilizadas nos tribunais portugueses.
A fonte e o objectivo de tais artigos são bastante óbvios...
Eis as minhas perguntas:
1 - V. Exas. solicitaram uma reunião com as autoridades portuguesas (DCIAP)?
2 - Podem especificar o motivo de tal pedido?
3 - Como explicam o facto de a delegação portuguesa não ter ninguém no departamento a investigar o assunto? (A Polícia Judiciária estava representada pelo seu n.º 2 e pelo chefe da DCCCFIEF - crime económico, que se deslocaram à Haia a pedido especificamente da DCIAP; as pessoas que estavam a levar a cabo a investigação não marcaram presença). A vossa delegação incluía Investigadores?
4 - É verdade que V. Exas. não responderam de forma positiva até agora ao pedido formal que lhes foi efectuado pelas autoridades portuguesas em 2005?
5 - Confirmam que têm em vossa posse material electrónico (Intercepções telefónicas e um filme de curta metragem) relacionado com as actividades criminais dos cidadãos portugueses envolvidos neste caso?
6 - Confirmam que a Freeport Portugal foi vítima de extorsão?
7 - Confirmam que houve uma estranha transferência bancária de 4 milhões de euros? (Uma fonte disse-me que o valor era superior).
8 - Confirmam que o advogado é José Francisco GANDAREZ?
9 - Confirmam que a SOCA estava, ou está, ligada a este caso? Agradecia muito uma resposta.
Estou a tentar fazer o meu trabalho e não confio nas fontes locais (com excepção, em certa medida, dos investigadores policiais).
Agradecia que me Informasse se prefere uma reunião formal ou informal em Lisboa ou em Londres. Sei que a SOCA tem uma representante na vossa Embaixada em Lisboa (Sra. J...). Agradeço muito o tempo e consideração dispensados.
Os meus melhores cumprimentos,
Rui Araújo
PS - Caso seja necessário, queira verificar a minha biografia em:
http://www.publicintegrity.org/investigations/icij/
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