Imagem do KAOS
Hoje, "en passant", encontrei-me com o Grão Titular, e a tirada foi a mesma: "olha, não ando com vontade nenhuma de escrever..., e é um facto.
Há uma frase da Laura "Bouche" -- acho que vou aconselhá-lo a mudar de "nick, porque o que está agora a dar é ser "Brochelle" Obama... -- e, ah, sim, a frase é muito boa: diz que Kafka, se tivesse vivido em Portugal, não tinha escrito livro nenhum, por ter tido de passar a vida a resolver situações do quotidiano.
É uma verdade, quase lapidar, quando não roça o limite do insulto ao que de mais íntimo existe na natureza humana. Neste preciso instante, os eventos sucedem-se uns aos outros, nesta pocilga, a um ritmo que não merece comentários e não desperta quaisquer sorrisos, nem merece textos, nem comentários. Se me pedissem para selecionar as melhores do mês, acho que ia à das vítimas de Entre os Rios terem de pagar as custas do afogamento involuntário, que a incúria do Estado facultou aos seus familiares, o que, num país decente, teria provocado uma tal onda de indignação que teriam rolado cabeças gradas. Não rolaram, rolaram encolheres de ombros, e a tradicional frase, "já se esperava".
Em Portugal, nada se resolve, tudo se arquiva, tudo prescreve.
A imagem do KAOS fez-me lembrar exatamente o mesmo momento em que vi, sentados, lado a lado -- sentar, num programa de televisão, suspeitos e gente assim assim é uma forma de branqueamento subliminar, mas não vou perder tempo com isso -- Leonor Beleza e o Soares Pai. Não perdi mais do que dois minutos, porque percebi que estavam ali para ser "lexivados", mas achei estraordinária a frase do velhote, quando disse que "quando se entrava para a Política, se tinha de deixar os negócios (!)", coisa que ele, como se sabe, muito cordatamente, praticou ao longo da sua longa carreira política e pós-política, honra lhe seja feita. A Beleza sorria, suponho que com o seu célebre Esgar Hemofílico, só comparável com as maravilhosas propostas de Paulo Pedroso para o seu campo de abate de Almada. Não percebo porque é que ele não estava no debate, que, aliás, podia ter sido estendido à mãe Jeová do Sócrates, e ao Pinto da Costa, uma coisa assim, maneirinha, e depois faziam todos "1,2,3!...", e lá se iam embora outra vez.
A Gripe dos Porcos é outra coisa que me anda a preocupar profundamente. Depois do "Não-foda", lançado pela moda da Sida, vem agora o "Não respire", que também é um luxo.
Para mim, é indiferente, porque sou praticante do sexo com asfixia, portanto de cada vez que me dizem para não respirar, eu fico imediatamente à espera de que as mucosas sexuais me sejam estimuladas. Parece que, com a contenção, até isso está atrasado: neste momento, trata-se de vender os enormes "stocks" daquela porcaria que foi feita para a Gripe das Galinhas. Como não pegou com as galinhas, avançaram para os Porcos.
O Porco é um animal simpático, desde que não ocupe cargos da Administração Pública, acima de um certo patamar. O seu metabolismo é muito semelhante ao humano, e a fisiologia idem aspas aspas, pelo que até se diz que se Dias Loureiro não tivesse ido a Conselheiro de Estado, talvez nunca tivesse passado da Bairrada.
O resto são arredores: poderia utilizar armas químicas contras os cartazes da Ferreira Leite, com aquele seu desvio do eixo ótico, que a leva a ter um olho no mofo e outro no passado, e atacar-lhe o eterno colar de pérolas num daqueles meus textos de caixão à cova, mas, até às Europeias, não vou hostilizar ninguém que possa servir de apoio para vexar Vital Moreira e o partido-carroça que o estalinismo recauchutado leva atrelado a si. O mote é "tirá-los" de lá, o mais rapidamente possível, e com o apoio de quem quer que seja. Nas Autárquicas voto Santana, chateie isso a quem chatear, pois já decidi que a bandalheira é um "modus vivendi" tão digno como manter o Constâncio à frente do Banco de Portugal. Se Santana decidisse transformar esta merda num enorme casino, entre Minho e Algarve, eu punha um ar sério, e perguntava, "e por que nao?...", mais vale isso do que arrumar o Crime nas Fundações Champalimaud, ou desviá-lo para poleiros dourados, em Paris, e cidades do Terceiro Mundo afins (se alguém souber onde estão a morar o Ferro Rodrigues e o Carrilho, agradeço, sinceramente, que me informem...).
Quanto à Gripe dos Porcos suponho que não afetará Ana Gomes nem aquela mulher a dias que os Comunistas inisistem em pôr como cabeça de lista para as Europeias: será que ainda não perceberam que aquilo só fechado numa cozinha, com uma touca, a enrolar croquettes?... O problema não é meu, porque nem comunista sou, apesar de enfiar chouriços no cu, e nunca publicarei estes textos em livro, pelo que nunca me "guinotearei", por muito que isso custe a almas boas, que pensavam que eu tinha pretensões.
As minhas preetensões não são deste mundo.
Tudo o resto é Orwell: há Porcos, há Gripe dos Porcos, e há a célebre frase que diz que os porcos são todos iguais mas há uns mais iguais do que os outros, pelo que se pressupõe que a gripe não atingirá nenhuma figura chave do Sistema, já que a coisa foi cozinhada, à medida, exclusivamente, para o patamar dos "coitadinhos".
Felizmente.
( Duo no "Arrebenta -Sol" e em "The Braganza Mothers" )
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