BlogBlogs.Com.Br

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Ó, Albino Almeida, põe-me uns binóculos, e atualiza-te para o real desastre que hoje é a tua querida... "Família"!...

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do KAOS
Para quem me conhece, sabe que sou bem-humorado, detesto preconceitos e sou tolerante, mas, quando embico com um qualquer quisto, ai do quisto!...
Durante meses, ouvi falar desse Albino, mas pensava que era algum treinador de Futebol, e não percebo peva de Futebol, até que me disseram que esse gajo era... Pai, enfim, pais são como os chapéus, há muitos, mas este era um pai especial, meu deus, o que será ser filho de um gajo com ar de agente auxiliar de uma Agência Funerária)..., e é por isso que as crianças crescem cada vez mais infelizes, complexadas, e esmagadas por superegos que nunca chegarão a entender.
Hoje, durante mais uma das greves bem sucedidas, que haverão de levar a Lurdes a afocinhar no chão, "en passant", pela televisão, antes de ir a mais uns saldos do "El Corte Ingles", comecei a prestar mais atenção ao destaque que se dava a essa figura, algo secundarizada, e que é o "pai", ou a "mãe", conforme queiram. Acontece que, muito para lá de tudo o que se possa pensar, ambas essas figuras são o fulcro do atual problema educativo, não querelas entre docentes e uma ministra deplorável, porque o que sucede nas escolas não é mais do que o posludium do que vem herdado de casa.
Para o Senhor Albino, desde já, um comentário à maneira: acho que tem cara de sacristão das arcaicas crendices de Fátima, e os "sacristães" não procriam, ou se procriaram, violaram o voto de castidade.
Pronto, já mordi, passo adiante, e vou debruçar-me sobre aquilo que, exaltadamente, o fariseu clamava deverem ser os "serviços mínimos das escolas".
Portanto, eu vou-lhe retorquir, já que é tão normativo e interveniente, com o que deveriam ser os serviços mínimos da Família, que ele tão quixotescamente pretende representar:
1) Casa casal devia, antes de trazer algum filho ao Mundo, apresentar uma Carta de Procriação, onde tivesse passado, em teste e exame, e que indicasse estar em condições de procriar, para evitarmos as Esmeraldas, as Maddies e as Joanas deste mundo, pobres desgraçadas, filhas da pior ralé humana que a espécie já conheceu.
2) A Escola é um lugar de formação, não um refeitório, pelo que, antes de enviar o seu filho para a aula, se deve assegurar de que vai convenientemente alimentado. Se não pode, informe a instituição, e cada docente deverá ser avisado de que tem defronte de si um pobre ser humano, a quem a crueldade, ou impotência, familiares, ali despejam, para que a "malta se desenrasque". Sr. Albino: Nenhuma criança alguma vez poderá aprender o que seja, se estiver com fome.
3) Sr. Almeida, vá de porta em porta, e impeça as famílias desestruturadas de despejarem os seus filhos na Prateleira de Costas Largas do Ensino: verifique -- essa é a sua função -- se as crianças não são torturadas, violadas e abusadas em casa. Sabe que são atirados para a Escola putos que sabem que a mãe se prostitui, o pai está preso e o padrasto se droga, e o espanca?... O Sr. não sabe, mas o professor sabe, e também quer ser avaliado, por esse tremendo e surdo trabalho social que desempenha e lhe não incumbia. Caso o desconheça, Sr. Almeida, esse pronto-socorrismo social não vem nos parâmetros de "Excelência" da incompetente humana, que tutela a Educação. Nem isso, nem coisas piores, que não me atrevo a pôr aqui, para não maldispor os leitores.
4) Sr. Almeida, faça um levantamento dos livros e recursos culturais que a criança tem, ou não tem, em casa: evite que o docente tenha de lidar com autênticos "meninos-lobo", que nunca viram um livro, cujo único multimédia foram infinitas glorificações dos analfabetos do Futebol, e cujo horizonte existencial e linguístico é o quotidiano "ha dem" da mãe e o "caralho-foda-se", do pai, quando está a olhar para os calções transpirados de
5) Sr. Albino, pergunte, em cada casa, quais são os hábitos de higiene das suas... "Famílias". Garanta que a criança não é ostracizada pelos colegas, por dizerem que tem... mau-cheiro. Pode acontecer que o primeiro banho que tome seja na escola, e a escola não tem recursos para dar banho a todos os que se sentem humilhados, e tem de erguer uma permanente barreira de defesa deles, que também não faz parte dos "excelentes" e das quotas.
6) Sr. Almeida, sabe que há alunos que foram excluídos de todas as instituições, e caem em estranhas escolas-alvo, onde os professores são forçados a desempenhar o tal papel dos psicotutores, de que a Finlândia tanto se orgulha, mas que não são objeto, cá, de qualquer preparação prévia?... E sabe por que é que as pessoas se têm de tornar em tutores e ser pais alternativos?... Porque as famílias, ou não prestam, ou não servem. Peça-lhes avaliação por esse trabalho, e exija serviços mínimos no... Lar.
7) Sr. Albino, sabe que há alunos que utilizam, com a maior familiaridade e frequência, o pior calão e os tratamentos mais violentos?... E sabe de quem é a culpa: da família, onde o tratamento corrente é de "cabrão" para cima, e de "puta" para baixo. Não sabia?... Deve ser por frequentar famílias de rodoma de vidro. A maior parte dos professores deste país frequenta famílias reais, e filhos provindos de famílias reais, que soltam constantes palavrões, porque esse é o romance corrente dos seus ambientes familiares. Vá lá a casa, e peça aos pais, que adorarão ser filiados no seu clube de exceções, serviços mínimos de educação. Se apanhar com um taco na testa, não se espante.
8) Sr. Almeida, sabe que muitas vezes os meninos se voltam para o Professor e o ridicularizam, dizendo, "você não acha que anda a perder o seu tempo aqui, a ganhar uma miséria, quando o meu pai, numa noite de tráfico, tira o que você saca num mês?..." Vá lá a casa e diga a esses pais que o tráfico de droga não é uma atividade socialmente venerável.
9) Sr. Almeida, quando ouvir um pai reclamar que as greves são um escândalo, porque não têm onde deixar os filhos, vá lá a casa e grite-lhes aos ouvidos que o ambiente familiar tem de ter reservas e sistemas de acolhimento, a chamada Estrutura Familiar, porque as escolas não são depósitos de corpos, são espaços de convívio de gente em idade e emotividade frágil, não prateleiras para famílias que se esqueceram da palavra "amor", "respeito" e "educar". Se não conseguir nada, peça para a SUA Ministra colocar como parâmetro de avaliação o "entreter" meninos. Antigamente, essa função era atribuída a palhaços e o único que eu vejo neste processo é, curiosamente... você.
10) Pobre Albino: sempre que você receber na sua sala um aluno de ténis rotos e jeans fora de moda, e o vir ser gozado pelos colegas, vá ter com a família e pergunte por que o vestiu assim. Se se lhe depararem grupos familares a viver abaixo do limiar da pobreza, deixe-os em paz, e dirija-se diretamente a esse Governo Torpe, de quem você faz tão bem o papel de Comissário, como os havia nas ditaduras de Leste e Oeste, e que tornou Portugal num abismo de Muito Ricos e Muito Pobres. É o professor que tem de perder tempos infindáveis a reequilibrar estes grupos potencialmente explosivos, tempo no qual não ensina, protege o desprotegido e que, curiosamente, também não entra para a Aavaliação. Tempo de gente muito mal paga para evitar que a Sociedade expluda logo ali, no limar dos 5, dos 6, dos 10 dos 11, dos 15 e dos 16 anos.
11) Miserável Almeida -- não te importas que eu te trate por tu, pois não?... -- faz assim: sempre que te chegue aos ouvidos que os alunos vão armados para as escolas, faz o teu papel, e vai, de porta em porta, revistá-los, um a um, com detetores de metais, para evitar que tenha o professor de ser ameaçado nas aulas, os colegas assaltados e um clima de "gang" a instalar-se num espaço que a grande tradição sempre viu como algo próximo de um santuário, mas que a incúria das tais famílias que tu descinheces e da destruturação social dos Governos das Donas Lurdes e afins permitiu que se transformasse num mero antro de facadas.
12) Obsoleto Almeida: vai de porta em porta, e pergunta por aquelas famílias que preferem andar a feijão e arroz, para que os meninos possam ter os seus fins-de-semana de álcool, droga e discoteca garantido, para entrarem, segunda de manhã, em tal estado que passam as aulas a dormir, ou com "feedbacks" de pastilhas e LSD, que chegam a nem perceber estar em calsse. Vai à porta dessas famílias e exige-lhes os serviços mínimos de Família. Se não cumprirem, põe-nas, caso a caso, em Tribunal: é um favor que fazes a 140 000 afrontados.
Não vou ao 13, porque o 13 dá azar: isto é só um prolegómeno de tudo o que tinha para te despejar em cima, Albino Almeida, e sabe que, quando eu ataco, é mesmo de fugir. Pensa que até estou a a ser simpático contigo, e que o teu conselho 13 é hoje substituído -- "surprise!..." -- por uma bonita imagem: sou eu, a ver em ti uma barata rastejante e servil, a quem hoje me deu para pôr o calcanhar em cima, para te acabar com tanto sofrimento. Dizem que as baratas podem transmitir maleitas, e eu não queria que os alunos de Portugal, do mais pobre ao mais rico, adoecessem, só pela causa do teu insistente rastejar.
Albino: vai-te catar!...
Muito Boa Noite.

(Pentagrama mata-baratas, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")

0 commentaires:

Protesto Gráfico

Protesto Gráfico
Protesto Gráfico