S.P. – Orlando?...
O.L. – Sim, amor…
S.P. – Hoje, estou aqui sozinha, estou doida por uma de sex-phone…
O.L. – E eu ?... E eu?... (risadas) Aqui sozinho, na redacção… (risadas) Não tens nada que se coma?...
S.P. – Tenho aqui as páginas da Marluce, sexy-hot…
O.L. – Bute nelas, gostosa, vamos a isso… Vou pô-“lo” já de fora… (risadas)
S.P. – Era assim… Lembras-te da tal casa, na Av. das Forças Armadas?...
O.L. – Sim..
S.P. – Todos eles desmentiram, mas todos lá iam, está aqui tudo no Processo…
O.L. – Mas parece que não era aquela porta…
P.S. – Ó, filho, por amor de deus, tu, quando estás com tesão, pensas lá tu em portas: tu vais é direitinho à cama (risadas)… Então, é assim: a Marluce tinha mandado instalar um colchão de água na casa da enfermeira, uma coisa que ainda não há cá, ela tinha contrabandeado do Brasil, levava 500 litros de água lá dentro, tu deitavas-te, parecia que estavas todo afundado, ela punha-se lá, de perna aberta, e depois começavam a vir os putos. Era o Jogo da Língua de Gato: quanto mais novo fosse o puto, menos áspera tinha a língua. Ela fechava os olhos e era logo abocanhada…
O.L.. – E quem é que dava as ordens?
S.P. – Nesta fase, era o Embaixador: tinha aquela experiência de protocolos, primeiro vais tu, depois vai ele, este, antes de aquele...
O.L. – E a outra?...
S. P.– Ficava toda espojada, no colchão de água, de olhos fechados, a tentar adivinhar, pela aspereza da língua, quem era o puto…
O.L. – E nunca se enganava?
S.P. – Claro que se enganava. Uma vez disse que era o “Kifas” quando era o “Rambo” que a tinha estado a lamber, e o castigo foi o C***s C**z, que veio de lá, saltou para o colchão e deu uma canzanada aos dois.
O.L. – E não havia gritos, os vizinhos não reclamavam?
P.S. – Repara, amor, isto era tudo mesmo ao lado da Feira Popular, aproveitavam a altura em que o sonoro aumentava, para fazerem a merda toda… (pausa) E há uma coisa que tu não sabes…
O.L. – O quê?
S.P. – (pausa)... Estás a gravar, não estás?...
O.L. – Sim, claro…
P.S.- (pausa)… É assim: quando o carrinho chegava ao topo da Montanha Russa, via-se, pelas janelas, TUDO o que eles estavam a fazer lá dentro…
O.L. – Quer dizer…
S.P. – Quer dizer que há muita gente (pausa)… muita gente importante (pausa)… muitos nomes que eu te vou depois mandar por fax, que não chegavam a ir lá a casa, mas ficavam a ver tudo, de binóculos, da Montanha Russa…
O.L. – Um nojo…
P.S. – Sim, um nojo… (pausa)… ai, Orlando, se tu visses como eu já estou húmida, só de te ler isto…
O.L. – E eu já estou com “ele” na mão há horas (risadas)… E a enfermeira?... Fala-me da enfermeira, adoro cenas que metem enfermeiras!...
P.S. – A enfermeira estava bué senil. Ou estava de banco, ou dava, volta não volta, entrada nas urgências de Santa Maria, com um A.V.C.. Isto era todas as semanas: mal ela deixava a casa livre, o Carlos Mota telefonava ao Cruz, que telefonava ao Cândido Mota, que ligava ao Fialho, que, por sua vez, chamava o Letria, e ele punha-se à janela, a fazer sinais de fumo, para a varanda do Embaixador, que é mesmo defronte, na esquina do Campo Grande, e vinham todos em bando, comer os putos.
O.L. – Mas aquela porta não dá para uma empresa?...
S.P. – Sim, mas estavam todos pagos. Aliás, parece que nas horas de maior confusão, a empresa fechava as portas, subiam as escadinhas, todos muito pé ante pé, e punham-se a escutar, à porta, a rebaldaria que ali ia dentro… Aliás, aquele prédio era todo assim: no Esquerdo, atacavam os pedófilos, no Direito, estava alugado, em “time-sharing” aos rabetas do Largo do Caldas: quando chegava a altura dos orgasmos, tu nunca tinhas a certeza de ser a Marluce ou um ministro qualquer da Defesa, da Saúde, ou do Ambiente, a ganir (risadas)
O.L. – Tudo a levar no b’jão… (risadas)
S.P. – E a pedir por mais… (risadas)… que isto quando se começa (risadas)… Mas o melhor vem depois…
O.L. – Atão?...
S.P. – A outra, depois de ter sido lambida por tudo quanto era sítio, levantava-se do colchão, calçava uns sapatos de salto de verniz preto, punha um cinto com dildo…
O.L. – Com dildo?...
S.P. – Sim, um cinto com um caralho de borracha preta atarrachado, com uma fivela que aperta atrás das costas, e começava a dançar a “Dança dos Sete Véus”...
O.L. – A da “Salomé”, do Richard Strauss?...
S.P. – Qual Strauss, aquilo era mais de dançar a rumba, ou a morna, tipo Cesária Évora, e dançava, e dançava e dançava, muito badalhoca, parecia o sanbódromo do Rio, em dia de Dança do Silicone, e ainda eles estavam a papar os putos, e já ela lhes estava a começar a saltar para cima, e a começar a enrabar, uns atrás dos outros!...
O.L.- Quem???...
S.P.- Amor, a enrabar os que estavam lá, os embaixadores, os políticos, os generais, os da TV.
O.L. – (pausa)… Ui, que tesão!!!... Pára um bocado, senão, venho-me!...
S.P. – A quem o dizes… queres ouvir, vou meter agora o auscultador todo aqui dentro, na rata, para tu poderes ouvir como eu estou toda molhadinha...
O.L. – (pausa)
S.P. – (pausa)
O.L. – (pausa)
S.P. – (pausa)…Estás a bater?...
O.L. – (pausa)… sim… estou... Conta mais… Mas diz os pormenores todos, que é para eu me vir depois…
S.P. – Já vai...
O.L. – Mas isso que tu me está a contar é muito grave: tu estás-me a dizer que a Marluce enrabou a Classe Política Portuguesa toda…
S.P. – Toda, não, amor… quase toda.
O.L. – Bem, isso é um escândalo!...
S.P. – Pois, Por isso é que esta merda nunca mais avança… Imagina o terramoto que ia ser na Opinião Pública.
O.L. – Pois…
S.P. – O J**me G**ma adorava que a Marluce o encavasse, o Ri**o tanto se lhe fazia, o da Mamária fazia-se de esquisito, mas depois ronronava, com aquilo tudo já lá dentro, parecia um gatinho da Segunda Internacional…
O.L. – E o F***ro?...
S.P. – Esse era o pior, começava sempre a correr, de um lado para o outro, a correr, a correr, a correr, e a berrar, e a espumejar e a resfolgar, parecia um porco na matança, até que ela o encostava a um canto, com ele ainda a soltar babas por tudo o que era boca de charroco, e a “dizer que não, que nunca, que nem que aquilo fosse a luta da vida dele ela o havia de conseguir enrabar!…”
O.L. - Um bravo!...
O.L. – E ela?...
S.P. – Dizia-lhe sempre que se acalmasse, que ele não era o primeiro nem, se deus quisesse, haveria de ser o último, e que o que ele tinha de fazer era, mas era, de descontrair as bordas, que aquilo não custava nada, que o que custava era a cabecita, tudo o resto era pescocinho…
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(fim da gravação)
1 commentaires:
A vaca da brazuca sempre gostou muito de investimentos!
Mas eu vou por a boca no trombone, adoro trombonar até ao fundo e engulir ahahahahah!
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