BlogBlogs.Com.Br

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Correio da Lola: "A Queda do Muro de Berlim afetou o negócio do sexo no Conde Redondo?..."




Querida Lola:
Sou muito dado à beatice, e acho que o Terceiro Segredo de Fátima era mesmo a queda do Muro de Berlim. Ouvi dizer que na defunta República Democrática Alemã as pessoas recebiam salários baixíssimos, não tinham dinheiro para comer, viviam amontoadas em quartos, e a informação era toda filtrada, para que nunca se soubessem as verdades. Os tribunais estavam ao serviço de uma "Nomenklatura", e havia uma Polícia Secreta a espiolhar tudo e todos. A queda do Muro foi um grande dia para a Alemanha, mas gostava de saber se também foi um grande dia no Conde Redondo!!!...


(Joaquim Robalo, Fornos da Senhora da Bemposta)


Querido Joaquim:
Como sabe, nós somos muito mais de grandes noites do que de grandes dias, e as grandes noites são agora "cosa rara", nos tempos que correm... Quanto à República Democrática Alemã, olhe, até fiquei com a pelezinha toda arrepiada, porque pensei que você estava a falar do Portugal de José Sócrates, afinal, era engano, porque nós até temos o "Magalhães", a Meo e a Zon de fibra ótica, e a Senhora de Fátima, graças a deus, mas... olhe..., querido, eu adoro muros, são sempre sítios onde a gente pode fazer o servicinho, mais às escondidas, não é como agora, com o Monhé da Câmara, em que temos de fazer tudo à vista, nas bordas dos passeios e onde calha. A nossa esperança é que os vãos de escada emparedados pelo Santana Lopes sofram a sua "Perestroika", para a gente não ter de andar nesta permanente "Glasnost", que é ter de mamar e levar no cu em plena calçada. A moral pública devia reservar-nos salas de chuto, de mamada, e "Cameras de Follar", como já há na vizinha España. Aqui, se não forem os "drógados" a esfurancar os tijolos das portas, não haveria um mínimo de privacidade, e a gente arrisca-se a apanhar doenças: ainda no outro dia, estava ajoelhada no nº 35, onde moram três sem abrigo da RDA, com dois brasileiros a mijarem-me para a boca -- uma raridade -- e senti uma picada no joelho, pensei logo, "deve ser o mosquito do dengue, vou sair daqui toda morta e cheia de febres...", graças à santa, não era nada, era só um drogado que tinha lá deixado a seringa, e aquilo espetou se me no joelho, mas saiu bem. Quanto ao Muro, querido, que saudades: nessa era, a gente aprochegava-se do betão, e vinha logo uma farda alemã, dizer-nos, "se te aproximas mais, eu fodo-te!..." agora e aqui, com a crise que cá vai, as poucas fardas que vêm ter comigo é só para dizerem, às 4 da manhã, "anda ali atrás, querida, que está mais escuro, para me foderes todo..." Que miséria...

0 commentaires:

Protesto Gráfico

Protesto Gráfico
Protesto Gráfico