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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Nota Breve: Alice no País de Alcochete

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do KAOS
Não, não é o "Freeport", por amor de deus, ando farto do "Freeport": numa democracia consolidada, o Governo já tinha caído e o Ministério Público estaria em muitos maus lençóis. Quero antes falar de coisas positivas, do Futuro, dos Amanhãs que Cantam, e de entre esses amanhãs que cantam, há um que me deslumbra, a mim, néscio, sócio nº 21 da Liga dos Últimos, e quarta-classado dos antigos: o Aeroporto de Alcochete.
Alcochete... Alcochete... ora, Alcochete diz-me qualquer coisa...
Claro que tudo isto são coincidências semânticas, num mundo em que, como diz a "fag-mother", Margarida Rebelo Pinto, não as há.
Houve um tempo, chamado da Carochinha, em que toda a gente ladrava que, em redor do Pântano da Ota havia interesses sinistros, negociatas lúgubres, figuras-sombra que nunca surgiam, mas que já faturavam, ainda a pista de aterragem não estava construída. Neste país, que é feito de presunções e de más-línguas, toda a gente então sussurava, "Clã Soares", "Clã Eduardo dos Santos", e outros clãs etc. do mesmo género.
Um belo dia, fez-se o "JAMAIS", o Verbo, a Palavra do Génesis, que tanto criava o Mundo como o Negócio, e Aeroporto passou para a Margem Sul, para Alcochete, e vai já avançar em Abril.
Deus meu... agora que tanto Jeová, tanto Parkinson, tantas "luvas", tantos desmentidos, tantos Príncipes Ingleses, tantos moradores da Côte-d'Azur -- j'aime bien la Côte-d'Azur, moi... :-) -- tantos homens de lata com voz de porcelana lascada, louça das caldas na glote, e procuradoras pintadas como putas do cais sodré, enfim, depois disto tudo, comecei a pensar no Golpe do Cigano: era uma grande jogada ter faturado milhões na especulação da Ota, e agora, como quem não quer a coisa, numa daquelas do "nós-até-somos-bonzinhos-e-vamos-ceder-à-opinião-pública, passava-se a mesma jogatana para a Margem Sul, para ALCOCHETE, e repetiam-se os mesmíssimos negócios da Margem Norte, mas validados pela Opinião Pública, o "pagode", como dizia a minha avó.
Parece que há uma preta, filha do José Eduardo dos Santos, um cavalheiro, ao nível do Chávez, do Kadafi, do Fidel, do da Coreia e dos que governam a Birmânia e o Zimbabwé, que é dona de 1/4 de Angola. Ora, sendo Angola tão grande, e estando a carapinhosa a investir forte em Portugal, BPI e "Sol", por exemplo, é natural que brevemente, através de uma regra de três simples, 1/4 de Angola se torne inesperadamente equivalente a 40 Portugais... Alcochete, por exemplo, até era uma boa para esse pessoal...
Como dizia o Cigano, nada melhor do que vender o que não é nosso, e, melhor ainda, vendê-lo duas vezes, e, de preferência à mesma família.
Acho que vou para a cama, pensar no assunto. Morfeu é bom conselheiro, bem melhor do que Marcelo Rebelo de Sousa, pois claro, não acham?...

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