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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A Bandeira Nacional é esta...



Novo Estatuto Político dos Açores reacende velha "guerra das bandeiras".
Chefias militares no arquipélago aguardam instruções sobre obrigatoriedade de se hastear a bandeira regional nos quartéis.
Enquanto não forem recebidas instruções em sentido contrário, as unidades dos Açores vão continuar a hastear apenas a bandeira nacional, de acordo com o que está previsto no Decreto-Lei n.º 150/87, garantiu o comandante da Zona Militar dos Açores, general Cameira Martins
Cavaco concordou.
Desta vez, semelhante norma não mereceu qualquer reparo ao actual Presidente da República.
O novo Estatuto dos Açores, promulgado a 29 de Dezembro e a aguardar publicação no Diário da República, refere que "a bandeira da região é hasteada nas instalações dependentes dos órgãos de soberania e nos órgãos de governo próprio na região ou de entidades por eles tuteladas, bem como nas autarquias locais".
Público

É com muita tristeza que li e comento esta notícia. Pelos vistos, os açorianos querem abandonar a bandeira portuguesa… Creio que entendo o general Cameira Martins, para um militar, habituado a honrar uma bandeira, não é fácil trocar esse objecto de honra que aprendeu a respeitar, mais, em rigor, os militares que servem mais que uma bandeira são os mercenários, com toda a carga moral que isso implica.
Pelo que leio na lei, "a bandeira da região é hasteada nas instalações dependentes dos órgãos de soberania e nos órgãos de governo próprio na região ou de entidades por eles tuteladas, bem como nas autarquias locais", ora seria o que mais faltava que os governos regionais passassem a tutelar as forças armadas, nesse caso, cumpria-lhe serem eles próprios a organizá-las, equipá-las e angariarem homens para nelas servirem e cumpria ao poder político nacional autorizá-lo. Como penso que nada disso aconteceu ou está em vias de acontecer, devem guardar a sua bandeirinha para as suas coisas e deixar a bandeira nacional flutuar sobre as cabeças dos homens que servem o estado português.
Pessoalmente, se estivesse a servir nas forças armadas ou paramilitares nacionais, recusaria fazê-lo sob outra bandeira que não fosse a minha, pelo que, consoante a situação, ou pedia a demissão ou a atempada transferência de lugar para não ter que servir sob esse trapo, sirvam os açorianos sob essa bandeira, que não é a minha e à qual não guardo respeito nenhum.
Quanto à anuência de Cavaco Silva já me parece normal, a partir do momento que deixou hastear no seu palácio uma bandeira nacional de crochet, parece-me capaz de tudo, pelo que não ligo nenhuma ao que ele pensa sobre o assunto.
Finalmente, espero que os açorianos quando houver futebol e andem por aí a agitar bandeirinhas com pagodes, se limitem a ficar quietos ou a agitarem a sua bandeira com a galinha ou lá que ave é aquela…


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