Cunhas e meninos ricos... 3
Alunos com certificados irregulares podem vir a perder colocação no ensino superiorEstá declarado aberto o concurso da estupidez… O Ministério da Educação e o Ministério do Ensino Superior estão em acesa disputa na luta pelo título. De ambos os lados, enormes equipas de incompetentes e interesses encobertos digladiam-se na corrida da época, liderados pelos respectivos ministros nos quais, no fim de contas, deveria recair, sempre, todo o mérito da contenda.
O ME, como de costume, partiu bem colocado, atribuindo classificações que sabia não estarem correctas, por se basearem numa proposta que tinha sido feita, mas que já sabiam que não tinha sido, nem seria, aprovada. Ainda assim fizeram-no, no pressuposto de que mais vale mal feito do que bem, já que aplicar as regras legais não tem piada nenhuma por não ser polémico.
O MES, também não começou mal, sabendo das irregularidades e tendo o perfeito conhecimento da péssima forma de funcionamento do ME, resolveu prosseguir o processo, que ficaria, desse modo, irregular à partida. Nem por um momento passou em tão bem apetrechadas cabeças clarificar, previamente, as coisas ou, atendendo ao singular funcionamento do ME, congelar o número de vagas em questão até apuramento definitivo da situação. Não. Ambos preferiram, para não dar hipótese ao rival, iniciarem o concurso da estupidez certificando-se que partiam da melhor forma.
Agora a estupidez, ou a desfaçatez, continuam, atribuindo-se a culpa aos alunos, que terão seguido as instruções fornecidas e entregaram as coisas como lhes disseram para fazer e fala-se na hipótese de os fazer perder os lugares, mais precisamente de os recolocar a concurso… Mais uma vez, não foi acautelada a possibilidade de acontecer o mais provável que é os papás, que tiveram dinheirinho para ter os filhos a estudar nesses colégios, não terem agora uns trocos para pagarem a um advogado de esquina que faça ver a essa maralha de directores e afins, todos de carro e motorista à porta, que ninguém pode ser prejudicado por um erro que foi do Estado, esse gigante de ombros largos impessoal onde recaem todas as culpas e aí morrem solteiras…
Resta, ainda, apurar a responsabilidade que tiveram nisso as distribuições de Magalhães, o comício festa de Guimarães e, para rimar, outras coisas idães…
Aguardemos… que a continuação dos próximos episódios promete valer a pena, muita pena… pena de ver este espectáculo, pena de ver esta incompetência, pena de ver todo este nevoeiro e, obviamente, pena de ser português…
Capítulos anteriores: aqui.
Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
1 commentaires:
acho que este assunto não merece a polémica que tem provocado, que o Público não hesitou em atirar achas para a fogueira em que com outras desejariam ver arder a ministra o governo e o ME inteiro... tudo serve, mas verdadeiros trabalhos de investigação e informação sobre os problemas do ensino e da educação não são capazes de fazer...
só a demagogia idiota do costume!
a denúcia, disfarçada em notícia, que diz respeito a um disfuncionamento de serviços específicos do ME e da aplicação indevida pelos seus funcionários duma medida por ainda não estar em vigor, devia ser acompanhada por uma investigação sobre o que é na realidade o IB e quais as diferenças (quase abismais, digo eu, porque, sem viver na opolência, muito longe disso, me vi confrontada a essas questões de equivalências dos diplomas do meu filho, por ter vivido muitos anos fora deste "paraíso" periférico) do seu conteúdo e grau de exigência comparando com o 12º ano. mas, tá queto ó mau... não só não são capazes de fazer esse trabalho como se o fizessem iriam anular a polémica que se gerou, e, isso, não interessa... alguém denunciou a golpada do Belmiro e a sua "fundação para a cultura" em financiar um estabelecimento de ensino para a classe média alta/alta que irá morar no empreendimento do Porto que ele está a promover? investiguem! porque as fundações de empresas fazem-se com a parte dos impostos que não pagam ao estado e que devem beneficiar as populações em geral e não os ocupantes abastados de empreendimentos privados de luxo... isto sim é discriminação, onde nem as operadoras de caixa das empresas do homem poderão inscrever os seus filhos, porque ainda por cima as mensalidades a pagar pelos pais serão elevadas!
o "feios sujos e malvados" do Ettore Scolla pode traduzir-se por cá em: REPUGNANTES NOGENTOS E MESQUINHOS!
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