Imagem do KAOS
Já é a terceira vez que me obrigam a interromper as férias, desta vez, é por causa de uma imagem do KAOS, e de uma declaração de... deixa cá ver se não me engano no nome, porque eu baralho-as todas..., as Sotas do Sistema... isso..., Clara Ferreira Alves, cujos juízos de valor se tornaram célebres por nunca conseguirem alcançar o patamar mínimo do valor de um juízo, mas que continua a ser regiamente paga para acumular disparates, num discurso estilisticamente nulo.
O país gosta, e, mais uma vez, temos exactamente o que merecemos, numa correcção, que, no mínimo começa em D. Sebastião e vai até Ferreira... deixa lá ver... lá vou eu baralhar... não, não é Alves, é Leite, isso!..., de D. Sebastião até Ferreira Leite, culminando nos "Gatos Fedorentos".
Parece que a mulherzinha, a quem Soares -- com todos os conhecidos defeitos, o único político com estatura mundial da III República -- ofereceu um papel na televisão, onde ele faz o papel de extinto, e ela de catástrofe natural,
ela,
dizia eu de que,
que já serviu a todos os bastões e selas conhecidas, ao ver-se assim intelectualmente amancebada pelo velho Atlas, resolveu disparar contra o Aníbal, a quem Soares, enquanto Presidente, tratou como o gato costuma tratar os ratitos de esgoto, e toca de buzinar que -- tirei a frase do KAOS -- «Num grande país europeu como a França, a Alemanha ou a Grã-Bretanha, Cavaco seria um apêndice, nunca um órgão político.»
Raramente concordamos: aqui, dou-lhe 100% razão. Quanto ao KAOS, parabéns pela imagem, corre por aí que, quando um diz "mata", o outro diz "esfola", pois aí vamos, uma imagem daquelas merecia um bombardeamento em forma, e ele aqui vai.
Na realidade, a existência de Políticos, na actual fase de integração europeia, e desintegração nacional, é um luxo totalmente inútil: estamos em pleno Agosto, e vivemos imersos em Três Mistérios: o de Fátima, porque continuo a não acreditar que a Santa com Cara de Saloia descesse à Terra só para vir anunciar a três pastorinhos com "deficit" cognitivo acentuado que um dia haveria de vir um mineiro polaco levar um tiro nas tripas e sobreviver, ao ponto de canonizar o colérico Balaguer; o mistério de ter ardido o dobro da área florestal do ano passado, e não ter sido vista uma única imagem de incêndios na televisão, excepto os ardores de Cristiano Ronaldo, que ficará no Manchester até encontrar o homem da vida dele, e, finalmente, as férias de Sócrates (diz-se que está no litoral ao largo da Venezuela, mas não se conseguiu, até hoje, confirmar).
De um certo ponto de vista, o país está melhor, sem aquela permanente imagem de mulher prozacada, aos gritos, nos plasmas, a dizer mentiras e a insultar toda a gente. Com um pouco de sorte, a ASAE teria mandado retirar o figurão dos écrans, mas isso já sou eu nos delírios da uma da matina -- ah, a propósito, imensas pessoas me têm perguntado onde está o "link" para a caçada que a ASAE tem feito contra as "sex-shop", pois tenho de dizer que o melhor "link" é visitá-las, como eu tenho feito, neste Verão: é verdade: onde antes se viam gajas com cães a dar o nó, pretos em redor de chinesinhas, e uma coisa horrorosa, tipo o Miguel Sousa Tavares, mas com a cara e as tatuagens do Alexandre Frota, e uma vagina (!) entre as pernas (acho que era o grande sucesso da "saison"), só se vêem agora capas baças, sem corpos e com títulos. Obviamente que pessoas, como eu, que ali iam aos saldos, ou ver o que é que estava "in" em Sexo, saem de lá completamente desiludidas, porque ver uma capa cor de marfim com a legenda "Insaciável por leite negro", só imagina sexo com Mugabe e, sei lá, uma carmelita descalça,
portanto,
é mesmo verdade, fraca com os fortes, forte com os fracos, e a dar toda a razão à Clara Ferreira Leite, perdão, Alves: evidentemente que Portugal, mera bandeira de conveniência, rota dos tráficos manipulados em Moscovo e Istambul, não precisava de Presidente, nem de qualquer político a nível ministerial: bastavam três ou quatro directores-gerais, um, para as Finanças, para decidir por que mãos amigas se deveriam distribuir os Fundos Comunitários; outro, para a Educação, para que continuássemos a marchar para o nível cultural e intelectual da Servidão da Gleba; mais um, nos Negócios Estrangeiros, para poder hastear a bandeira em países estranhos, que nunca ouviram falar de nós, mas precisam de um "off-shore" com História, para branquear capitais. Sem Agricultura, Indústria ou Pescas, e as fuzileiras a transformarem as Forças Armadas numa cozinha em grande escala, não me parece que falte nenhum Ministério, talvez um Chefe de Serviços, sob a tutela de Badajoz, para onde encaminharmos partos, urgências e funerais da Servilusa.
Num cenário destes, o Apêndice de Boliqueime, justamente, seria dispensável. Poderia continuar a usufruir das suas múltiplas reformas, ou entregar-se nas mãos de Manoel de Oliveira, para queimar 100 horas de película, a contar a sua auto-biografia, de como destruiu um país inteiro em 10 anos, mais 10 de Fantoche de Estado. A Maria nem precisa de maquilhagem: a Maria é como a Amália: não canta, mas sempre que entra em cena, o público imediatamente começa a bater palmas, e a fazer "lá-lá-lá".
É um sucesso garantido: Maria Cavaco Silva is the very best La Feria ever.
Sei que vos angustiaria ser dirigidos por Directores-Gerais: garanto que não custa nada, são pessoas que raramente se vêem, discretas, eficientes, e que nunca dão escândalos em televisão. Com o tempo, deixariam de falar Português e passariam a expressar-se nas Línguas Comunitárias com maior peso, o Inglês, o Francês e o Chinês, já que o Alemão é bom para falar com os cavalos, como dizia Frederico, o Grande, da Prússia... ah, a propósito de Francês, a E-ko prometeu-me/nos, por email, que virá, mal acabe a "Silly Season/Période Vache", revelar as relações entre o Sarcoma Sarkozy e a Igreja de Cientologia, à qual pertence o maravilhoso Tom Cruise. Cá esperamos por isso.
Não se se assuste, pois, se, em 2009, já tiver eleições para Director-Geral. É normal, é o "Pugrèsso", como diz o Apêndice de Boliqueime.
Longe de mim influenciar aqui o voto de quem quer que seja, mas uma coisa tenho certa, tão certinha como dois e dois serem quatro vírgula zero, zero: em 2009, os Directores-Gerais que terão o meu voto jamais (jàmè) se chamarão, em tempo algum, Sócrates ou Ferreira Alves, perdão, Leite...
1 commentaires:
Lamento não ter frequentado sex shops antes e depois. *deixem-me corar*
Eu é mais vampiros, cemitérios, igrejas...
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