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terça-feira, 23 de março de 2010

Grandes Êxitos do "The Braganza Mothers I" - "Eleições Intercalares para a "Câmbra" de Calcutá"


Para mim, residente na Porcalhota, e com os calendários todos trocados, descobri, há bocadinho, com a Procissão dos Porcos, que a eleição para a Câmara Municipal de Lisboa era já para de aqui a pouco, e eu completamente distraído.

Toda a gente sabe que a Câmara de Lisboa é um caso de polícia, aliás, para ser mais preciso, ela é um Caso de Polícia, mal disfarçado de Câmara.

Ontem, ao olhar para aquelas caras da Assembleia Municipal, uma coisa que eu, na minha perpétua fase Harry Potter, nem sabia que existia, e ao ver certas caras com ar de alterna, uns cortes de cabeça à tigela, que eu julgava extintos em meados da Idade Média, e uns, muito conhecidos, e que ocupam páginas e páginas de retratos-"robot" dos Manuais de Criminologia, percebi que, de facto, estava em Palermo.

Ora, há uma coisa que realmente me chateia, até porque gosto de tornar o meu voto sempre público, a começar por aquelas mesas de voto, em que ponho o ar de salafrário -- olha a palavra que eu já não escrevia há anos!... -- e declaro, SEMPRE, aos gritos, CONTRA QUEM votei, para maior escândalo das pessoas sérias que rodeiam a urna, e então,
dizia eu de que,
sendo a Câmara um caso de polícia, havia logo dois candidatos imediatamente excluídos, a saber, o António Costa, com o mandatário José Júdice -- olha quem, não se podia falar de Casa Pia aos dois, que sacavam logo do revólver, para mais, candidato do Sócrates, até mais ver, voto CONTRA TUDO o que seja iniciativa do Sócrates -- o P.S. que não faça como os gatos e tome aquelas ervas purgantes, e vai ver onde acaba... --
para mais, Ministro das Polícias, que tinha permitido que Lisboa se tornasse num caso de polícia, e o Negrão, da Judiciária, com um currículo semeado à pressa, mais um Observatório da Droga, que é uma coisa que eu nunca percebi o que fosse, mas, na minha mente magritteana, deve ser uma espécie de poltrona de couro preto, com as molas todas partidas, e instalada no alto de uma pequena torre de alta tensão, daquelas onde as cegonhas dos apagões instalam os ninhos, e onde o Alto Comissário para a Observação da Droga está sentado, a ver chegar os pacotes, com as marés, à Fonte da Telha, os carros de vidros fumados, a pescarem-na, nas rochas do Guincho, os pescadores do Sotavento algarvio a puxarem as redes do haxe, altas horas da madruga, ou as varinas da Póvoa do Varzim, a escamarem a "branca", antes de a colocarem nas discos da Foz, e do país inteiro, enfim,
resumindo,
um Sistema e um Regime que colocam dois polícias como candidatos a uma Câmara que é um Caso de Polícia, ou ensandeceu, ou puseram-nos lá para segurar as pontas como é típico.

Acontece que a Câmara de Lisboa já não tem pontas por onde se segure: aquelas escandaleiras todas da E.P.U.L., ou lá o que é aquilo, uma empresa que constrói casas para os filhos dos amigos dos empregados da autarquia, segundo ouvi dizer, e eu acredito em tudo o que oiço, até fizeram corar os Comunistas, e eu lembrei-me dos cartões de crédito cheios de "lingerie", do Consiglieri, e nunca tinha visto o Ruben de Carvalho tão esgazeado, pensei logo, estão lá todos com o rabo preso, portanto, Negrão, Costa e Carvalho, noves fora nada, já não entram no meu baralho.

Resta a Zézinha, que não sei se vai se não vai, a Zézinha está casada com um homenzinho verde, igual àquele que semeava as discórdias, no Astérix, e aquela "tournure" labial, dela, só me faz lembrar os aluimentos do Túnel do Terreiro do Paço, ou, então, uma longa prática de cabeças baixas, na direcção do Lugar do Motorista, só deus saberá a verdade, deus e a minha amiga Milai, Zézinhas, noves fora nada,

e chegamos agora ao vazio: há aquele do Bloco de Estende-se, que é irmão do outro, do Carlos Cruz, e cuja única função parece não ser a de querer fazer, mas tão-só a de impedir que se faça, seja o que for: uma enxada na mão, como no Estalinismo, e pô-lo a desbravar as azinhagas de Chelas não era um mau pelouro, e cessava-lhe logo a crise de visibilidade. Pode levar a Ana Drago com ele: gajas com cara de formiguinha geralmente têm sempre uma formiguinha atrás da testa, e andam sempre à espera de uma Formigona cheia de papel, que as engravide, para passarem a votar mais a Direita, isso é crónico, e já dei para esse peditório, Bloco de Estende-se, noves fora nada.
O Carmona, nem dado: votei nele, para me livrar da Carrilha Badalhoka, e faz parte agora dos autarcas arguidos, que esperam chegar ao Chiqueiro através da cumplicidade da Parolada: já temos Oeiras, Felgueiras e Gondomar que cheguem, vão todos para a puta que os pariu,

Carmona, noves fora nada,
finalmente, disseram-me que a Roseta era fressureira, mas, neste país, a partir de um certo nível, toda a gente tem certas famas, e, alguns, até certos proveitos, como se sabe. A verdade é que Lisboa nunca teve uma fressureira como Presidenta da Câmara. A mulher tem ganido que se farta contra os escândalos da Construção Civil, de maneira que é possível que seja abatida ao fim de 3 meses, porque a Construção Civil move o Mundo, pelo menos, desde Eratóstenes, no entanto, como a oferta é escassa, e, a não ser que eu acorde muito mal disposto nesse dia, vou deitar o meu humilde voto na Senhora Arquitecta... sei lá, já pequei tantas vezes, é só mais uma, deus me perdoará...

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