Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
[clica na imagem para descarregar o e-livro gratuito]
O EUABC é um dicionário, disponível na internet, que fornece explicações concisas para a maior parte dos termos utilizados nos debates da UE. Poderá também encontrar muitos«links» úteis!
Este dicionário tem igualmente como objectivo informar o público do debate sobre o futuro de Europa.
Inclui muitos termos relacionados com assuntos de debate político, muitas vezes temas de controvérsia e de tensão.
Os federalistas poderão encontrar argumentos e explicações tanto a favor como contra a integração europeia, assim como os euro-cépticos e os europeístas poderão encontrar argumentos em favor das suas posições.
Os conteúdos deste site estão em actualização constante. Assim, vai aqui encontrar novas entradas, relativas à Constituição da União Europeia, aprovada pelos Chefes de Estado e de governo dos Vinte e Cinco a 18 de Junho de 2004. Recomendamos a versão de «leitura amigável», que pode descarregar, através do Menu, secção «Constituição Europeia».
Por favor, sempre que encontrar erros ou omissões não hesite em contactar-nos pelo email: editor@euabc.com
Ireland now has 2.0% of the EU vote The Lisbon Treaty will halve it to 0.9%
The heart of the Lisbon Treaty is a change in the way member states vote in the Council of Ministers. Small member states like Ireland will halve its vote. Germany will double its share of the vote.
There must still be a majority of states behind each law. The Lisbon Treaty introduces voting according to the exact number of citizens in each state.
See the more precise rules under Voting in the Council and in Art. 238 TFEU in the Lisbon Treaty.
Nice Treaty
Lisbon Treaty
% of votes in the Council
Number of votes
% of EU population
Population in millions
Germany
8.4
29
16.41
82.00
France
8.4
29
12.88
64.35
United Kingdom
8.4
29
12.33
61.63
Italy
8.4
29
12.02
60.05
Spain
7.8
27
9.17
45.83
Poland
7.8
27
7.63
38.14
Romania
4.1
14
4.30
21.50
Netherlands
3.8
13
3.30
16.49
Greece
3.5
12
2.25
11.26
Czech Republic
3.5
12
2.09
10.47
Belgium
3.5
12
2.15
10.75
Hungary
3.5
12
2.01
10.03
Portugal
3.5
12
2.13
10.63
Sweden
2.9
10
1.85
9.26
Austria
2.9
10
1.67
8.36
Bulgaria
2.9
10
1.52
7.61
Denmark
2.0
7
1.10
5.51
Slovakia
2.0
7
1.08
5.41
Finland
2.0
7
1.07
5.33
Ireland
2.0
7
0.89
4.47
Lithuania
2.0
7
0.67
3.35
Latvia
1.2
4
0.45
2.26
Slovenia
1.2
4
0.41
2.03
Estonia
1.2
4
0.27
1.34
Cyprus
1.2
4
0.16
0.79
Luxembourg
1.2
4
0.10
0.49
Malta
0.9
3
0.08
0.41
EU-27 Total
100.0
345
100.00
499.75
Blocking Minority
26.38%
91
35%
174,913
Qualified majority
73.91%
255
65%
324,838
WHO will appoint the Commission?
Today each member state government decides WHO shall be on the Commission in Brussels. The Lisbon Treaty will change the word propose to suggest.
Then the new Commission President will decide WHO shall be in the Commission - together with a qualified majority of prime ministers.
According to the treaties the EU has no say on salaries. But the EU Court in Luxembourg has decided that migrant workers can work for much less than the normal pay.
Taxes can only be harmonised when all member states agree. But the Lisbon Treaty introduces a new clause in Art. 113 TFEU permitting the EU to outlaw tax competition in the Internal Market.
Art. 311 TFEU permits the EU to establish new taxes to finance the EU itself.
David O`Sullivan, the Director-General of trade in the EU Commission, says Yes in his comment under World Trade Organisation.
Jens-Peter Bonde, MEP from 1979-2008, says mostly No in his comment. Read the different comments and decide on your own. See also Art. 218.8 TFEU in the Lisbon Treaty
Can the EU decide on abortion?
The EU has already decided on abortion. In 1991 the EU Court decided that abortion is an economic service which can be sold freely. The Advocate-General wanted to outlaw the Irish rules on abortion. The EU Court decided to allow them "on balance". Read more under Abortion.
Different books on the Lisbon Treaty
Here you can download different books on the Lisbon Treaty for free.
The size of strawberries for sale in shops is decided by the European Commission in a regulation "binding in its entirety and directly applicable in all Member States".
The national parliaments or the European Parliament has no say. It is one of 80,000 rules which cannot be changed by the voters. See under "Strawberries" and "Number of laws"
The EU is composed of 27 member states all with parliamentary democracies. Voters may participate in elections, leading to a new majority and then new laws.
We have managed to establish the existence of more than 80,000 pieces of law in the EU where this fundamental principle of democracy does not apply.
Firstly, we have 26,560 pieces of valid law decided in the European institutions. They can only be amended after a decision by the non-elected members of the Commission. The Council of Ministers must approve important changes by a qualified majority.
The European Parliament can change nothing itself, even if all members of the parliament were to unanimously agree.
Then we have 4,112 international agreements binding citizens and companies in the same way as law. There are also 10,337 verdicts from the EU Court in Luxembourg which can only be amended by new verdicts from the judges or by a new treaty.
Finally we have 44,838 harmonised standards which can normally be amended by the Commission or/and a qualified majority among member states. Again, even a unanimous parliament cannot change them at all after new elections.
European voters are set aside in relation to maybe more than 80,000 rules of laws and harmonisations. We cannot change the content by putting our vote in the ballot box.
Why not insist on the principle of democracy which would say: All laws must be approved by a majority in a national or European Parliament. This does not mean that all 85,832 pieces of hard and soft law must actually be approved by members of parliaments.Those elected by the voters may delegate the more technical decisions to specialised organs.
We would still have democracy if those powers that had been delegated to the common level were able to be brought back by a simple majority in Parliament if necessary. The fact that this is no longer possible means that there is no democracy for the change of these 80,000 hard and soft laws.
Look under "Number of laws" to find the full table of hard and soft laws in the EU. Look under "Democracy" to learn about the decision making process in the EU.
Para o pensador comum português, é sabido que o Sr. Aníbal, de Boliqueime, não é homem de grandes voos mentais: chegava-lhe uma enxada, um cantinho para cavar batatas, e uma bomba de gasolina, para explorar, um cêntimo a mais, os camionistas imprevistos. Hoje, em Belém, esteve notável: descobria que havia vida para além da Morte e que os "poltergeists" dominavam por todo o lado. Para mim, enfim, é como aquelas pessoas que ainda me vêm perguntar se o "Sócrates é gay", e às quais eu respondo sempre que dele não sei, mas que dos namorados tenho a certeza que sim.
O País está em escuta há muito tempo, só que há as escutas sem consequências, como esta, e as que se vão convertendo em bola de neve.
Se estivéssemos num país civilizado, o Sr Aníbal teria juntado ao seu discurso que não havia condições para convidar o homem que tem permitido esta subversão das Liberdades Públicas para o cargo de Primeiro Ministro, e creio que os 64% de Portugueses que, no domingo, foram às urnas para lhe dizer "NÃO", imediatamente lhe dariam razão, e o Sr. Aníbal teria, desde logo, assegurada a sua reeleição, com a qual avidamente sonha. Para mim, Português acima da média, heterónimo de um escritor e pensador, ainda juntaria o facto das buscas ao Portas. Só um Louco, ou um sistema ensandecido, deixaria que, no dia em que o Presidente da República vem dizer ao País que há escutas por toda a parte, sua casa incluída, daria ordem à Judiciária para desenterrar coisas como o "Caso dos Submarinos". O "Caso dos Submarinos" é mais hoje uma anedota do que um evento interessante, mas Portas, faz agora dois anos, foi bastante premente e premonitório, quando disse à minha amiga K... que estava impossibilitado de fazer Política, porque, de cada vez que se quisesse mexer, o Socratismo imediatamente desenterraria qualquer coisinha para o amordaçar.
Tinha razão: Sócrates, como político de borracha, fraco orador, medíocre pensador, e academicamente nulo, tem pavor de palavras alinhadas com inteligência, quer no discurso, quer no papel. Portas, como é público, é o inverso disto tudo, e ele sabe, teme-o, e ficou apavorado, quando os Portugueses lhe o puseram à frente, para ter de governar com ele.
Esse é, todavia, o facto novo: é que Portas, com ou sem o rabo preso, ganhou, no domingo, uma autoridade renovada, e bem podem desencantar todas as histórias de outrora que lhe são agora inócuas. Caem sempre ao lado, ou, num cenário pessimizado, caem sempre contra Sócrates e a sua máquina. Num tempo de velocidade de cruzeiro, ele que se acautele, porque, de cada vez que desenterrar uma história esquisita anti-Portas, pode ser que o valente combatente do "Independente" imediatamente ressuscite a "Independente", os "Freeports" e merdunças afins.
O que fica evidente para o espectador atento é a promiscuidade que reina em Portugal, e a facilidade com a que a inversão de cronologias de intervenções policiais, ordens de tribunais, e coisas parecidas podem influenciar a agenda política. Nada disto é gratuito, e tem sempre alguém de caráter duvidoso por detrás: não é inocuamente que uns gajos da Judiciária recebem ordens de desenterrar "un certain Portas", para, com isso, virem potenciar umas palavras chãs, mas amargas, do homem que, para o mal ou para o bem, ocupa Belém. O resumo é elementar: ou é o Judicial que foi para a cama com a Comunicação Social, e dá ordem de soltura aos disparates, ou o Poder Político mostra que tem o braço judicial e policial de tal modo às suas ordens que se permite pregar "sustos", quando bem lhe apetece, mostrando às pessoas que a Realidade não é que pensam, mas aquilo que a eles convém. A terceira hipótese, mais remota, coloca Portas, Sócrates e Cavaco como meras marionetes de mãos ainda mais ocultas, que se permitem, agora, gozar à descarada com o Público.
O pior está para vir aí, e diz-se à boca cheia que Isabel Alçada, da Maçonaria Feminina -- as "Mulheres Vermelhas", nunca ouviram falar?... -- vem aí para fazer sentir saudades da Milú, "cosa rara". Conhecendo o espécime como conheço, digo que sim... Esta gente é capaz de tudo, e quando, nos anos da K..., com o Miguel Portas a assistir, Laura "Bouche" perguntou à Roseta se se ia coligar com o Presidente da Câmara do Martim Moniz, a outra respondeu, muito ofendida, "que os movimentos de cidadãos estavam inibidos de se coligarem com Partidos"...
Durou-lhe três dias a inibição e a relutância...
Quero terminar com chave de Palladium: dado o anterior, vou fazer descaradamente -- agora é o quanto pior melhor --, durante duas semanas, campanha para que aconteça, em Lisboa, aquilo que eles mais temem: que Santana Lopes, o dos Violinos de Chopin, seja eleito. Vejam lá como eu estou hoje... :-)
Dedicado à Kaotica, ao Kaos, ao Baby, à Laura "Bouche", à Pimpinela, à Carmelinda Pereira e à Isabel Pires, e também ao Ricardo e a todos, muitos, os que têm colaborado nesta nossa nave dos loucos
Eu sei que muitas vezes se espantam com o que escrevo, e hoje será mais um desses dias. Aparentemente, e porque julgo José Sócrates como o Primeiro Ministro de Portugal mais execrável que conheci, até nisso conseguindo bater aos ponto o Aníbal de Boliqueime, toda a gente pensaria que ontem não celebrei a sua pirrónica vitória. A verdade é que, ao abrir aquela garrafa de champanhe -- não, não era das caras, nem sequer chegava aos pés do "Dom Pérignon" reserva de 20 anos, que despachei, no dia em que Cavaco apanhou nos cornos, nas Presidenciais de 1995, mas ainda era champanhe... -- a rolha saltou, por múltiplas razões. A primeira, evidentemente, e que colhe a unanimidade de toda a gente a que dediquei este texto, foi o Partido Chavista ter perdido a sua Maioria Absoluta, e o Boneco de Borracha ter de passar agora a andar no ó meu, ó meu, até à sua dissolução total. Manuela Ferreira Leite portou-se com nível, muito mais do que a canalha que agora pede a sua cabeça; a espuma também foi para o olhar perdido de Ana Drago, que ainda não foi desta, e talvez não vá nunca, para o Ambiente, e muito do que escorria da taça estava, é certo, dirigido para um grande sobrevivente da nossa praça, Paulo Portas, o pensador, o orador e o ideólogo, a quem, em grande parte devemos a maturação da Opinião Pública, em Portugal -- o "Independente", lembram-se?... --, e um bombardeamento pesado ao Great Portuguese Disaster 1985-1995, que foram os Anos Negros do Cavaquismo.
Agora o que talvez vos espante é que tenha dedicado, muito secretamente -- estas coisas não se podem confessar -- alguns daqueles goles de champanhe à vitória de Sócrates.
No fundo, que coisa pior poderia acontecer a essa criatura do que suceder, debilitada, a si mesma?...
Alternâncias de casa de alterna, para ser mais específico.
Historicamente, Portugal, para não variar, sempre andou em contraciclo, e, enquanto pela Europa das Democracias amadurecidas, geralmente eram as Direitas a vir compor os esbanjamentos e os excessos dos momentos "Socialistas", em Portugal, e disso foram prova algumas passagens pelo Governo de Mário Soares, eram os Socialistas que tinham de vir equilibrar as contas de algumas derivas de Baronetes Liberais, que não se tinham entendido no saque.
Com Sócrates, entrámos no ciclo certo: fez o frete ao Governo Sombra Mundial, Bilderberg, entre nós representado pelo homem que é nosso Primeiro Ministro "de facto" desde 1976, Francisco Pinto Balsemão, aprovando o terrível "Tratado de Lisboa", conhecido, entre os Intelectuais, por "Tratado de Bilderberg (voltem a vê-lo, para perceberem onde estão metidos...)", o Tratado do Fim da História, onde desaparecemos, como espaço físico, cultural e económico, deixando de poder pensar, falar e exprimir-nos, desde que não seja de acordo com o politicamente correto ditado pela... NORMA. O pior exemplo disso é um gajo "bronzeado", chamado Obama, a quem sinceramente desejo que os Israelitas deixem rapidamente um menino ao colo, chamado Irão em Chamas, e desapareça de cena.
Com Sócrates, desequilibrámos as contas, com os favores aos amigos, aos grandes potentados, aos criminosos de luva branca, e o Socratismo tornou-se idiossincraticamente despesista. Nada melhor, pois, que viesse a velha senhora, do PSD, para sujar as mãos na cagada que o menino uranista de Vilar de Maçada fizera.
Teve sorte e não veio: todos os partidos ganharam votos, e só o PS (Partido de Sócrates) perdeu.
Desta, o PSD safou-se de boa. Tem agora uns meses, talvez ano e meio, para que o bebé da "Independente", o "Menino de Ouro" do PS, o Cona Mansa da Câncio coma as suas próprias fezes. Vamos estar, na primeira linha, a ver o resultado e a gramar com o cheiro, mas sempre é uma agradabilíssima forma de vingança, creio, a melhor, mesmo, pois suponho que melhor não poderia haver, por mais que isso vos possa espantar, saído da escrita deste meu heterónimo.
Bem hajam, pois, Eleitores Portugueses, o futuro é todo vosso, vosso, vosso!...
Esta pergunta é quase obrigatória em uma entrevista de emprego e deverá ser muito bem praticada para uma resposta sucinta, direta e, acima de tudo, que valorize o seu perfil profissional.
Resposta verdadeira: "Você quer saber o quê?"
Quais são seus objetivos a curto prazo? E a longo prazo?
Seja específico e tente aproximar, de alguma forma, os seus objetivos aos da própria empresa. Respostas como "ganhar bem" ou "aposentar-se" são totalmente proibidas.
Resposta verdadeira: A curto prazo, tirar meu nome do Serasa. A longo prazo, do cartório.
O que o levou a enviar o seu curriculum a esta empresa?
Aproveite esta deixa para demonstrar que fez o seu "trabalho de casa" e fale sobre a atividade da empresa e a forma como o posicionamento desta a torna uma empresa de elevado interesse para qualquer profissional. Naturalmente, para responder a esta pergunta, é preciso fazer previamente uma pesquisa sobre a empresa. Vá ao site institucional, faça pesquisas usando mecanismos de busca, leia revistas da especialidade e converse com pessoas que trabalham ou já trabalharam lá.
Resposta verdadeira: Mandei meu currículo para 2 mil empresas. Nem sabia que tinha mandado para esta.
Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?
O que é pretendido com esta questão, é que os candidatos sejam capazes de identificar uma situação em que tenham sido confrontados com um problema ou dúvida, e que tenham sido capazes de analisar alternativas e consequências e decidir da melhor forma.
Resposta verdadeira: Engravidei minha cunhada. Só tinha 200 reais para pagar o aborto. Enquanto ela berrava dentro do barraco, fiquei do lado de fora rezando para ela não morrer.
O que procura num emprego?
As hipóteses de resposta são várias: desenvolvimento profissional e pessoal, desafios, envolvimento, participação num projeto ou organização de sucesso, contribuição para o sucesso da sua empresa, etc.
Resposta verdadeira: Tá me tirando, filha? Por que um ser humano precisa de um emprego?
Você é capaz de trabalhar sob pressão e com prazos definidos?
Um "não" a esta pergunta pode destruir por completo as suas hipóteses de ser o candidato escolhido, demonstre-se capaz de trabalhar por prazos e dê exemplos de situações vividas em trabalhos anteriores.
Resposta verdadeira: Claro que não. Você é?
Dê-nos um motivo para o escolhermos em vez dos outros candidatos.
Esta é sempre das perguntas mais complicadas mas o que se espera é que o candidato saiba "vender" o seu produto. Isto é, deverá focar-se nas suas capacidades e valorizar o seu perfil como o mais adequado para aquela função e a forma como poderá trazer benefícios e lucros para a empresa.
Resposta verdadeira: Nos primeiros seis meses, eu te dou metade do meu salário.
O que você faz no seu tempo livre?
Seja sincero, mas sobretudo lembre-se que os seus hobbies e ocupações demonstram não só a capacidade de gerir o seu tempo, preocupações com o seu desenvolvimento pessoal e facilidade no relacionamento interpessoal.
Resposta verdadeira: Quando minha mulher não quer transar, o que hoje em dia acontece com certa frequência, fico na frente da tv, vendo qualquer jogo e tomando cerveja. Tenho uma amante também, mas estou sem grana para levá-la no motel e tenho que ficar esperando o marido dela fazer hora extra. Com essa crise, ele não tem feito muito.
Quais são as suas maiores qualidades?
Aponte aquelas características universalmente relacionadas com um bom profissional: proatividade, empenho, responsabilidade, entusiasmo, criatividade, persistência, dedicação, iniciativa, e competência.
Resposta verdadeira: Agora você me pegou. Sei lá, se eu falar isto, você vai escrever na sua ficha: "Metido pra caralho".
E pontos negativos/defeitos?
Naturalmente que a resposta não poderá ser muito negativa, pois serão poucas as hipóteses para um profissional que diga ser desorganizado, desmotivado ou pouco cumpridor dos seus horários. Assim, o truque é responder partindo daquilo que normalmente é considerado uma qualidade mas agravando-o de forma a parecer um "defeito". Ou seja, exigente demais, perfeccionista, muito auto-crítico, persistente demais, etc.
Resposta verdadeira: Até que enfim uma pergunta inteligente. Sou preguiçoso, sempre chego atrasado, boca suja, solto gases em qualquer lugar, mesmo na frente de clientes, adoro uma fofoca, passo a mão na bunda das colegas, ponho apelidos em todo mundo, trabalho bêbado, sou puxa-saco... chega ou quer saber mais? Posso ficar falando até amanhã.
Que avaliação faz da sua última (ou atual) experiência profissional?
Não se queixe e, em caso algum, critique a empresa e respectivos colaboradores. Diga sempre alguma coisa positiva, ou o ambiente de trabalho ou o produto/serviço da empresa. Se começar a apontar defeitos ao seu emprego anterior correrá o risco de o entrevistador achar que o mesmo pode acontecer no futuro relativamente aquela empresa.
Resposta verdadeira: Pelo amor de Deus, não desejo aquele trabalho nem para um cachorro.
Até hoje, quais foram as experiências profissionais que lhe deram maior satisfação?
Seja qual for a sua escolha, justifique bem os motivos. Tente mencionar as mais recentes e que sejam mais adequadas aos seus objetivos profissionais.
Resposta verdadeira: Tá me tirando de novo. Desde quando trabalho dá prazer?
Por que foi desligado da última empresa?
Não se apresente como vítima e explore o lado positivo da situação. Seja breve, objetivo e verdadeiro. O entrevitador sempre tem como checar este tipo de resposta. Este também não é o momento para falar mal da empresa ou do antigo chefe.
Resposta verdadeira: Minha situação já estava ruim com os patrões porque mandei meu primeiro chefe tomar no cu. Fui transferido de departamento. Um dia obriguei uma funcionária nova a me fazer um boquete no estoque e esqueci que tinham colocado câmera de segurança naquela merda. Fui mandado embora por justa causa.
Páscoa, dia das mães, dia dos pais, Cosme e Damião, dia das crianças, Natal, aniversários de nascimento, namoro, casamento, morte. Em todas estas datas, damos presentes. Mas não qualquer presente. Tem que ser presentes bons, afinal o importante é a intenção de gastar. Qual presente uma pessoa vai lembrar pela vida inteira? "Lembro tão bem que nos 25 anos de casamento, meu marido me deu um sabonete..." Não, o pessoal fala: "O melhor presente que ganhei foi um veleiro". Quando e como surgiu esse negócio de trocar presentes em certas datas? Parece que é coisa dos romanos. Os romanos adoravam inventar moda. No entanto, todo dia é dia de alguma coisa. 28/09, é o dia da Lei do Ventre Livre, do Hidrógrafo, da Liberdade de Expressão e S. Venceslau. E por que este preconceito contra os descendentes de escravos [todos nós somos um pouco], hidrógrafos, e tchecos? Sem falar que a Liberdade de Expressão beneficia a todos nós. Por que hoje não deveríamos dar quatro presentes [dos bons] para cada pessoa que conhecemos? Você já andou de barco por um rio? Deve muito aos hidrógrafos. Toma cerveja? Não fosse a matéria prima tcheca, o que seria de você? Portanto, hoje é dia de comprar quatro presentes [dos bons, não esqueça], para cada pessoa que você conhece. Amigos, filhos, vizinhos. Não esqueça que várias pessoas que você conhece fazem aniversário hoje. E amanhã será igual. E todos os dias do ano serão. Mas veja por um ângulo positivo. Você também vai ganhar, no mínimo, 80 presentes por dia. Isto é ótimo, porque nunca vai precisar gastar dinheiro. Basta redistribuir os presentes que ganha. Lógico que correrá o risco de, após alguns dias, ganhar o mesmo presente que deu, de uma pessoa completamente desconhecida da primeira. Afinal a humanidade é separada apenas por seis graus de separação.
Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
O resultado previsível está à vista (daí a música que coloco). Ah... E estou a escrever mais um post sério, qualquer dia arrisco a tornar o meu blogue, num blogue sério. A máquina de propaganda socialista funcionou e não discutiu-se os problemas que afectam a sociedade portuguesa. Eu não sou como os socialistas, apesar de parecer, que dizem o PS é o maior, só aplica excelentes políticas, eu por vezes critico o
PSD e reconheço as diversas políticas inadequadas que o PSD por vezes aplicou ou aplica. Só para dar um exemplo, não há um socialista na Madeira que reconheça que as medidas aplicadas na Educação, há muitos anos na Madeira, foram excelentes, mas essas mesmas medidas aplicadas pelo Governo de Sócrates, foram as maiores. Desde colocação de 4 anos do professores, inglês e informática no básico, uma casa e um computador (sem aquela propaganda socialista do Magalhães)…
Volto-me a referir às eleições, pela primeira vez, participei em algumas iniciativas de uma campanha eleitora. Foi muito positivo falar com pessoas, ouvir a opinião de todos os participantes, mas principalmente dos portugueses.
Em relação ao partido vencedor, não ganhou o melhor partido, nem o menos mau… Ganhou a propaganda e apoiado pela maçonaria! Repare-se como a máquina de propaganda conseguiu afastar estado do país da campanha. O PSD perdeu as eleições no momento em que aquela manchete do DN saiu, e passou uma mentira! A situação das escutas e o silêncio do Presidente da República prejudicou o PSD, e fez o frete ao PS. Neste momento, Portugal tem um Presidente da República fraco para um Governo minoritário e ontem no Hotel Altis, os socialistas cantavam: “a luta contínua, Cavaco para a rua…” Pelos vistos, a vontade que o Sr. Silva fez aos socialistas não o irá servir de muito.
Ah... Os portugueses que estejam atentos: depois do Jornal Nacional da Manuela Moura Guedes, depois do afastamento da direcção do Público, depois dos jornalistas da TSF (alguns que noticiariam a situação do José Lello), está-se a prever o afastamento do professor Marcelo Rebelo Sousa da RTP... Ainda bem que se vive uma democracia saudável!
Resultados regionais
Toda a gente viu, que há muitos sec
tores do PSD que não queriam a vitória. Alguns dos quais eu conheço minimamente, e tramaram completamente. O PS-M devia era estar preocupado e não gritar vitória, porque enquanto o PS a nível nacional continuar a asfixiar a Madeira, o PS-M continuará a comer porrada! Como é possível que ontem o PS-M tenha tido coragem de ir festejar? O João Carlos Gouveia com o Bernardo Trindade conseguiu melhorar das últimas regionais,
mas aqueles que dizem: “é necessário reflexão e bla bla…”, não são capazes de fazer campanha, não são capazes de dar nada ao partido, só querem é lugares, veja-se quantas vezes apareceram notáveis do PS-M na campanha, quantas arruadas fizeram. Se querem lugares falem com o José Lello! Eu conheço muito bem o interior do PS e sei como as coisas se processam, é um partido mesmo todo sectário, não haverá um líder que consiga a união, até assegurar um tachito a todos.
Contudo, não concordo com aqueles que dizem que o PSD-M ganhou, pois perdeu, perdeu votos. Mas continua a ter um grande trunfo, que é o poder apresentar propostas que sabe que serão recusadas e depois acusa o PS-M de ser contra os madeirenses e isso…
Outro fenómeno interessante é o dos pequenos partidos a crescer. O CDS conseguiu uma vitória, voltou a eleger um deputado para AR. Dou os meus parabéns a todos os centristas da Madeira, todavia espero que saibam que gozaram de uma condição única que dificilmente se repetirá.
Outro resultado interessante é o do PND, pois ficou a escassos votos da CDU. O Coelho é um balão de oxigénio na oposição madeirense, e sente-se que não transpira aqueles suores dos tradicionais políticos da oposição madeirense.
O BE ficou aquém dos resultados eleitorais nacionais, apesar de também conseguir a 4.ª posição, penso que esses resultados ficarão a dever-se, principalmente, à estrutura nacional e pouco à estrutura regional que aproveitou, e bem, a onda.
Os ex-socialistas madeirenses parecem que correu algo mal no seu partido, ficando em último lugar a nível nacional. Esperemos que consigam melhorar, sei que tem uma forte candidatura num concelho da Guarda e uma forte coligação em Lisboa.
Nova Governação
Para finalizar este post que já vai longo, a nível nacional, os socialistas estão tão fortes como com a maioria absoluta e os portugueses não estejam iludidos, pois e haverá o “político bonzinho”, José Sócrates só sabe ser o animal feroz.
E existe três alternativas para o PS continuar aplicar as políticas que tanto o deseja:
Ao conversar com os partidos, diz não chegar a acordo e esperar que o seu Governo caia e venha uma nova maioria absoluta.
Faz coligação com o CDS e entrega a agricultura e defesa. Esta é umas das posições que considero mais válida.
Há quem diga que existe um acordo entre Sócrates e Passos Coelho e o social-democrata faça com o socialista, o bloco central. E o Sócrates dá o “cargo de vice-primeiro ministro” ao Pedro. Apesar de achar que esta hipótese remota.
Confesso que veria com muito bons olhos uma coligação entre o PS+CDS.
Liderança do PSD
Quanto à liderança do PSD, apesar de discordar em muitos aspectos, estive e estarei ao lado da líder. Acho que a Dr.ª Manuela Ferreira Leite trouxe uma coisa muito importante para a política portuguesa: um programa sério, sem demagogia e sem propaganda.
Já para o futuro da liderança, penso que todos sabem a minha posição, isto é, esta é a última oportunidade para o Dr. Alberto João Jardim avançar. Acredito num projecto do Dr. Alberto João Jardim. Apesar das enormes dificuldades que encontrará porque o Pedro Passos Coelho está a fazer o favor ao Santana Lopes para a CML, o que pode levar o Santana a apoiar o Passos Coelho. Depois a ala da Manuela Ferreira Leite terá que ter alguém e esse poderá ser o Aguiar Branco ou o Rui Rio, mas pelo que sei, o Rui Rio está com receio. Repare-se que o Luís Filipe Meneses já veio dar a entender que apoiava o Passos Coelho, tal como o Marques Mendes. Estes são os principais entraves a uma possível candidatura do Alberto João Jardim à liderança do partido!
Autárquicas
Agora há que se concentrar nas eleições autárquicas! Estarei ao lado de todos os candidatos do PSD, seja na Madeira, Almada, Lisboa e etc.. Afinal, a minha única aposta com um socialista é para a Câmara Municipal de Lisboa!
Post Scriptum: Recebi hoje os meus boletins de votos para as eleições autárquicas, e destaco que o PND não apresenta candidatos à Junta de Freguesia de Santa Maria Maior. Amanhã ou depois lá estarei com o representante da Presidente da Câmara Municipal de Almada para exercer o meu direito a voto, a minha decisão está tomada.
Antes de mais, uma saudação ao meu amigo, Paulo Portas, o grande vencedor das Legislativas 2009. Em segundo, a todos os eleitores dos partidos, que não o de Sócrates, que lhe puseram uns patins e fizeram perder o Autoritarismo. Em terceiro, a Manuela Ferreira Leite, que se soube portar com pose de Estado, mesmo no momento da não vitória. Em quarto, a Francisco Louçã, o segundo melhor orador da Política Portuguesa, que vai ter de fazer uma enorme limpeza da casa, para tirar de lá todos os parasitas que já andavam a sonhar com Secretarias de Estado, e caíram da cama (vai haver deserções, querido...). Em quinto, aos tomates do Padre Inácio, porque, durante meses, falei com montes de gente, e nunca encontrei uma só que fosse votar P.S.: deve ter sido alguma Aparição da Cova da Iria, os tais 30 e tal por cento que o Vigarista de Vilar de Maçada ainda teve, mas remeto isso para o Entroncamento, e adiante.
Portas é o novo Homem Forte do cenário político português, e tem uma doméstica, chamada José Sócrates, que, quis o Fado, irá ser obrigada a deglutir toda a merda que andou a fabricar durante quatro anos e tal. O mais vazio, servil, estúpido, ignaro, mal formado, rancoroso, vil, venal, cobarde, secundário, falso, Primeiro Ministro que Portugal já teve mostrou que estava à altura de um terço da nossa população. Atendendo a que quase 40% dos Eleitores acharam, e bem, que não valia a pena votar, num momento destes, esses 30% são muito menos, e digamos que há 15% de Portugueses profundamente imbecis, ou que mamaram à grande na teta de Vilar de Maçada.
Agora, que a coisa passou, posso confessar que o cenário mais justo era pôr o Sócrates fraco a suceder ao Sócrates forte. Ele aí está.
Com muito orgulho, posso dizer, que, desta vez, não contribuí para o pôr lá. De algum modo, isso faz de mim um homem livre, e acabou-se-me o fardo que suportei durante estes anos.
Ontem, ainda, pensei que o cenário desta noite fosse lúgubre, mas enganava-me: às 19.30 h., Laura "Bouche" envia-me a primeira sms, a anunciar, matéria cifrada e sigilosa, que o Zé tinha deixado de ser Chávez, e que Portas ultrapassara aquele nevoeiro postiço, que se intitula "Bloco de Esquerda". A partir de aí, reenviei a boa nova para o Eduardo, na esperança de que percebesse que aquilo já era o sinal verde para pôr patins ao Socratismo, nas Autárquicas; a seguir, passei para a Lena (não posso pôr o link, por razões de segurança e privacidade...), que adorou, e foi buscar a garrafa de champanhe; por fim, a Marquesa de Pimpinela, e, aí, já estávamos a dez minutos do balde de água fria que, às 20.00 h., as televisões iriam despejar sobre a Nomenklatura do Largo do Rato.
Foi muito bem feito, e nas Autárquicas, espero que ainda refine.
Eu, que pensava que não iria ter mais sobre o que escrever, enganava-me. Vai um carinho para a Isabel Alçada, que espero que Deus leve depressa para junto de si, e outro para a Câncio, mais as bichas suas amigas. Que se fodam todas.
Às 23 horas, abria eu a minha garrafa de champanhe, e celebrava o fim de um ciclo negro, na Liberdade Portuguesa. Depois, vim para aqui, para deixar algumas prendas. O meu penúltimo doce vai, pois, para José Sócrates, que vai agora saber o que é Democracia. Democracia é aprender a coincinerar a merda que se faz com quem tiver que ser, e que, se não houver ninguém que a coma, fazer um volgo, e voltar a sair pela boca, para o papar ele mesmo, e sozinho.
Por fim, um enorme beijo para a Dona Zeferina Cara Linda, que é bastante cega, e costuma votar sempre no primeiro quadradinho que aparece no boletim de voto. Geralmente, o procedimento é inócuo, e é um critério como qualquer outro, exceto hoje, em que o Partido de Sócrates vinha em primeiro lugar. Graças a Deus que tem uma família avisada, e, mal se soube da coisa, puseram a Dona Zeferina a passear de um lado para o outro, e a entretê-la, para evitar que votasse.
Enorme suspiro, quando o sino deu as 7 horas. Isto, sim, são famílias, nada de rafeiros de Vilar de Maçada: descendência de Alves Redol, porque nós, aqui, somos intelectuais e chiques :-)
Cada povo tem sempre os políticos que merece, aliás, num regime das quintas-essências, os políticos correspondem sempre ao refinamento do que de pior, ou melhor, cada povo tem. No nosso caso, e a acreditar nos pessimistas, nos quais me incluo, estamos em decadência desde o Príncipe Perfeito, D. João II, ou seja, especializámo-nos em príncipes cada vez mais imperfeitos, até acabarmos em coisas rastejantes, como José Miguel Júdice, Zita Seabra ou Fernanda Câncio.
O Primeiro Pior Português de Sempre, num certo consenso da Inteligência Nacional, foi Salazar: no seu tempo, ele incarnou o imaginário rasteirinho dos comedores de urtigas da época. Ser Doutorado, nessas eras, em Santa Comba Dão, era tão extraordinário como uma Pastorinha a ver a Senhora, de saia arregaçada, a esfregar-lhe o clítoris.
Sendo uma mulher mais velha, o vigente regime penal trataria a Aparição como um caso de pedofilia, ocorrido, em 1917, na Cova da Iria.
Nunca nos curámos disso: a miúda gostou, e ficou oitenta e tal anos sem falar, coisa que Salazar adoraria ter feito ao Povo Português, mas só conseguiu 48, alguns deles já por procuração. Ora 48 anos é meio século, e um País, saído de uma Monarquia miserável, que era a risota de toda a Europa, passou para um pardieiro de freiras, calçadas com o mesmo par de botas, enquanto nos passavam por cima a II Guerra Mundial, o Plano “Marshall”, do qual esse cabrão desse Salazar nos excluiu, impedindo que sofrêssemos o “boom” da Europa do Pós-Guerra, continuando embrenhados na apanha da azeitona, no ir ao cu às ovelhas, para fabricar Queijo da Serra, e a deixarmos entregues aos gafanhotos as Províncias Ultramarinas, cujas riquezas, que o velho pensava que iam ser nossas para sempre, nunca foram exploradas, acontecendo o facto mais notável da nossa História Contemporânea, que foi o último Império do séc. XX estar nas mãos do Povo mais miserável de cabeça e haveres que o teve, e os entregar depois, de mão beijada, a um bando de criminosos.
Com isto, perdemos meio século.
A seguir a Salazar veio um gajo que acreditava que ainda vivia no tempo do anterior, e que dizia “Assembleia Nacional”, “Dia da Raça” e bojardas afins, vestindo-se como um manequim dos Anos 50, da Rua dos Fanqueiros, e com uma mulher horrorosa, de “centro-esquerda”, que tinha uma Falha de Santo André ativa, a afastar-lhe, corcundamente, o entre o pescoço e as golas daquelas chitas talhadas em casa, nas quais se costuma embrulhar. Ela é penosa, ele é triste e chamava-se Cavaco Silva, e foi perfeitamente radiografado aqui, e conseguiu que o impulso que a Comunidade Económica Europeia então poderia ter dado a Portugal se esvaísse nas contas bancárias de criminosos do foro económico, como “Migha Âmâghal”, “Feguêiga do Âmâghal” e Cardunha e Coiso, de entre alguns que agora me lembro, embora costume ter a memória extensa. Como Salazar, foi um homem honesto: o primeiro sabia que havia 100 famílias que tinham o monopólio do Roubo; o segundo fingiu que não sabia que as 100 já tinham passado a 200, e baixado muitíssimo de nível. Foi a Era das Piriguetes, e o tempo em que o Taveira e o Bonga arrombavam as "garagens" das senhoras mal casadas da Linha do Estoril.
Cavaco não respeitou nada, nem ninguém: deixou que o cercassem alguns dos piores caráteres da Nação, e roubassem o que, de direito, era da Res Pública. Correu com tudo o que lhe fazia frente, incluindo a mal tratada Ferreira Leite, que se enganava tanto nas contas como ele, e a quem deu, por duas vezes, dois chutos no cu, que ela nunca lhe perdoou.
A Cultura passou a chamar-se La Feria, e a Elegância, Possidonismo.
Num País que vendeu a Agricultura e a Indústria e se passou a especializar no Tráfico das Armas, da Droga e dos Pretos e Monhés, que vinham construir as grandes obras do Regime, as linhas férreas tornaram-se inúteis, e o Aníbal mandou desmontar tudo. A chave metafísica para essa devastação era um elementar, meu caro Watson: os comboios não abasteciam na Bomba de Boliqueime…
Acabou na Ponte, com um facínora, chamado Dias Loureiro, a disparar -- coisa que não acontecia desde a queda do Velho Regime -- sobre o Povo. Parece que depois deu em Conselheiro de Estado...
Quis a História que depois tivéssemos alguns sobressaltos, entre os quais produzimos Durão Barroso, um caso de estudo, à parte, neste texto retórico, e que não será aqui incluído. Dante escreveria, muito melhor do que eu, sobre a figura.
Fica para trabalho de casa dele, se não se importam...
Passado o Milénio, caiu-nos em cima o flagelo do Terceiro Pior Português de Sempre, cujo nome evito citar, mas que todos conhecem demasiado bem. Como os anteriores, vinha de um buraco, que não se chamava Santa Comba Dão, nem Poço de Boliqueime, mas Vilar de Maçada, e é nesses momentos em que eu sinto enorme inveja dos povos que, na biografia dos políticos podem escrever, por exemplo, "nascido em Fifth Avenue, 365...". Nunca nos aconteceu, e vinham sempre de buracos: o Guterres, do Fundão; o Barroso, da Cova da Piedade, e o Aníbal, de Poço de Boliqueime: no final dos mandatos, todos tinham transformado Lisboa num simulacro da sua pequena aldeia e transformado o buraco local num buraco global. Bem hajam: foram os dons Afonsos Henriques e os Sanchos I, II e III da empedernização da Cauda da Europa, e por lá estabilizámos.
Sócrates conseguiu ser pior do que os anteriores, porque, ao contrário do que desejariam, a História não parou: no tempo de Salazar, o tira-tira e o mete-mete eram regidos pelo Método das Temperaturas, e por camisinhas feitas com tripa de ovelha da Serra da Gardunha. Se a coisa se rompia, havia sempre uma agulha de croché e uma alminha branca, que o cura arrumava ao pé dos desmanchos das senhoras casadas que ele próprio montava. No tempo de Aníbal, já estávamos atrasados na fibra ótica, nas linhas de alta velocidade e nas redes viárias internacionais. Com Sócrates, já imperavam os telemóveis, que ele adorou transformar em postos de escuta e a Internet, esplendorosa e global, para o Zé “Magalhães” lá ter o ouvido permanentemente encostado, como a Senhora Maria, no tempo do Salazar, quando o Cardeal Cerejeira metia putos da Casa Pia debaixo das púrpuras e gemia, de mansinho.
Estou completamente de acordo, sobretudo, sempre que ela abre a boca e ejacula, e acho que todos ejaculámos em cima do “Engenheiro”, estragando-lhe o arranjinho, que ele pensava ter acabado com um célebre postal “cheio de angústia”, e afinal acabou no anedotário nacional, a pior prova de fogo de qualquer político, pelo menos, desde Fernão Lopes e Gil Vicente, se não quisermos recuar às Cantigas de Escárnio e Mal-dizer.
Somadas as contas, temos 48+10+5 mais... mais... um enorme ponto de interrogação, porque enquanto Cavaco sabia que era alvo e mortal, e se fazia deslocar numa viatura blindada (!), Salazar acabou osteoporótico, com os cornos da nuca a bater no chão da cadeirinha, Sócrates julga-se um protagonista do Fim da História, e passou das 100 e das 200 famílias para uma incontável nebulosa de rastejantes das migalhas do Sistema. Tem, por detrás de si, aquele horror chamado BILDERBERG, que lhe promete a mesma Eternidade que Chávez pensa ter alcançado ao pontapé. Durante os poucos e desastrosos anos em que destruiu Portugal, Sócrates ainda não se atreveu aos pontapés de Chávez: ficam para um bisar das urnas, que poderão anunciar a última hipótese de variar governos.
Se tiver a vertigem de votar PS, lembre-se que é também nestes que vota, nos sem rosto, sem vergonha, nem perdão.
Acabo como comecei: como disse um dia Vasco Pulido Valente, “O Povo Português não gosta da Liberdade, mas sim da Igualdade”, e a igualdade é invariavelmente o nivelamento por baixo.
Nisso, Sócrates foi emérito, e nivelou sempre por baixo, e, contas feitas, ao longo destes anos houve um único momento em que, no meio de intromissões no Sistema Judicial, nas pressões sobre os Órgãos de Comunicação, nas perseguições dos funcionários, na trafulhice, nas golpadas, na destruição das sobras da Agricultura, Economia e Pescas, praticou o Socialismo: foi o Socialismo do Diploma, em que deu a tantos, nos famigerados C.N.O.s, “diplomas” do mesmo jeito do dele, e conferiu ao populacho o papel que lhes permitiu, finalmente, comprovar, com selo e assinatura, a célebre postura portuguesa do “sei-tanto-quanto-um doutor”. É verdade, sabem tanto como um doutor, sobretudo na qualidade de doutores que este século perdido da História Portuguesa, na qual reinaram os Três Piores Portugueses de Sempre, gerou.
Vá lá, no domingo, e diga-lhe que gosta dele, que se identifica com ele, e que o considera o melhor líder da Cauda da Europa. Deve ser a única coisa na qual concordarei com esse eleitorado demente, eu, Cidadão do Mundo, completamente alheio a esta miserável gaiola de loucas em que nos quiseram tornar. A pior coisa que pode acontecer a Sócrates é ser reeleito, porque vai ter de comer o pão que o diabo (ele) amassou. Acabará a Propaganda e começará a Realidade, meus amigos, que vos asseguro ser... sinistra.
"As revoluções eufóricas são muito sonoras, vêm para a rua, fazem a festa, deitam foguetes, apanham as canas e vão-se embora. O totalitarismo, não. Deitamo-nos descansados, embalados na lenda da Bela Adormecida, e, quando acordamos, já os gajos estão instalados."