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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Contra Obama

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Baseado numa reflexão do KAOS, que já começou a acordar
Sendo justo, o grande acontecimento do dia foi o "viúvo" de Jörg Haider ter vindo reclamar a herança política do esposo, o que torna claro que a Áustria é um país avançado, diria, mesmo, ao nosso nível, e que a Heterossexualidade Passiva, afinal, não é um exclusivo Português. Em linguagem moderna, isso chama-se "Globalização", e só lamento que Jörg, uma das caras típicas de Bilderberg -- eles parecem todos os "jockers" do Baralho: Blair, Jörg, Sócrates, o cocainómano Sarkozy, e mais uns quantos... e... ah, sim... e Obama.
Obama é uma das figuras mais perigosas do panorama político da actualidade. Em termos elementares, ele representa "O Desejado"... do Sistema, e o Sistema é uma coisa global, como já devem ter ouvido falar. A América, aliás, está confortabilíssima -- para o Sistema -- porque, quer Obama ganhe, ou perca, a estratégia estará sempre em marcha, é só uma questão de saber se se entra pela porta da frente, se pela das traseiras. As traseiras são as da Palin, obviamente...
A Europa é uma das zonas mais estúpidas do Planeta, e dentro da Europa, há uma coisa ainda mais estúpida, que é aquele vago pulsar de "Esquerda", que acha que, no fundo, no fundo, à América fazia falta uma coisa tipo, sei lá, ter passado pela Revolução de Outubro, ou, mais "soft", ter sofrido uma qualquer Revolução Francesa.
No grau de analfabetismo histórico em que estamos, esses "pensadores" de semanário esquecem-se de que quem enviou a Revolução Francesa para França, foi a... América, que já se tinha antecipado uma década, mas sem cenas horríveis, de guilhotinar Reis Burgueses, e ter gente ordinária, na rua, a tentar ocupar os melhores Camarotes do Estado. Talvez seja por isso que os tapetes do Senado Americano continuem a ser fantasticamente bonitos, luxuosos e com ar de terem sido estreados na véspera, e a Europa acabou na sua mancha de subúrbios e velhos cortinados "fannés", por onde se arrastam as artroses da Merkel, o permanente estado de intoxicado de Sarkozy, ou o ar asqueroso do ex-maoísta Durão Barroso, entre outros cangalhos, para não falar da Edite Estrela, que nunca devia ter deixado o seu nível de balcão de mercearia, ou aquela do PCP, que tem as dentolas de fora, e está abaixo da mercearia. E, já que andamos em arrasos, vai o resto do Espectro Político: o alcoólico Miguel Portas, o anormal do Coelhinho analfabeto do PSD e a Nádega Biliosa do CDS, que hoje insultou a Tarada do Héron-Castilho, dizendo-lhe que andava a "fazer política de cócoras".
Política, e não só... e andam os dois. Haider oblige.
Nunca se viu tanta unanimidade, tanto fervor, tanto artista, tanto dinheiro, tanta figura de todas as áreas políticas, em redor de um gajo pardo, completamente baço, com uma figura de plástico sinistramente imutável, e que repete, invariavelmente, "we can change".
O plural do "We" apavora-me, porque, embora a milhares de quilómetros de distância, não me sinto lá incluído.
Toda a gente sabe que a América está cheia de coisas erradas. Para muitos, os mais radicais, ela é o Erro em Si, e basta ter lido a entrevista que a Imperatriz Farah Diba deu ao "Público", para perceber que os Americanos, a partir de uma certa altura -- seria interessante situar esse ponto de viragem, mas deixo-o para os Historiadores -- fizeram tudo o que quiseram, sempre no sentido de se apropriarem de tudo o que queriam, e, de preferência, da pior forma, da mais soez e da mais traiçoeira.
Obama é a apoteose do Sistema. Não há nada de pior do que o Racismo Negro, e eu já o senti na pele, eu, que estou completamente fora do tema... "Racismo", mas isso não vem agora ao caso.
A Europa, sempre naqueles equívocos dos sobressaltos "mai-soixantehuitards", altamente respeitáveis, e nos quais eu próprio alinho, quando me convêm, tem um velho sonho -- "She has a Dream" -- que é a de dar um empurrãozinho na América, para ver se ela se torna mais piedosa com os seus pobres, menos racista com as suas etnias não-brancas, um pouco mais burocratizada nos seus ímpetos de empreendorismo, e, coisa nunca assumida, a ver se aprendia um bocadichinho mais de... História.
Mesmo nas vésperas da eleição, mas já antecipadíssimo -- basta ler este notável texto do XATOO (todos os textos do Xatoo são notáveis, mesmo quando dizem o radicalmente oposto do que eu escrevo), a América está-se a preparar para virar tudo do avesso.
Os cenários são diversos, todos equiprováveis, e todos entre o Péssimo e o Horrível.
Contaram-me ontem uma anedota, que poderia ser o primeiro cenário: Obama acaba de morrer, chega ao Céu (cof, cof, cof...) e S. Pedro pergunta-lhe, "então, quando estavas vivo, o que é que tu eras?...", e o outro responde-lhe, "Ah, antes de morrer, eu era, havia 35 minutos, Presidente dos Estados Unidos da América..."
O filho imediato de um cenário destes seria a típica guerra, mas, o mais grave é que, no final, no meio, ou no princípio de qualquer dos cenários que vão sair de Novembro está sempre a Guerra.
Supondo que o caneco não é assassinado na primeira meia hora, meia semana, ou meio mês, irá cair na tentação de começar a fazer recuar as fronteiras extremas do Império Americano. Em Roma, isso levou a que a Corte se refugiasse em Ravena, onde os grandes assuntos do que restava do Estado passaram para o nível de intriga de serralho de eunucos, Imperatrizes adúlteras e filhas-princesas de pais incógnitos, de sangue imperial, que iam para a cama com cabeludos bárbaros, e acabaram assim, sem um "ai".
Começou aí, por convenção, a Idade Média.
No dia em que a América Obamiana retirar das suas fronteiras Iraquianas e Afegãs, o Cancro Iraniano avançará, espalhando o Fundamentalismo e o Terror por toda a parte, e Israel, um Estado que sabe que, ou sobrevive, ou morre, será obrigado a acelerar a sua intervenção suja no território Persa, com efeitos que imediatamente cairão sobre a Europa das senhoras de unhas polidas e Presidentes viciados em Coca... e, ah, sim, porque a radioactividade é uma coisa que não escolhe classes, também sobre si, e mim, estimado leitor...
Fronteiras adentro, será o "ça ira" da ralé, e tudo o que tenha pele menos branca achará que chegou a sua hora, sem perceber que o crepúsculo já está demasiado avançado para todas as raças daquele Estado-Continente. Faz-me lembrar o 11 de Setembro, em que eu ia a descer o Chiado, ainda a pensar em que mais um dos meus mundos tinha acabado, e um preto, virado para uma montra, saca de uma navalha, e me a mostra, ameaçador, a grunhir, "Bin Laden, Bin Laden!..." Levei horas até perceber de que texto esse comportamento poderia ser epígrafe, e encontrei-o agora: pode ser a primeira linha de uma hipotética Epopeia de Obama.
A América está cheia de cidades-pária, cuja miséria ignora: são décadas de exclusão de todos aqueles que o Sonho Americano não contemplou, desde Los Angeles até Nova Orleães, e não pense o Sr. Obama, que veste os mesmos fatinhos pardos do Sr. Sócrates, que alguma vez terá mão nessa turbamulta, uma vez que pense ser chegada a sua hora. Como diria Sarkozy, "la racaille" virá para a rua exigir um impossível revisionismo da História, e não haverá dinheiro, nem polícia, nem exército suficientes para a conter.
A América, de novo, e pelo Racismo, iniciará a sua Segunda Guerra Civil.
Infelizmente, para mim, as Eleições Americanas ficaram decididas no dia em que a Srª. Clinton, uma Bilderberguiana "light", foi afastada da Corrida, pela vaidade dos dentes demasiado brancos de Obama. A partir de aí, era optar entre o Desastre I, e o Desastre II, e eu preferia optar por coisa nenhuma.
McCain, no seu estado avançado de neoplasia cutânea, brevemente deixaria o poder nas mãos da Palin, que não será boa de corpo toda a vida, e, então emergirá o Reagan que ela tem dentro de si, mas um Reagan sem as costas quentes do aristocrata Bush-Pai, uma Sarah Palin ao nível das nossas leitoras da Revista "Maria", e a tropeçar nos saltos altos e a cair sobre os botões "red" dos mísseis nucleares, e tudo isso seria uma paródia, cheia de cogumelos nucleares, na qual estaríamos -- já estamos -- no meio.
Desde o início que desejo a derrota de Obama. Sócrates por Sócrates, já o experimentei uma vez, já sei o que é e ao que vai, mas, entretanto, a Aldeia Global ganhou esses vícios: ensaia um cenário num sítio, e, depois, levanta a tenda, e vai fazer a mesmíssima coisa noutro lugar, neste caso, veio a Portugal, e vai agora vender a mesma receita, em Novembro, na América. Nós, por cá, estamos, como Pessoa poderia ter dito, mas, como não disse, digo eu, com a sensação de ter perdido algo que nunca fomos, mas agora se tornou num nunca fomos que mais se degradou em mim, e não mais voltará.
Diz-se que a América está farta de ter má fama "lá fora". Resta-me perguntar, se, "lá dentro", estará farta dessa má fama de fora, e não estou tão certo disso, o que, em termos eleitorais significaria a inesperada vitória da última caricatura da Velha América: McCain/Palin. Nós Europeus, cheios de vícios e pergaminhos carunchosos, continuamos a sonhar com interpostas revoluções. Com Bilderberg, todavia, não há revoluções, há Estagnação e extermínios que garantam a estagnação.
Obama, vivo, ou morto, já é o rosto dessa... coisa.
A parte final é onírica, e com um pequeno toque de Cultura: depois do insuportável Reinado de Luís XIV, a França não aguentava com mais nada, pois tinha ido dos esplendores do Império às piores sombras da Peste e da Beatice. Arranjou um subterfúgio memorável: um Rei, menor de idade, -- Luís XV -- que precisou de um Regente, que deu tempo a que as nuvens se dissipassem e a Alegria voltasse a reinar.
É o problema das Repúblicas: a América também precisava agora de uma Regência, sei lá, dez anos de interregno, para poder deixar assentar a poeira. Não os vai ter, e vai-se lançar, de imediato e connosco atrelados, em mais uma perigosíssima cavalgada.
O que é bom é que vai ser rápido: é já de aqui a duas semanas...
Pode ir apertando o Cinto de Segurança, prezado leitor...

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