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terça-feira, 6 de outubro de 2009

A Pegajosa


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

A imagem não é do KAOS, mas até podia ser

A "Pegajosa" é uma coisa herdada do tempo em que Aníbal de Boliqueime presidia aos destinos de Portugal, e os Fundos Estruturais entravam em jorro, para imediatamente desaparecerem nas algibeiras dos amigos dos Mighâs Âmâghàis, dos Fegguêuigâs do âMâghàl, do Cardunha e Coiso, de um que já bateu a bota, o Falcunha e Cão, e mais uma cambada de nojentos, cuja quinta essência foi Dias Loureiro e Leonesa Bolor, a equivalente ao Paulo Pedroso, do Segundo Império.

A "Pegajosa", estava eu ao colo da minha mãe, a mamar, lembro-me como se fosse hoje, era paga para tentar explicar às mulheres de bigode, aos devoradores de bifanas e aos violadores de velhotas e putos as vantagens da então Comunidade Económica Europeia. Punha -- não me esqueço -- uma boquinha como a da Ana Drago, quando está nos dias dos broches aos grilos, mas mais larga e ampla, como se fosse mamar em gafanhotos. Tinha um timbre lindíssimo, monótono e monocórdico, e com a boquinha em forma de cu de galinha lá resolvia, à luz do Direito Comunitário e sem soltar um único perdigoto, 900 Anos de Mestiçagem, Miséria e Promiscuidade. Costumava estar mergulhada numa bruma de luminotecnia e basem ou pó de arroz, completamente falsa, como os finais de Outono, no Lago de Como. Se lhe telefonavam a dizer, "olhe, o meu marido dá-me um enxerto de porrada todas as noites e eu vou toda negra para o posto de saúde, acha que a CEE vai melhorar agora a minha situação?...", e a Pegajosa punha a boca a meia haste e lá começava, "não há nenhuma diretiva comunitária que contemple "enxertos", exceto as páginas 10 a 23, do Documento 6534, de 1982, que respeitam às castas de uvas, que deverão regular-se pelos padrões VPRQD explicitados nas diretivas anteriores, e que, em caso de empate, serão submetidas a uma comissão de notáveis enólogos. Detetada reincidência no cultivo da casta, estão previstas sanções no procedimento corrente do Direito Comunitário", e aquela boquinha, que nunca parava, dava um jeito ao platinado da armação, e avançava para a questão seguinte, "vivo numa casa com um quarto e uma cozinha. A cozinha está em riscos de ruir, e costumo tomar as refeições frias, com medo de me aproximar do fogão e ir pela ribanceira abaixo. Somos 12 lá em casa, incluindo o meu marido, a minha mãe, que está entrevada, as minhas filhas e os filhos que o meu marido teve das minhas filhas, porque ele diz que quem devia estrear as ratas lá de casa era ele, porque as ratas eram dele, que as tinha fabricado. Será que vou ser feliz na CEE?...", e lá punha a Pegajosa a boca em forma de funil de azeite, para começar a melar, "ratos e outros parasitas fazem parte dos regulamentos comunitários de higiene, respeitando espaços públicos, escolas e zonas de restauração. Constituindo a sua casa um espaço privado, nenhuma das diretivas comunitárias em vigor se aplica, antes se enquadrando na legislação geral de animais domésticos. A Carta dos Direitos dos Animais é muito restritiva, e deve lembrar-se, antes de adotar um animal, que há punições previstas para o seu abandono. Caso o seu marido não saiba ler, e sendo casada em regime de comunhão de bens, aconselhamo-la vivamente a adverti-lo para as sanções em que poderá impeder, e que serão extensíveis a si, em caso de decisão desfavorável de qualquer instância comunitária, caso o animal seja declarado em estado de abandono".

Ouvi-la era um prazer redobrado: telefonavam-lhe da Casa Pia, e diziam, "Ó Dona Meirelles (com dois "éles"), acabou de sair agora de aqui um político muito conhecido, que só veio cá para me papar o cu, a mim, mais o do "Peidolas". Ando nisto desde os três anos, e queria sair para outra vida, mas não sei se a CEE me pode ajudar...", e ela imeditamente agrafava a boca de desentupidor de sanitas de freiras, e começava, "em parte alguma do Direito Comunitário é estabelecida qualquer conexão entre Políticos e cus, pelo que deverá rever a sua ortografia, antes de tentar qualquer mudança de vida. Em caso de dúvida, ou de erro na língua de espressão da sua dúvida, deverá dirigir-se à sede dos nossos serviços de tradução simultânea, em Bruxelas, ou ao Centro Jean Monnet, dizendo-lhe que está interessado em questionar o Direito Comunitário em Inglês Fluente, e aguardar dois anos pela resposta".

Parece que foi corrida de uma Universidade qualquer, daquelas manhosas, onde se davam os Mestrados e Doutoramentos que a "Independente" ajeitava, na forma de Licenciaturas, mas para isso tinha de ir às fontes, e hoje não me apetece, porque, quando embarco nesta vertigens de textos, vale tudo o que me vier às fontes, e o alvo que se amanhe, e depois de corrida da Universidade, ainda teve umas aparições breves pelas televisões, na hora de encher chouriços. Geneticamente, a Pegajosa é um caso notável, porque, como a pescada, antes de o ser já o era, e, ainda não existia o botox, e já ela parecia completamente botoxizada, como a Sofia Aparício, que ia fazer, à custa dos contribuintes, implantes nos calcanhares, no Hospital da Força Aérea, "para não se verem as rugas", dizia ela.

Com o Tratado de Bilderberg, em que todos seremos mais pobres, mais estúpidos, mais mansos, mais desesperados e todos de olhos parados, todos muito iguais, e se falará de Portugal com a mesma piedade com que os nossos antepassados falavam da "Universidade de Cacilhas", a Pegajosa passará a ter resposta para tudo, "Dona Meirelles, estou aqui caída à porta de casa, desempregada, com dois filhos ao colo, e acabaram de me cortar a água e a luz. Irei sobreviver a isto quando tempo?..." E ela: "nada está previsto no Tratado de Lisboa para que fique sem casa, já que apenas lhe é concedida a possibilidade de habitar, e os seus dois filhos poderão, caso sejam escurinhos, integrar um campo de refugiados, antes de serem recambiados para o Senegal, e desaparecer nas goelas de uma tribo de canibais. E se não tem água nem luz é porque deveria saber que a água já foi privatizada e a eletricidade... tem N hipóteses de ser substituída por energias alternativas, que, como pode imaginar, não estou nem aí, para perder tempo a explicar-lhe isso, sua estúpida, quando já devia ter adquirido, no mínimo, uma habilitação de Nível 4, do Fundo Social Europeu, ou um Doutoramento Opus Dei, de Navarra".

Tudo isto teria muita graça, se a Pegajosa não fosse candidata à Câmara Municipal de Oeiras, o Municípo com melhor nível de vida e de literacia, de todo o País Português. Suponho que, com isso, estejam a testar a estupidez do eleitor médio, de Oeiras, Carnaxide ou Alto de Santa Catarina. Votar na Pegajosa é o mesmo que ir de piquenique, e, quando se está no melhor da alegria, jogar as mãos a um trono de pinheiro, cheio de resinas e formigas, e ficar ali colado, horas, aos gritos, à espera de que haja alguma alteração ao Direito Comunitário, que, com o Tratado de Bilderberg, nunca mais haverá.

Entre outros dons, Deus e o "Intelligent Design" pouparam-me ter de votar em Oeiras, mas, imaginem lá, já que estamos naquele período do quanto-pior-melhor, se lá votasse, até ia pôr a cruz no Isaltino, com quem ela se coligará, mal perca as Autárquicas. É justo: uma Autarquia governada por um Condenado, com vice presidência de uma cola-tudo que conhece os meandros todos das Leis Comunitárias que impedem os incautos da baixaria de serem apanhados nas malhas do Direito Comum. Deus e a Irmã Lúcia, e a Amália, também, lhes dêem longa vida. Amén. Boa coligação.

(Peganhento, e com dedos todos colados ao teclado, no "Aventar", no "Arrebenta-SOL" e em "The Braganza Mothers)

3 commentaires:

Clitoriz Feliz disse...

Ai, m'lher, náo me digas que já não és a condessa de Algés!

Miss Plutónio disse...

Vai dormir, Fátima Filipe Ramos, amanhã é dia de dó ré mi fá sol lá si...

Missa Negra disse...

Adúltera do Rei Ramiro

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