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terça-feira, 16 de março de 2010

Grandes Êxitos do "Braganza Mothers I" - ""There are more things" - The Very Last Hitchcock"


Tinha de ser hoje, para completar a minha ronda de jantares com as mais altas figuras do Estado: foi com o Alfred, velha dengosa, capaz de enredos de arrepiar as mulheres mais bonitas de Hollywood... e as "outras", as não-assumidas, enfim, alguém tinha de fazer o papel masculino, como no Millennium-BCP...

Inevitavelmente, tive de lhe perguntar como era estar morto: disse-me que era sempre igual: os vivos levantavam-se, sentavam-se, ajoelhavam-se, punham-se na posição do "frango assado" (como a Ilda Machadão), ajoelhavam-se, alguns, onde calhava, e, depois, voltavam à horizontal.
"Muito cansativo", disse ele, "nós, os mortos, estamos sempre na horizontal", e eu, "pois...", e assim ficámos, até que se instalou aquele terrível silêncio ambíguo, como quando eu perguntei ao Mariano Gago se tinha, no passado, assinado papéis a validar a Independente, pelo que avancei:

"Está a pensar rodar algum novo filme?..."
"Sim, claro, nós, cineastas, nunca paramos, nem depois de mortos..."

(era o caso de Manoel de Oliveira)

E o filme vai ser onde?..."
e ele olhou para mim, com aquele ar de coruja velha, e disse-me: "ALLgarve..., mas não conte a ninguém..."
E eu
"Isso, de Allgarve, é lá ao pé de mim, não é?..."

"É, sim, é a terra dos loteamentos selvagens, a maior muralha de betão, que se vê do espaço, o litoral das praínhas onde só se chega por buracos na rocha, património dos naturais, para ir carregar o que vem de Marrocos, em motas de água, em 30 minutos, o haxe está nas prateleiras, a coca nas festas do Aldraban, a Alixada num Traste vem a cambalear por ali fora, o Búfalo da Coca, comentador televisivo, é uma zona económica sem retoma, um perpétuo "off-shore", a produção nunca caiu, e o "Produto" chega cada vez mais, um "Simplex" náutico, que se espalha por toda a Europa, em parte, controlado pela Máfia Turca, vocês precisavam era de um Sarkozy, que aquele bonequinho fraco que lá têm, em Lisboa, não faz nada, só tapa algumas coisitas relacionadas com o passado dos amigos, ALLgarve, ALLdrugs, ALLmansions, ALLvices, há zonas do Interior onde só se fala Ucraniano, os "skinheads" deviam bater aquelas redes todas, saber quem trouxe os desgraçados para a escravatura litoral, mas os vossos "skinheads" são fraquinhos, em vez de baterem nos patrões das Redes, batem no peixe fraco que lhes caiu nas malhas, ALLmale, ALLpedofily, this is ALLGarve..."

"... portanto, um filme lá em baixo...", disse eu, já enjoado,

"Sim, vai ser assim, música de Maria João, a fazer "miau" com o Mário Laginha, isso, para prólogo, um tema, em crescendo de emoção, para dar ideia de que vai acontecer algo de importante.

"Vai ter actores portugueses?..." Pensei eu logo
de que,
já a imaginar o Luís Miguel Cintra, a fazer de cadáver, com um "naperon" em cima, a Maria do Céu Guerra, a espojar-se toda no chão e a grunhir, o Nicolau Breyner, a fazer de Dona Aida, coleccionadora de alpistas e canários, sei lá, a Infanta Dona Dioga, a limpar um resquício de nhanha do canto da boca,
"Não, só actores ingleses, e muitos figurantes portugueses: a história é simples: um mordomo, casado, que não consegue engravidar a esposa. Tenta -- e é normal tentar -- até que decide recorrer à inseminação artificial, e, em vez de sair um, saem três, três... filhos da mãe, salvo seja, mas não do pai, o pai é um mero cavalo marinho, que transporta, no seu ventre, o ovo posto pela semente de outro..."

"Coisa linda", disse eu... "E mete algum dador de medula óssea?..."

"Neste filme, só como actor secundário, ao lado dos bombeiros, dos polícias, dos GNRs, do padre com ar esquisito, das gajas com bigode das bombas de gasolina, dos grunhos com um cão pela trela, que emitem sons de buldogue... As moitas, sim, as moitas também vão ser genuínas, das que vão arder no vosso próximo Verão, e aqueles barracos, a que vocês chamam habitação de luxo... Depois, o mordomo tem amigos, os amigos ADORAM meninas tenrinhas e ensinam ao mordomo o valor daquilo que ele tem em casa: a filha do sémen de outro deve ser tratada com carinho, muito carinho, engordada, pintada, transformada num pequeno objecto sexual, "avant-la-lettre", sabe, "dizia ele", em Inglaterra há muitos Lordes, que por engano, foram para a cama com meninas de 4 anos, que aparentavem 5, toda a gente se engana, lembra-se do Duque de Feria, Grande de España, e começou a recitar:

"¡ESPAÑOLES! ... El Duque de Feria ... ha muerto. El pasado sábado 4 de agosto, en la soledad de su palacete sevillano, nos dejaba Rafael Medina y Fernández de Córdoba. Todos los niños de España lloran su pérdida, no en vano fue un gran amante de estos. ¿Qué decir de un hombre que dedicó su vida a la infancia? Sólo le faltó ser nombrado embajador de UNICEF. Su disipada vida fue un ejemplo a seguir para todos los amantes de la "dolce vita". Fue un Grande de España, gran putero, gran cocainómano, gran alcohólico, gran depresivo y sobretodo gran pedófilo. En resumen, fue la envidia de cualquier ser humano con inquietudes. Sus problemas con la justicia, no fueron más que pequeñeces y malentendidos que la sociedad no llegó a comprender. La comunidad pederasta mundial siempre estuvo orgullosa de contar entre sus filas con un noble perteneciente a una familia de gran arraigo en España y que para colmo de colmos, estuvo casado con una miss. Una miss que nunca supo o pudo proporcionarle el bienestar que le proporcionaban sus ninfas. Sevilla no volverá a ser la misma tras su pérdida. Muchos nos quedaremos sin un icono, sin un referente en nuestras vidas. Sevilla tiene un color especial ... sí, estos días es el color del luto. Se fue silenciosamente, por la puerta de atrás, por la misma puerta por la que entraban las niñas a visitar al tío Rafael, quien les amenizaba las tardes contándoles cuentos y jugando a multitud de juegos que sólo él conocía. Nunca nos olvidaremos de que en un tiempo existió un hombre que se fue por sentirse incomprendido y despreciado por la sociedad por una simple cuestión de envidia. Tus amigos siempre te recordarán."

Nesta altura, já eu estava da cor das chaminés do ALLgarve, e perguntei, "quer dizer que vai rodar aqui um filme sobre o Duque de Feria?..."

E ele, "não, filho, o ALLgarve é uma terra de canalizadores e bate-chapas alemães e ingleses...: voe para Albufeira por 1 €, casa e cona lavada..., vocês têm é a sorte de ALLgarve fazer parte de um dos maiores paraísos europeus de Pedofilia, e é por isso que, no meu filme, o Mordomo o escolhe para rodar a sua cena. Vocês têm o azar de só terem miúdas com bigode, senão, era um regabofe em duplicado. Por isso, a menina vem importada. Em Inglaterra, o mordomo combina, com os amigos, que vai ser no Terceiro Mundo que a menina, finalmente, irá ser toda... deles... deles.... todos..."
"... e todos... mete o Mordomo?...", perguntei eu.
(silêncio)
"... Isso não lhe posso contar... Faz parte do "grand suspense" final!..."
"E então?...", dizia eu...
"Então, depois de pintarem os beicinhos à miúda, não um futuro objecto sexual, mas um objecto sexual PRESENTE, para distribuir pelo "people", o "people" curte...
"E?..."

"Você sabe quanto vale uma miúda com ar comestível, numa rede pedófila?...

"Eu.. não, nem quero saber... Sei que um fim-de-semana com um rapazinho, tirado da Casa Pia, e levado, em mão, à América, para passar um sábado/domingo com um cavalheiro decente, e depois trazido de volta, quando não era para sumir por lá, eram, até há pouco tempo, 5000 contos, dos antigos, e os dvds pedófilos, das prateleiras do fundo de Bruxelas, Paris e Amsterdão, 12000 €, sabe deus, quantos rodados com os recursos dos arquivos da RTP, touradas à antiga portguesa, assim se contruiu o "off-shore" da fortuna de Carlos Cruz, que tinha capitais para comprar um número inteiro da "Visão", para dizer que estava falido, coitado..."

"Também li", disse Alfred, "um número qualquer, de 2001, 2002, quando rebentou a escandaleira, depois de ele ter ido lá fora, negociar com a Rede, a vinda da Grande Cortina do Futebol 2004, para Portugal, e foi preso. Do meu ponto de vista, foi injusto..."

"Teve azar..."

"O meu mordomo não vai ter azar: vai meter na cama os três filhos espermáticos do Outro, vai sair com a mulher para jantar, a 50 metros de casa, com a condição de eles ficarem a dormir, e de irem, de vez em quando, ver se a pequenina lá estava, e lá foram, e, depois de se sentarem à mesa, o Mordomo foi à casa de banho -- disse ele -- aqui, as sequências têm de se muito rápidas, uns "cuts" e "inserts" ao mícron, umas moitas, umas sombras, ouve-se ele, ofegante, a correr, entre o restaurante e o apartamento, vamos ter uns grandes planos da Lua: estava Lua Cheia, o que é indispensável nos meus filmes, nos casos de licantropia, e de mordomos pedófilos, que querem saborear a própria filha, entre amigos, outra vez sombra de árvores, um cão algarvio que gane, faminto e seviciado, o mordomo chega ao pé da cama, e diz "Madeleine, vamos...", e a miúda, a esfregar os olhos com sono, é metida no carro dos cúmplices, uma aceleração na direcção da Marina de Lagos -- aqui, pode ajudar-me no iate: estava a pensar num daqueles onde o Sarkozy e o Düraü Barrozo costumam passear-se no Mediterrâneo, mas acho que deve ser uma coisa mais modesta, a miúda é embarcada com os gajos, e doze horas depois já está atracada em Casablanca, num daqueles "Marrocain Interiors" -- acho que é da "Taschen". Entretanto, claro que o pai voltou para a mesa, pediu um "Mateus Rosé", e começou a enfrascar a mãe biológica. Tudo isto -- sabe como é o Cinema -- tem de bater certo, ao milímetro, é então que o Mordomo diz, "filha, vai ver se está tudo bem....", embora já saiba que não está, e finge não reconhecer a palidez de horror daquela mãe que descobre que a cama da filha está muito arrumadinha..., mas já sem qualquer recheio..."

"Fantástico", digo eu.

"Estou a pensar em duas versões: numa, a criança tem seguro de vida, e isso reverte para a família; a outra, que, ao seguro de vida, junta o valor de uma loirinha, de beiço pintado, na Grand Repas dos Pedófilos, de qualquer maneira, vocês estão feitos, porque, desde os "Ballets Rose" e o "Casa Pia" que o vosso país tem um cheiro internacional infecto: bastou tirar o tapete a um Governo e substituí-lo por outro, para a coisa ter amansado, brandos costumes, grossas piças, falsos diplomas, como dizemos nós, em Hollywood, sempre que falamos de Portugal...."

"Olhe, Alfred, hoje pago eu o jantar, o seu, porque o meu vai já fora, tarda nada..."

"Esteja à vontade, trate-me como cineasta morto, e não deixe que uma boa verdade estrague uma maravilhosa mentira: é esse o segredo do verdadeiro cinéfilo. Já agora, não quer saber quem é o culpado?..."

"... já agora... ", disse eu, entre vómitos...

"Elementar, meu caro, desde Conan Doyle, que o culpado é sempre... o Mordomo, meu caro, o Mordomo."

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