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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Dedicado ao Baby_Boy_Swim e aos Democratas Açoreanos, que hoje deram um valente pontapé no Escândalo Reinante na Testa do Estado Português

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do KAOS

A instabilidade voltou às Bolsas Políticas, mesmo com o fim de semana. A primeira palavra é de agradecimento para o KAOS, cuja imagem eu tinha guardado para este dia. A segunda, para os Democratas Açorianos, que deram um valente pontapé no Saloio de Belém, e no Saloio do Héron-Castilho. A terceira, finalmente, para o Baby_Boy, que cada vez mais vai começar a ter de aprender a ler nas entrelinhas, porque é lá que tudo o que é negro se escreve em Portugal.
Como já disse, não estava cá, mas parece que, no Verão, o Sr. Aníbal da Bomba interrompeu a paz dos Portugueses, para lhes vir fazer um Discurso de Estado, cheio de perdigotos, e com aquelas mãos sempre transpiradas, a dizer que não admitia, enquanto reencarnação de Américo Thomaz, que lhe tocassem num só dos seus Poderes de Cabeça de Abóbora. A Democracia, saudavelmente, voltou a fazer subir o assunto às Cortes, e, creio que por unanimidade, ou vasta maioria -- como disse, nunca foi assunto que me motivasse, excepto ter posto o Saloio a vir-se mostrar ridículo em público, e isso eu adoro -- voltou a chapar-lhe com aquilo nas fuças, e transformou os Açores em Terra Portuguesa, com liberdade de existência face ao sufoco e horror que se vive no Continente.
Conheço pouco Carlos César. Ao contrário de Alberto João Jardim, que me faz rir, e que, de quando em vez, diz umas que devem ser ditas, Carlos César não tem cara de facínora, como o Carrilho, o Júdice, o Proença de Carvalho, o "Major", o Paulo Teixeira Pinto, o Murteira Nabo, a Leonor Beleza..., sei lá, tantos, que iria perder a noite inteira, a enumerá-los aqui. Para ser sincero, Carlos César tem uma cara bonómica de Gerente de Agência de Província da Caixa Geral de Depósitos, mas, como o País é pequeno, tornou-se Presidente de uma Região Autónoma, e está de parabéns por isso.

Os Açores, como a Madeira, são um repositório da combinação mais explosiva a quem um território pode ser sujeito, que é a da Beatice com a Paneleirice. Com Carlos César, livraram-se do rosto da quinta-essência disso, nessas ilhas, que era a Senhora de Mota Amaral, completamente virgindada e com voto de castidade quanto à Fêmea, ora, a Fêmea, como qualquer leitor de Bíblias baratas saberá, é só metade da Criação Humana. Confesso que foi um glorioso dia de alívio, quando a Senhora de Mota Amaral apanhou um chuto no cu, e se pode dedicar, a tempo inteiro, às Sacristias da Opus Dei e às fantasias com os seguranças de Aníbal Cavaco Silva. Como diz o Brasileiro, cada macaco no seu galho, e "ela" encontrou o seu. Sortuda.
Sócrates é um criatura reles, vingativa e vaidosa, vazia, medíocre e com a consciência de que é um pequeno Império dos Pés de Barro. Amanhã, depois, nos dias de folga que se seguirem, irá cantar vitória, colada ao trabalho silencioso de um Governo Regional ultra-periférico da União Europeia. Como ele, e todas as pessoas informadas sabem, em nada contribuíram Sócrates, e a sua Corja, para a melhoria de vida dos nossos concidadãos açorianos, os quais tiveram a sorte de estar suficientemente afastados do Héron-Castilho para que o Átila de Vilar de Maçada lhes passasse por cima. Cobarde como é, vai agora colar-se, repito, ao triunfo de César, como, com a mesma ligeireza, dele se teria afastado, se derrotado. O mesmo fez com o Carrilho, cujo carácter ignóbil partilha, aquando da derrota da Câmara de Lisboa, uma das coroas de glória dos meus textos de intervenção política, e um dos dias mais felizes da minha existência de fantasma virtual.

Quanto a Cavaco, a imagem do KAOS ilustra bem o sucedido: um pontapé na boca, dado por cada um das grandes ilhas, a dizerem-lhe que querem ter direito a construir a sua felicidade própria, e nada querem ter a ver com crises de autoridade e com o laxismo e a corrupção generalizada que imperam no Rectângulo.
Só como exemplo, "en passant", quando se falou do Farfalha e da pequenita rede -- não sei se era só pequenita, porque isso até coincidiu com a emigração da Senhora de Mota Amaral para o Cont'nente, mas isso é pura má-língua... -- de papa-putos que lá se instalara. Numa meia dúzia de meses, fez-se justiça, houve gentinha e autarcas e médicos e uns quejandos presos, e ficou-se com a sensação de que, pelo menos, dentro da pequena escala, a coisa tinha sido investigada, julgada e punida. ESTE VÍDEO não foi rodado nos Açores...

Conhecendo como conheço Portugal, já deve estar tudo na mesma, mas isso é outra história: está-nos na massa do sangue...
Com Sócrates nos Açores, o Farfalha já teria sido convidado para integrar a Assembleia Regional, e haveria una fatia do Orçamento dos Açores para o indemnizar, por dados morais, e mais não digo, porque vocês já perceberam do que estou a falar.

Vem agora o resto, para subir um pouco o tom: há uma diferença entre Partidos e Dirigentes Partidários. Com a vitória de César, houve uma vitória da Autonomia, e qualquer vitória da Autonomia é sempre uma das mais elevadas expressões de Democracia, pelo que todos devemos estar de parabéns.
O P.S., tal como o P.S.D., são peças indispensáveis do Espectro Político Nacional. Não sei se são bons ou maus, é como perguntar se a Amália, era ou não era boa: calhou-nos em sorte, e fazia parte da nossa ideossincrasia, e, aí, podemos gostar, ou não, de ser Portugueses.
Eu só gosto por parcelas, e reservo-me o direito de gostar de algumas parcelas e ostracizar as outras, e vou já voltar ao raciocínio: hoje, os Eleitores Açorianos, como o ano passado os Madeirenses, usaram as suas estruturas partidárias locais para praticar um voto de protesto contra o Desgoverno Central, e provar que os Partidos podem ser úteis, quando limpos da escumalha, e fizeram-no exemplarmente, e com um brio que nos deveria servir de guia, quando formos às urnas em 2009.
O problema é que não vamos, e a conclusão é lúgubre: depois deste discurso optimista, uma coisa cada vez mais se me afigura certa: no meio destes pára-arranca, o Português, típico apreciador do Autoritarismo e daquelas épocas em que sabe que o seu conterrâneo pode estar a ser prejudicado, masoquista, cada vez mais se identifica com os gritos vazios do "Engenheiro" e com a Cara de Bruxa do Piaçaba Espalmado do PSD, pelo que é isso que nos espera: uma Maioria Absoluta, em todo o seu horror, ou temperada com um pouco do sal amargo da gaja que nos arruinou a Educação e as Finanças. Uma pôs "Portugal de Tanga" (lembram-se?...). O outro, mais imaginativo, já tinha previsto que o ia pôr mesmo nu (Leia AQUI).
Vai ser fantástico, 2009...

1 commentaires:

MMV disse...

Acredita... Janeiro e Fevereiro reservam muitas surpresas... E não haverá maioria absoluta pelo menos para o PS em 2009! Acredito na vinda do Alberto João para salvar o país!

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