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sábado, 17 de abril de 2010

"Mansa é a (puta) da tua tia!..."

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Imagem do Kaos

Eu sei que estão à espera de que eu fale do assunto, e eu falo.
Conheço a tia de Louçã, há muitos anos, e é uma senhora muito decente, Carmelita Descalça, e ex colega da Santa Lúcia, que viu o solzinho a dançar, mas, antes de mais, um esclarecimento: os microfones da Assembleia da República, dado o nível duvidoso das pessoas que frequentam o antro, têm filtros de linguagem, tal como o "Sol".
Assim, o que Sócrates, o Provinciano de Vilar de Maçada, realmente disse a Louçã, não foi "manso é a tua tia", mas, sim, "manso é a (****) da tua tia", onde, em ****, deverá ler-se "puta".

Falei, hoje mesmo, para a senhora, que estava muito transtornada, já que é virgem consagrada, como a Senhora de Mota Amaral, e nunca viu o padeiro, ao contrário do Presidente da Comissão de Inquérito do Caso... já não me lembro de qual, mas aquele último..., pronto, o próximo, no qual Sócrates vai ser inocentado.
Chamar-lhe "puta" é, pois, indecente, ainda que isso venha da boca de um indivíduo sem estudos e com uma educação de rua, de uma aldeola de Trás-os-Montes.
Não se espantem, todavia, os Portugueses: apesar de estar a subir nas sondagens, onde se prova que um taberneiro é o máximo a que devemos aspirar politicamente, nesta fase terminal da nossa existência, Sócrates foi hoje para a Assembleia, muito perturbado, porque Angela Merkl, retida em Lisboa, lhe repetiu exatamente o que já corre na Imprensa Mundial:


Mais, Merkl disse-lhe que, neste momento, Portugal só tem três saídas: ou opta pelo Modelo Grego, e fica, muito caladinho, à espera da hora do Fim, já expulso da Zona Euro, ou escolhe o Modelo Islandês, que é muito moderno, contamina a Europa toda com pós vulcânicos, depois de estoirar em Bancarrota, ou... e agora vem a bomba, ou enveredava pelo Modelo... Polaco.

O olhar de angústia de Sócrates cortou-me o coração, tanto mais que a fria Merkl, olhando-o fixamente nas pupilas, lhe deu a entender que essa era a solução do seu agrado: mal fosse restabelecido o tráfego aéreo, embarcariam, num Tupolev, Sócrates, a Câncio, Vítor Constâncio, António Vitorino, Isabel Alçada, os lindos olhos de Mariano Gago, António Mexia, Joe Berardo, José Miguel Júdice, Emídio Rangel, Proença de Carvalho, Durão Barroso, a Maria Cavaca, o trio Jaime Gama, Paulo Pedroso e Ferro Rodrigues, Pinto da Costa, o "Major" e muita mais da fina nata da Contemporaneidade (por favor, não exagerem, porque os aviões têm lugares limitados...)

É certo que o Fim do Mundo vem aí, e os sinais estão a multiplicar-se, mesmo que coloquemos apenas como hipótese o abate de Ratzinger, em Fátima, e a demissão do Martim Avillez, um subproduto de família, que não deixará rasto, excetuada a anedota do "Jumento", o fim do patrão da "Fernandes", e o negócio dos submarinos, onde meio Portugal Indecente está implicado.

Felizmente, já queimaram as escutas do "Face Oculta", porque era uma vergonha andar a deixar arrastar o caso, e espero que sejam ainda mais rápidos, quando estoirar o próximo escândalo, do Grupo "Lena", onde Sócrates também está "inocente", garanto-vos.

Aliás, este país até devia chamar-se "O Silêncio dos Inocentes", tal é o nível de canibalismo que anda à solta, e por que acabarão, mais tarde ou mais cedo, por se comer uns aos outros.

Para que não digam que sou um pessimista, gostaria de terminar este texto com um parágrafo de ternura, dedicado a Maria Cavaco Silva, uma das luminárias do séc. XXI: ontem, sem saber ainda que ia ficar retida em Praga, e com o Vaclav, a perguntar ao Homem da Bomba qual era a sensação de ser Presidente de um País que já não existia, e o outro a remoer a queixada, com o ar de néscio de quem já está no nirvana do seu Alzheimer, a Maria, dizia eu, parou na Ponte Carlos, onde tocava uma banda de músicos ambulantes. Foi bonito, vê-la a dar que dar, com a corcunda, a marcar o ritmo: sempre foi uma wagneriana, e, depois, com aquele ar de sopeira que ela põe, como se o Mundo estivesse vidrado nos seus pequenos gestos, abriu lentamente a valise de carton e tirou de lá um porta moedas, ou lá o que era aquilo, fê-lo passar pelas garras do cheché, e, numa câmara lenta, para que aquilo ficasse para a História, como os gestos de César, grafados por Suetónio, tirou uma coisita qualquer, que colocou no púcaro das esmolas dos músicos. Cheira-me a que foram cinquenta cêntimos, quantia que está ao nível típico da criatura.

O resto é ficção: mal ela virou as costas, o saxofonista jogou a mão à moeda, mordeu-a, para ver se era falsa, e atirou-a ao rio, longe da vista dos jornalistas, soltando, entre dentes, "vai lá dar esmolas à (****) da tua tia, minha saloia!..."

(Quadrilátero da Bancarrota, no "Arrebenta-Sol", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino", e em "The Braganza Mothers")

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