BlogBlogs.Com.Br

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Memória do "The Braganza Mothers I" - "Pequeno Conto Zen"


Hoje, encostado à porta do "Hotel Lisboa", à espera de boleia da Lola, para voltar para os meus papelões da soneca, ali, debaixo dos arcos do Centro Comercial do Martim Moniz -- pernoitar é um direito constitucional... -- vejo uma daquelas velhas sombrias, das cortinas sujas dos últimos andares da zona, a agarrar nos sacos de plástico todos -- aqueles, do cocó de cão --, que estavam no suporte do poste, e a metê-los, furtivamente na mala... Perguntei ao porteiro do hotel o que era aquilo, e ele respondeu-me que era o costume: todas as velhas ali da rua roubavam os saquitos do cagalhoto para os usarem para enfiar carne, e congelar, na arca frigorífica...
Fiquei siderado: era um princípio de reciclagem e de equilíbrio ecológico perfeito, embora afectado de três perversões, perdão, parafilias, sexuais.
Eu explico: quando a velha rouba o saco dos cagalhões, para congelar a carne que dá ao seu cachorro, ela já está, subliminarmente, a pensar na sobrevivência daquela língua áspera, que, no seu rendilhado bordejar vaginal, há uma década substitui a ausência do marido defunto; há, pois, uma tendência Coprófila, de misturar Dejectos com Prazer; por outro lado, sempre que ela enfia carne no saquinho, está a praticar o Picassismo, a parafilia que consiste em ter de passar primeiro na rata os alimentos que vai depois meter na boca; por fim, ao manter gordo aquele canzarrão rodas baixas, e língua muito babosa e pendurada, ela está a alimentar o maravilhoso sonho da Zoofilia....
Coitado do marido, se fosse vivo, ver por quem aquela fiel "Boca da Servidão" o tinha trocado, depois de duas longas Bodas de Diamante...
Conto do Irmão Zen, do Mosteiro Kon-Deh, da Província de Re-Don-Doh.

0 commentaires:

Protesto Gráfico

Protesto Gráfico
Protesto Gráfico