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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Grandes Êxitos do "The Braganza Mothers" - "Portugal: uma bomba-relógio, nos cuidados intensivos"


Imagem do Kaos



Hoje, ri-me imenso com o Medina Carreira, na SIC. (Quem costuma pôr aqui os vídeos dele, agradeço que o faça, mal possa).
Quando o Orelhas Simpático, ao fim, lhe perguntou como é que isto ia acabar, o outro respondeu-lhe: "Mal, e com muito barulho".
Para mim, melómano, deve ser tipo as "Pleïades", de Xenakis, mas com os latões da Greve do Lixo.
Acho fantástico que se trate a Assembleia da República por "essa coisa", o Sócrates como "mas esse sabe lá o que diz", e que nos estivéssemos -- o país que nada produz e tudo importa -- a endividar a 2 000 000 €/ hora. Quer dizer que, quando eu acabar este texto, ficámos 1 000 000 € mais endividados, de maneira que vou tentar escrevê-lo em 25 minutos, para poupar qualquer coisinha.
O retrato era de uma sociedade endemicamente doente, e a crescer, desmesuradamente, no sentido da Pobreza, ou seja, da explosão social.
O Oliveira e Costa, por seu lado, gente fina, continua a movimentar contas de bancos de dentro da prisão, tal-qual os traficantes de alto risco continuam a traficar do interior das prisões de alta segurança de São Paulo. Ao pé de São José dos Campos há uma, lindíssima, e eu adoraria morar lá: faz-me lembrar certos rasgos arquitectónicos da EPUL.
Quanto ao Pargo das Finanças, uma coisa que foi pedida emprestada à Lota e já devia ter regressado lá, para ser vendida às postas de quem as puder comprar, começou a falar de "deficits" acima de 3% -- onde é que já irão os 3%... -- e a desvalorizar o facto, como se essa obsessão não tivesse sido o tema central de todo o Desgoverno Português, desde que o "Cherne", a Rata de Urinol e a Ferreira Leite decretaram "de tanga" um país já então completamente nu.
Alegra-me saber que Vítor Constâncio, um homem sério, estará ao nosso lado, no dia que a Grécia nos estoirar cá dentro: é o problema das multidões, sem rumo, e sem esperança, que assistem ao desfilar da impunidade dos sistemas de Estado: acaba tudo em "molotovs" e destruição do património, ou em jarradas de água nas fuças de ministras da educação, sem vergonha, como se viu no Chile.
Aliás, perguntar-me-ão, o que é a "Vergonha", e eu ficarei imediatamente confuso... Suponho que vergonha seja estar a assumir comportamentos, julgados socialmente reprováveis, por membros isolados de uma comunidade. Quando toda a comunidade se dedica a comportamentos vergonhosos, como que por milagre, a Vergonha... desaparece. Para uns é o nirvana, para outros é um retrato actual de Portugal.
Quanto à Avaliação de Professores parece que foi a Fátima, como tudo o que se preze na Cauda da Europa. Devo ser dos poucos Portugueses que nunca pôs as patas em Fátima, e só farei, suponho, no dia em que receba convite de alguma Empresa de Construção Civil, para assistir à implosão daquilo, tal qual Tito fez ao Templo de Jerusalém.
A dos Polícias, por seu lado, é mais honesta: passa por multar e prender, coisa lindíssima no dia em que se celebram 60 Anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Basta olhar em nosso redor para ver que ela está super na moda, aliás, como todos os preceitos dos Evangelhos.
Letra morta.
Hoje nem estou para comentar muito mais, porque isto está a caminho de uma perigosíssima deriva, e eu já ando a contar os dias de partida para a Namíbia: ao menos, lá, os lacraus não estão no Governo, nem os répteis no Conselho de Estado.
Sócrates continua a berrar, como uma espécie de Callas sem voz, como se o tom dos gritos dele tornasse mais convincente o interminável chorrilho de disparates em que se converteram as suas aparições públicas. Quanto a Amado, o Homem da América, no Governo Português, prontificou-se a alojar cá o "people" de Guantanamo. Acho bem: em vez de andarmos a receber por aqui corjas do tipo McCann, passamos a apostar, definitivamente, no Turismo Diferenciado.
Há anos que defendo isso.



(Duo, em forma de valsa, no "Arrebenta-Sol" e em "The Braganza Mothers" )

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