Estes últimos anos têm-me corrido mal… Talvez tenha conseguido descobrir o que mais me tem atormentado e, supostamente, não sei se me conseguirá aliviar estão tensão negativa que me deprime e magoa, mas creio ter identificado o que sinto e, se calhar, é o primeiro passo para conseguir alcançar o estado de ataraxia necessário à minha sobrevivência intelectual. Tendo vivido confrontado com uma raiva interior em relação ao que vejo no meu país e às coisas que sobre ele vou sabendo, parecia-me que havia em mim um sentimento muito forte que não sabia descrever convenientemente.
Os últimos dias foram pesadamente cáusticos e entre as notícias de corrupção e de incompetências, tão grosseiras que só podem esconder ainda mais corrupção e vendo uma prepotência tão cínica e arrogante, que só pode advir de um sentimento de confiança na absoluta impunidade e servilismo, em que já nem se colocam máscaras tal é o avançado estado das coisas e, pelo contrário, parece fazer-se alarde desse estado de podridão para demonstrar à saciedade o que é viver gozando com as leis e com todo um povo, como se estivessem num concurso público de vigarice e pulhice, onde a única regra é não haver regras e nem o céu e o inferno são limites, descobri que o que sinto é nojo.
Nojo, por ver o que vejo e que todos vêm sem se parecerem importar nada, nojo pelo cheiro pútrido a que todo o país tresanda, nojo por aqueles que vejo rir nos seus corcéis dourados, nojo pelos outros que rapam o fundo das panelas comidas pelos risonhos que as comeram e pouco mais deixaram que os restos da sua baba peçonhenta, nojo por não ver vergonha, nojo por não ver revolta, nojo por pensar que terei que criar os meus filhos, sem saber como, neste país nojento em que tudo à minha volta me enoja e em que a minha própria esperança me mete nojo. Portugal tornou-se nisso e não vislumbro remissão sem que o sangue da canalha miserável que vai rindo lave os prostíbulos onde nasceram, vivem e nos comem e onde o seu sémen abominavelmente peganhento ainda vai secando.
Os últimos dias foram pesadamente cáusticos e entre as notícias de corrupção e de incompetências, tão grosseiras que só podem esconder ainda mais corrupção e vendo uma prepotência tão cínica e arrogante, que só pode advir de um sentimento de confiança na absoluta impunidade e servilismo, em que já nem se colocam máscaras tal é o avançado estado das coisas e, pelo contrário, parece fazer-se alarde desse estado de podridão para demonstrar à saciedade o que é viver gozando com as leis e com todo um povo, como se estivessem num concurso público de vigarice e pulhice, onde a única regra é não haver regras e nem o céu e o inferno são limites, descobri que o que sinto é nojo.
Nojo, por ver o que vejo e que todos vêm sem se parecerem importar nada, nojo pelo cheiro pútrido a que todo o país tresanda, nojo por aqueles que vejo rir nos seus corcéis dourados, nojo pelos outros que rapam o fundo das panelas comidas pelos risonhos que as comeram e pouco mais deixaram que os restos da sua baba peçonhenta, nojo por não ver vergonha, nojo por não ver revolta, nojo por pensar que terei que criar os meus filhos, sem saber como, neste país nojento em que tudo à minha volta me enoja e em que a minha própria esperança me mete nojo. Portugal tornou-se nisso e não vislumbro remissão sem que o sangue da canalha miserável que vai rindo lave os prostíbulos onde nasceram, vivem e nos comem e onde o seu sémen abominavelmente peganhento ainda vai secando.
Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
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