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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O Sonho Mexicano

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas
Imagem do KAOS
A América é como os lémures, e adora suicídios coletivos.
Já tiveram vários nomes, e os mais recentes foram Reagan, Bush-filho e, agora, Hussein Obama, que os próximos tempos virão a revelar ser ou o Presidente do Grande Canyon, ou o Presidente do Grande Quénia. Como não partilho de quaisquer inclinações racistas, o meu primeiro momento de rejeição -- minto, isto já vem muito de trás... -- mas não interessa, o meu primeiro momento de rejeição foi quando os Órgãos de Intoxicação Social começaram, no seu célebre coro, que em nada me convence, a criar a ideia de uma candidatura suprarácica. Ora, Obama nunca esteve acima das raças: era, é e revelar-se-á ser, uma candidatura de uma etnia minoritária que pretende estender os seus tiques próprios à mais espantosa Sociedade Pluriracial, os Estados Unidos da América.
A coisa tornou-se evidente no "day after" da Eleição: até ali, estava acima de todas as Raças; mal eleito, as trombetas da Intoxicação Social imediatamente afinaram o diapasão por aquilo que estava nos bastidores, e o discurso tergiversou para "O primeiro Presidente Afro-Americano". Fantástico.
Não sei o que quer dizer isso de afro-americano, mas deve estar nos antípodas do Sonho de Martin Luther King, um idealista e um lutador, que sonhou com uma América que um dia não fosse governada com o tema da cor da pele. Pois acabou mesmo nisso: uma América onde o principal problema se tornou na cor da pele, mas eu estou-me zenitalmente borrifando para o assunto, porque não sou Americano, e só desejo que papem agora do lindo cozinhado que fabricaram.
A América profunda, não Manhattan e as suas torres fabulosas, desintegrou-se: as infraestruturas estão obsoletas, as estradas cheias de buracos e as pontes a cair. As avenidas do nosso imaginário, Boulevard Sunset, Beverlly Hills e todas essas coisas do brilho do Novo Mundo estão divididas ao meio, entre zona frequentável e águas impróprias para banho, ou seja, é uma nova reprodução do sistema "favela", das maravilhosas cidades sul-americanas. De um lado, estão as classes médias e os etnicamente não afro-americanos -- queira lá dizer o que disser essa carimbo racista -- completamente arruinados, e estrangulados por um sistema Dona Branca, que os fez perder as casas, os empregos e os serviços de segurança social e seguros médicos. Do outro, ainda pior, estão os "riqueños", os clandestinos e todos os desgraçados, que ainda pensam que a outra metade nada na Cornucópia da Abundância. A Fraude Obama foi fazer crer aos segundos que lhes ia dar a condição passada dos primeiros, equiparando-os ao Sonho Americano, que destruiu a tessitura e a identidade cultural dos estados circumvizinhos. Quando essa massa humana, inquieta, desesperada e sem horizontes descobrir que, mais uma vez, foi enganada, pelos desígnios dos Senhores da Sombra, será difícil segurar a maré dos descontentes.
Lincoln, que o falso Hussein Obama tanto invoca, acabou com um tiro na testa, no Teatro Ford, depois de ter lançado a América para uma Guerra da Secessão, na altura, sequela de um país que se queria tornar moderno, e abolir a Escravidão. Obama vem trazer a nova escravidão de todos os Americanos à sua vaidade e aos desígnios dos planos supranacionais para a Nova Ordem Mundial: a mesma gente, mas mais pobre, mais submissa e mais amordaçada.
O Colapso Financeiro já o conseguiram, com a ruína das populações estranguladas pelo crédito; África estará conquistada, mal a sua população seja exterminada, com as doenças e os criminosos que aí se digladiam em infindáveis guerras alimentadas pelo Ocidente -- Angola é deles!... -- o Protecionismo já aí está, e derivou do colapso das Donas Brancas financeiras, e é um duro retorno ao séc. XIX; o Iraque desapareceu da geoestratégia, por razões elementares: o importante é assegurar agora o domínio do Afeganistão, por onde passa 2/3 do ópio e da heroína, o Novo Ouro do Séc. XXI, e, quando a nuvem nuclear vier do Irão será conveniente que já lá não estejam quaisquer tropas ocidentais. As relações Euro-Americanas passaram por colocar Obamas em todos os postos-chave dos países do Velho Continente: chamam-se Sócrates, Berlusconis, Sarkozys, Merckels, Browns, Putins e afins. Resta a desnuclearização, e isso é a pior coisa, porque está ligada a Irão e Islão.
Curiosamente, o pior Fundamentalismo tem as raízes num país que nem sequer é árabe e tem o maior brio na sua tradição persa: o Irão. Para nós, o flagelo iraniano começou com queda do Xá; para eles, começou quando a idiossincrasia de Ciro foi, na Idade Média, esmagada pela invasão do Islão. O Fundamentalismo Muçulmano é um quisto nos herdeiros do Grande Império Persa, e só se vende qualquer outra versão por pura ignorância história de quem engole hamburgueres culturais. É natural que um povo que odeia o Islão ainda mais deteste ser conotado com o obsceno lado fundamentalista dessa praga monoteísta.
Os Israelitas, flores que nem sempre se devem cheirar, mas que, pelo menos, são honestos, e, quando atacam, é mesmo porque qualquer coisa está lá, e está mal, não fantasias de "armas químicas" e balelas afins, irão marcar a agenda do bilderberguiano Hussein Obama, e fá-lo-ão de modo elementar: ou o senhor se debruça sobre os verdadeiros problemas do séc. XXI, que não são, de modo algum, tonalidades de pele, ou nós pomo-lhe já uma trela, e marcamos-lhe a agenda política. A alta finança americana continua a ser judaica, e, ou o Sr. Obama se porta decentemente, ou fica com as calças na mão, mais uma multidão de tisnados a perguntar-lhe quando é que começa o "yes, we can".
Não começa nunca: o mais que ele tem para lhes dar é a barraca que já tinham e o nível de fraca subsistência, que, doravante, irão partilhar, com todas as outras etnias, ainda mais empobrecidas.
A isso chama-se o Sonho Mexicano, e será a grande herança de Obama.
Quanto ao mundo desnuclearizado, vai ser triste, mas a próxima guerra não será um conflito tradicional, tipo Hamas, com que o pagode ultimamente andou a ser entretido, à velha maneira. A nova arma -- que estava no calendário Bilderberg -- chama-se cyberterrorismo: não precisa de que as temperaturas baixem, para pôr tropas em campo, nos desertos do Médio Oriente; não vai precisar de mísseis caríssimos, de longo alcance, nem de aviões indetetáveis por radares; não vai recorrer a bombardeamentos cirúrgicos: vai fazer uma coisa mais elementar, o Ovo de Colombo, que é entrar nas centrais nucleares iranianas, destinadas a provocar uma chacina no Berço das Civilizações, e destruir, através de ordens informáticas, os sistemas de arrefecimento dos reatores nucleares. Escapa-se-me a Física suficiente para saber quanto tempo leva a derreter o núcleo de um Reator que não é arrefecido, mas vamos lá imaginar que são, sei lá, duas horas. Duas longas horas, em que gajos mal encarados, com barbas de Alá de três semanas, olhando para os monitores, continuam a receber a mensagem de que tudo está bem. Não está: é o sistema informático que está contaminado, e lhes diz que o núcleo infernal está estável, quando, afinal, está prestes a colapsar, e, então, as suas maravilhosas centrais vão-lhes explodir nas mãos, tal como em Chernobyl, tornando aquela zona num Inferno, e obrigando-os a comer o pão que o diabo -- eles -- amassou.
É com amargura que escrevi estas linhas: infelizmente, é assim que vejo, ao contrário dos otimistas e eufóricos do politicamente correto, o Admirável Mundo Novo de Obama.
Coitados de nós, que vamos ter de papar isto, até a coisa se esvair de horrores.

3 commentaires:

JPG disse...

Com licença.

1. Pensava que era só eu quem escrevia "lençóis" nos blogs e também que era só eu quem se estava nas tintas para isso.
2. Parece-me que esta é a primeira vez que leio um "post" parcialmente escrito em "Brasileiro".
3. Se BHO, como parece, não passar de uma marioneta do Grupo Bilderberg, e se, como parece ainda mais, as coisas não correrem lá muito bem, não terá ele o mesmo triste fim de JFK? É que, em qualquer dos casos, não parece que seja com a marioneta que a gente se deve ralar...

Arrebenta disse...

Caro JPG, desde o dia 1 de Janeiro de 2009 que estou a utilizar a ortografia unificada aprovada pelo Oceano da Língua Portuguesa.
Eu, o meu autor, ou qualquer dos seus heterónimos, não voltará a utilizar a grafia antiga, salvo lapso, próprio do período de adaptação.
Quanto a Obama, este blogue sempre foi célebre pelos seus delírios de imagem e de texto.
Este foi apenas mais um :-)

Luis disse...

Prezado JPG, mais nenhum dos meus textos, virtual, ou em papel, será publicado com a grafia antiga.
O meu primeiro poema deste ano, escrito e publicado a partir do Brasil, já a utilizou, como poderá verificar aqui:

http://heartofwax.blogspot.com/2009/01/inscrito-no-tempo.html

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