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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"IÈSSE IÜ QUÈNE!..." - (Pronúncia restaurada de Boliqueime, Iº Quartel do séc. XXI)

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do Kaos
Quando os blogues andam silenciosos, é sinal de que a Realidade se tornou mais surpreendente do que todas as fantasias dos blogues. Na verdade, acho que ninguém, com dois dedos de testa, acredita no que ultimamente tem sucedido.
A Comunicação Social, como que regressada aos bons velhos tempos da Crise do Diploma, dispara com tudo o que tem à mão, e nós estamos a adorar: nem eles imaginam o trabalho de escrever textos que têm poupado. Em contrapartida, multiplicam-se aqueles que, entre amigos, locais de convívio e trabalho, me dizem, "é, pá, tu até parece que és vidente!..."
Não sou, estou é a atravessar um interminável túnel sem fundo, de Pessimismo, e a minha formação.. enfim, uma delas, levou-me a que delineasse as previsões próximas, de acordo com os piores cenários possíveis. Limitei-me a cumprir velhos preceitos académicos, e acertei em várias "mouches", ou seja, continuo extremamente apto para todas as Lotarias Negras, o que me é espantosamente penoso.
O que tem acontecido é extraordinário, mas cheira à Itália de uma década e tal atrás, em que os Políticos, Industriais e afins foram todos atirados fora de borda por Tribunais draconianos, e, depois, os tribunais draconianos julgaram-se a si mesmos, e acabou tudo desmembrado e condenado. o Messias que lhes seguiu chamou-se Berlusconi, e a Itália mergulhou num clima pré-fascista.
Nós, povo muito imaginativo, e onde as coisas chegam sempre secularmente atrasadas, começámos, desta vez, pelo fim: estamos, como a Venezuela, num autoritarismo galopante, mas esquecemo-nos de limpar, antes, a corja toda, de maneira que isto se assemelha a uma panela de pressão, mas sem pipo apitador.
Para os entendedores de Física, estamos perto do momento em que a conjunção pressão/temperatura irá conduzir a uma explosão.
Aparentemente, isso é irrelevante para o quotidiano do asinino médio Português: nem quando Neanderthal se extingiu, para dar lugar a Cro-Magnon, isso foi notícia de abertura de telejornais, quanto mais agora. Parece que o Belenenses, um Clube dos Pastéis de Belém, ganhou um jogo importante contra o Mantorras, e o "Major" continua inimputável, ao lado de Pinto da Costa, enquanto Aníbal, um saloio de Boliqueime, que devia andar a vender ferrarias por feiras de cobertores no chão de Almancil, como o defunto pai fazia, anda agora de amores com Isaltino, um dos tais autarcas, como a Vassoureira de Almada, que enfiam o que podem ao bolso, mas, e isso é virtude, têm sempre obra feita, ou seja, reeleição assegurada (O Paulo Pedroso que se cuide, porque sei, de fonte segura, que, no primeiro comício de campanha que fizer no Cristo-Rei, há uns rapazitos simpáticos, de cabeça rapada e botas cardadas que já têm uma receção de cinco estrelas à espera dele...).
Aníbal foi declarado Neoplasia de Estado, quando foi Primeiro-Ministro, e, agora, que está cheché, e na ternura das guitarras e dos naperons, teve o azar de ter ascendido a um posto que a História a ele indexará como Pedra Negra. Simplificando, como disse o gajo da CGTP -- e essa é uma novidade destes tempos: as pessoas agora dizem tudo o que pensam, e com palavras muito mais ferozes do que a tão famigerada Blogosfera -- é o Presidente menos adequado, para os tempos que correm, e é, mas isso já eu sabia, desde que lhe vi a fronha, pela primeira vez, em 1985: um tipo sem qualquer projeto de futuro, e a sonhar com as cinzas de um passado soturno. Honra lhe seja feita, conseguiu o que queria, e regredimos, quer na aparência, no debate público, nos fácies horríveis, na beatice, na menoridade histórica, na chacota internacional, aos tempos posteriores à queda da cadeirinha, ou da banheira, como agora consta, do Maior Português de Sempre.
A competição, para mal dos nossos pecados, está agora entre eles, para ver qual dos quais consegue descer ao pódio do Pior Português de Sempre.
José Sócrates tem-se esforçado, ele mais os 26 000 cúmplices que lhe reiteraram a confiança como o Pior Primeiro Ministro de depois da Revolução de 1974. Quando chegar a hora, não vai haver tribunais populares para julgar esses gajos, mas a verdade é que a própria PIDE e informadores também escapou maneirinha, sem que por ela se desse, ou reaparecendo -- o pavor que esses gajos têm de que se abram os arquivos da Torre do Tombo... -- com as caras de Carrilhos e Fernandos Rosas.
Só merda, pá.
Interrogado, não sei se ontem, se anteontem, porque tenho andado pelo "Freeport" a fazer compras, antes de que aquilo feche, como a "Independente", se não seria necessário enveredar por medidas extraordinárias, para combater a Crise, percebeu-se que ele nem sabia que estava em Crise, e continuou a falar das obras nas Escolas Secundárias (!), da injeção de capitais na Banca (!), e, maravilha das maravilhas, na Banda Larga (!)
Sempre que me falam de Banda Larga, lembro-me da Maria Helena Sacadura Cabral, da Maria João Avillez, do Hermann, da Câncio, do Zezé Castel'Branco e dos sinais no cu, do Pedroso. Vão-me dizer que é Pavlov, mas eu acho que é um equívoco, já que a oscilação, prevista na "Origem da Tragédia", de Nietzsche, ou no "Barroco", de d'Ors, prevê que a banda larga, quando mesmo muito alargada, de repente, sofra um solavanco, e se torne em banda estreita, isto tudo através de milagres da fé e causas naturais.
Vai ser um fru...
Politicamente, quando se fala de Desemprego, de destruição desenfreada da Economia, de pessoas a caírem no abismo das dívidas e de empresas galopantemente insolventes, de derrapagens financeiras incontroláveis, de uma Função Pública que passou, no período da "tanga", de 700 000 para 900 000 efetivos, sem contar com os novos contratados do BPN; quando se fala de "Freeport", de novas absolvições de Pinto da Costa, de listagens de agentes secretos postos na mão da Paneleira de Vilar de Maçada e sua concubina do "Diário de Notícias"; quando a Procuradoria se está a entrevistar a si mesma e ao papel que procuradoras com maquilhagem de mulheres de mau-porte desempenham, de toda a casta de promiscuidades, da existência de uma linha contínua Ponte Vasco da Gama/Freeport/BPN/Aeroporto de Alcochete, com todos os nomes fedorentos de Mira Amaral, Ferreira do Amaral, Oliveira e Costa, Sócrates e Kusturicas anexos, com o velho cheché, o tal tio rico pai do filho do tio dele que consta por aí que também circula muito airoso pelas saunas gay, e não só em Shaolin, e também era deputado municipal em Setúbal, aquando do criminoso abate de sobreiros, que depois passou para a "Nosferata" Nobre Guedes e a sua rica casinha, construída na zona protegida da Arrábida, e mais um milhão de coisas que têm vindo a suceder nestes fins de semana atrás de fins de semana negros, e o gajo que diz que está a investir na... Banda Larga,
eu páro,
olho-o bem nos olhos,
e digo-lhe: "Sr. Agente Técnico de Engenharia, José Sócrates, eu sei que o seu sonho é igual ao do pulha Hugo Chávez, até porque já se citam um ao outro, mas nós não viémos aqui para falar do estado do seu cu, mas do estado real do país. Eu sei que o senhor é fraco em tudo, sobretudo cultura geral, mas, quando o Povo lhe fala da ruína e o sr. lhe responde com a... Banda Larga, isso só me faz lembrar a Maria Antonieta, e os seus célebres brioches, quando o Povo lhe clamava, debaixo da varanda, por pão...
O senhor, por acaso, lembra-se do que aconteceu depois?..."
(Duo de alarme no "Arrebenta-SOL" e em "The Braganza Mothers" )

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