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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Na Morte de Lévi-Strauss


A Lévi-Strauss devo uma fatia importante do meu imaginário. Quando, na Universidade, me perguntam se devem ler Saramago, respondo sempre com pergunta recíproca: "por acaso já leu Proust, Michaux, ou Lévi-Strauss?... Se não, recomendo-os, já agora, se quiser, a par com Álvaro de Campos, e o Almada Negreiros, da fase futurista.
Lévi-Strauss retirou-nos do nosso Europeísmo campónio, levando as mais altas criações do nosso pensamento, o Estruturalismo, por exemplo, para os Trópicos, e essa foi uma justa contrapartida, devida ao rumor dos mitos dos nossos Povos ainda silvestres.
Amanhã, com um pouco de tempo, voltarei a acariciar as suas "Oeuvres", na Pléiade: é um daqueles excelentes momentos em que o luxo do suporte está exatamente à altura do texto. São 71 €, agora, enfim..., depois dos 64 € do lançamento.
Nenhum dinheiro paga estes Gloriosos Trópicos, nem esta Grandiosa Escrita.

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