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sábado, 25 de outubro de 2008

Pode alguém ser quem não é?



Entrevista ao “Diário de Notícias” e à TSF.Sócrates garante investimento português nas grandes obras públicas.



Por natureza detesto gente convencida, mas mais do que gente convencida, detesto aqueles que querem fazer dos outros parvos à custa do seu convencimento pessoal… Como que direito é que Sócrates pode afirmar que vai fazer isto e aquilo se não sabe se será reeleito? Ou, por desconhecimento meu, está a pensar suspender as mesmas e assumir de vez a governação em ditadura? É, talvez, a única possibilidade que não equacionei… Mas faria sentido, nem sequer percebo porque não o faz desde já. Senão vejamos, há muito tempo que se deixou de governar dentro da lei, à boa maneira salazarista, publicam-se decretos, portarias e despachos a torto e a direito, que contrariam as leis existentes, publicam-se novas leis e, depois, é só mandar ao parlamento para colocar a chancela democrática. Para quem não sabe, era assim que Salazar governava…
Mas mais, vejamos o seu discurso… “Eu quero fazer a ligação entre Lisboa e Madrid e a ligação entre Lisboa-Porto e Porto-Vigo.” Desde quando é que Portugal é dele? Quem é que lho deu? Não poderia dizer o governo, utilizar um nós, qualquer coisa desse género? Pois, infelizmente, parece que não, a sua falta de humildade, a vaidade e a sua tendência para a prepotência são-lhe tão intrínsecas que não consegue fugir-lhes, é-lhe impossível. Este é um homem profundamente doente, julga-se Deus na terra ou coisa que o valha, um megalómano convicto que a sua actuação é infalível, infelizmente, como todos os que padecem desse mal, não consegue ver que em três anos apenas conseguiu afundar mais o país e elevar os níveis de descontentamento social a extremos que, nos meus quase tantos anos como os dele, nunca vi em Portugal, em todas as classes, por toda a parte, ele é a besta negra, o odiado, o alvo das chacotas, o aldrabão por excelência e, não só não o consegue ver, como ninguém lho ousa dizer porque senão ele desata aos berros como possesso que é…
Infelizmente, para nós portugueses, cuja maioria votou nele, temos o duplo azar não termos nem no parlamento, nem nos tribunais superiores e muito menos na presidência da república, homens capazes de o colocarem no seu devido lugar, pelo contrário, bajulam-no, como antes se bajulava Salazar, com medo de perderem os seus cargos. A razão é simples, não estão na política para a servirem, mas sim para se servirem dela para os seus interesses e vaidades pessoais, sabendo, claramente, que no dia em que ousassem contrariar publicamente o tirano seriam alvo do seu carácter vingativo e sórdido, característica distintiva da sua personalidade que, diga-se em abono da verdade, sabe empregar com uma eficiência extrema. Por isso, e por desconhecer o que é a vergonha, outra característica da sua eficácia, tem conseguido sobreviver a todos os escândalos em que se viu envolvido, retorcendo-se e escorregando com a agilidade de uma enguia. Nisso, reconheçamos, também é exímio. Ou seja, o homem tem qualidades, são é todas más para o exercício da governação, quase tão más como as obras que assinou e que foram, pela sua qualidade, alvo da chacota pública quase em proporção com a história da sua licenciatura…Enfim, é o homem que hoje nos fala de investimentos e do que vai fazer no país, como se este fosse sua propriedade e não houvesse a possibilidade de o mandar para o tugúrio de onde nunca deveria ter saído. Vai ser difícil, que o homem tem a máquina administrativa bem montada, mas é possível e conveniente, antes que nos arraste para a bancarrota e para o ponto de não retorno para onde nos tem vindo, creio que irresponsavelmente, a arrastar. Não digo que tenha culpa de ser assim, pode alguém ser quem não é? Mas nós é que não temos de sofrer eternamente esta maldição que se abateu sobre nós...



Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

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