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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sonho de uma noite em que o Sr. Aníbal descobriu que os "Magalhães" não estavam só nas mãos das criancinhas, mas já havia um "Magalhães" universal...

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem KAOS
Para o pensador comum português, é sabido que o Sr. Aníbal, de Boliqueime, não é homem de grandes voos mentais: chegava-lhe uma enxada, um cantinho para cavar batatas, e uma bomba de gasolina, para explorar, um cêntimo a mais, os camionistas imprevistos. Hoje, em Belém, esteve notável: descobria que havia vida para além da Morte e que os "poltergeists" dominavam por todo o lado. Para mim, enfim, é como aquelas pessoas que ainda me vêm perguntar se o "Sócrates é gay", e às quais eu respondo sempre que dele não sei, mas que dos namorados tenho a certeza que sim.
O País está em escuta há muito tempo, só que há as escutas sem consequências, como esta, e as que se vão convertendo em bola de neve.
Se estivéssemos num país civilizado, o Sr Aníbal teria juntado ao seu discurso que não havia condições para convidar o homem que tem permitido esta subversão das Liberdades Públicas para o cargo de Primeiro Ministro, e creio que os 64% de Portugueses que, no domingo, foram às urnas para lhe dizer "NÃO", imediatamente lhe dariam razão, e o Sr. Aníbal teria, desde logo, assegurada a sua reeleição, com a qual avidamente sonha. Para mim, Português acima da média, heterónimo de um escritor e pensador, ainda juntaria o facto das buscas ao Portas. Só um Louco, ou um sistema ensandecido, deixaria que, no dia em que o Presidente da República vem dizer ao País que há escutas por toda a parte, sua casa incluída, daria ordem à Judiciária para desenterrar coisas como o "Caso dos Submarinos". O "Caso dos Submarinos" é mais hoje uma anedota do que um evento interessante, mas Portas, faz agora dois anos, foi bastante premente e premonitório, quando disse à minha amiga K... que estava impossibilitado de fazer Política, porque, de cada vez que se quisesse mexer, o Socratismo imediatamente desenterraria qualquer coisinha para o amordaçar.
Tinha razão: Sócrates, como político de borracha, fraco orador, medíocre pensador, e academicamente nulo, tem pavor de palavras alinhadas com inteligência, quer no discurso, quer no papel. Portas, como é público, é o inverso disto tudo, e ele sabe, teme-o, e ficou apavorado, quando os Portugueses lhe o puseram à frente, para ter de governar com ele.
Esse é, todavia, o facto novo: é que Portas, com ou sem o rabo preso, ganhou, no domingo, uma autoridade renovada, e bem podem desencantar todas as histórias de outrora que lhe são agora inócuas. Caem sempre ao lado, ou, num cenário pessimizado, caem sempre contra Sócrates e a sua máquina. Num tempo de velocidade de cruzeiro, ele que se acautele, porque, de cada vez que desenterrar uma história esquisita anti-Portas, pode ser que o valente combatente do "Independente" imediatamente ressuscite a "Independente", os "Freeports" e merdunças afins.
O que fica evidente para o espectador atento é a promiscuidade que reina em Portugal, e a facilidade com a que a inversão de cronologias de intervenções policiais, ordens de tribunais, e coisas parecidas podem influenciar a agenda política. Nada disto é gratuito, e tem sempre alguém de caráter duvidoso por detrás: não é inocuamente que uns gajos da Judiciária recebem ordens de desenterrar "un certain Portas", para, com isso, virem potenciar umas palavras chãs, mas amargas, do homem que, para o mal ou para o bem, ocupa Belém. O resumo é elementar: ou é o Judicial que foi para a cama com a Comunicação Social, e dá ordem de soltura aos disparates, ou o Poder Político mostra que tem o braço judicial e policial de tal modo às suas ordens que se permite pregar "sustos", quando bem lhe apetece, mostrando às pessoas que a Realidade não é que pensam, mas aquilo que a eles convém. A terceira hipótese, mais remota, coloca Portas, Sócrates e Cavaco como meras marionetes de mãos ainda mais ocultas, que se permitem, agora, gozar à descarada com o Público.
O pior está para vir aí, e diz-se à boca cheia que Isabel Alçada, da Maçonaria Feminina -- as "Mulheres Vermelhas", nunca ouviram falar?... -- vem aí para fazer sentir saudades da Milú, "cosa rara". Conhecendo o espécime como conheço, digo que sim... Esta gente é capaz de tudo, e quando, nos anos da K..., com o Miguel Portas a assistir, Laura "Bouche" perguntou à Roseta se se ia coligar com o Presidente da Câmara do Martim Moniz, a outra respondeu, muito ofendida, "que os movimentos de cidadãos estavam inibidos de se coligarem com Partidos"...
Durou-lhe três dias a inibição e a relutância...
Quero terminar com chave de Palladium: dado o anterior, vou fazer descaradamente -- agora é o quanto pior melhor --, durante duas semanas, campanha para que aconteça, em Lisboa, aquilo que eles mais temem: que Santana Lopes, o dos Violinos de Chopin, seja eleito. Vejam lá como eu estou hoje... :-)
(Gracejato molto serioso, no "Aventar", no "Arrebenta-SOL" e em "The Braganza Mothers" )

4 commentaires:

Miguel disse...

"A terceira hipótese, mais remota, coloca Portas, Sócrates e Cavaco como meras marionetes de mãos ainda mais ocultas, que se permitem, agora, gozar à descarada com o Público."

Remota? Quererias dizer provável?

Missa Negra disse...

Zé "Magalhães", renegado do PCP, autoridade máxima em Internet, Secretário de Estado da PIDE, de Sócrates

Xaviota disse...

Que o seu "amigo" Lopes lhe ofereça um túnel do tamanho da imbecilidade do seu PR, são os meus votos sinceros. Desta forma, poderá ir até ao fim da Via Láctea sem risco de levar com um meteorito em cima.
(será que ainda vamos ser todos monárquicos?)

Arrebenta disse...

Meu caro Xaviota, vou fazer o papel da loura burra (Arrebenta ajeita a franja abichanada) e responder-lhe: embora não pessoalmente, conhecemo-nos há longos anos destas lides. Quero dizer-lhe que o tenho na conta de um dos meus leitores mais inteligente. Temos muitas coisas em comum, sobretudo aquele humor ligeiro que dá cabo de tudo. Espero que não vá ser a partir de agora que me vai começar a ler literalmente, quando sabe que quase tudo, em mim, são equívocos e segundos sentidos...
(Arrebenta põe um ar de Amália na fase terminal)
Bem haja :-)

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