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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Os perigos dos discursos xenófobos em tempos de "crise": a posição da Igreja Portuguesa e do Vaticano

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas



Escolhi para falar do Dia do Amor Conjugal, este livro que vos aconselho a ler, que permite conhecer melhor o Cristianismo.

Claro que fico preocupado com uma Igreja Católica fechada na sua Doutrina que não é a de Cristo, que demora imenso tempo a pedir perdão por no passado ter adoptado posições persecutórias a judeus, jesuítas e vários dissidentes ou críticos do Vaticano.
Uma Igreja Católica que muito lentamente reconhece as evidências da Ciência, que em última análise não colidem intrinsecamente com as mensagens principais de Cristo.
Que ainda não reviu Darwin.
Que ainda não autoriza o casamento dos padres, dos casais divorciados e a ordenação de mulheres.
E que teme os homossexuais, teme a emancipação da mulher. Muito a custo aceitou a evidência de padres pedófilos na sua hierarquia.

Como que vigilantes da moral, resquícios da Inquisição, o Vaticano ainda não se abriu ao que Cristo ensinou: a fraternidade, o amor e o perdão entre Irmãos.

Ainda em relação à homossexualidade a posição da Igreja Portuguesa é lastro de segregação e até temor partidário.

Temos uma ecologia social ainda pouco clarificada.Não é apenas um manancial de novos negócios: praias para homossexuais ,séries televisivas lucrativas só porque abordam o lesbianismo e o assumir a homossexualidade dos seus actores. Mas às vezes, sem nos darmos conta, fingimos a nossa pulsão homossexual.

Como por exemplo o fenómeno Ronaldo. João Coutinho descreve e bem em mais uma exclente crónica: [eram] centenas de adultos, mergulhados em reflexão aturada, em busca das chuteiras geniais.
Mas o pior veio a seguir: páginas e debates com declarações embaraçosamente homoeróticas. São as pernas de Ronaldo. O tronco. A elegância. Não sei se alguém falou dos mamilos, mas é possível. Verdade que o futebol sempre serviu para isto: para que os homens pudessem expressar as suas pulsões homossexuais sem sentimento de culpa. Só assim é possível explicar a paixão masculina por rapazes de calções curtos, a correrem pelo campo e, em caso de golo, a abraçarem-se e a acariciarem-se com os seus corpos suados.

Não é desejável a guerrilha parte a parte, o medo, o separatismo, a guetização, a desinformação. As visões maniqueístas são dolorosas e traduzem em mais obstáculos e dispêndios de energia no sistema social que se deseja o mais disponível à brincadeira, ao lúdico, ao convívio, a uma produção de bens mais amiga do ambiente e tempo tempo ao cuidado de todos para todos e com todos os seres viventes.

Feliz dia possível dos Namorados!

A ler também todas as crónicas de JPCoutinho



2 commentaires:

Licenciada disse...

Dominus tecum

Rebel disse...

É verdade que em todos os desportos agonísticos por equipas há uma homossexualidade lactente. Vivi isso, como todos quantos já praticaram desporto federado, com algum nível, em que a unidade da equipa se cria não só na definição dos objectivos e estratégias comuns, mas se solidifica através de rituais que expõem esa componente. Mas não foi isso que me fez deter no post. Foi um acontecimento esquecido no breve libelo à greja Católica e que considero das maiores patifarias alguma vez feitas a alguém. Talvez só o que fizeram ao Vale e Azevedo e, há dois dias, a Salgueiro Maia, se aproxime deste nível. Refiro-me ao pedido de desculpas que a Igreja Católica quis fazer às tribos índias brasileiras nas pessoas dos seus chefes pelas atrocidades que cometeu na colonização do Brasil. É que à volta do sítio onde os bispos brasileiros se propunham pedir, olhos nos olhos, desculpas aos descendentes daqueles que chacinaram (18 milhões, se não me falha a memória), foi montado um cordão de segurança que não deixou os chefes índios passarem... De forma que ... o problema ficou resolvido por falta de comparência de uma das partes...

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