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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Elogio de Sarah Palin, seguido de louvor ao camarada Vasco "Bush" Gonçalves

Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Anda aqui uma pessoa aguada com uma imagem da Sarah Palin, e o KAOS ainda não descobriu que ELA existe!...
Toda a gente me diz que a mulher é horrorosa, mas acontece que eu até tenho um fraquinho por ela, suponho que devido às minhas "overdoses" cinematográficas, e como já não espero nada da América, sempre que ela aparece, eu não consigo ver mais do que uma telefonista, daquelas que apareciam nos filmes de Hitchcock, e começo logo a roer as unhas, à espera de uma janela indiscreta, de que venham uns pássaros bicar-lhe os óculos, ou de que um monhé, com cara de Obama, afaste a cortina, e lhe dê uma facada, toda nua, com o Alaska, a remoinhar, a remoinhar, a remoinhar, para dentro de um escoadouro de banheira barata.
Acontece que Sarah Palin é um charme. Nisso, já eu tinha dito, o McCain, completamente caído da tripeça, deu um golpe de mestre, ao chamar para a Vice-Presidência uma mulher, coisa que o tisnado dos dentes polidos de branco não percebeu que era fulcral, neste momento dramático que a América atravessa.
Na América, quando o Presidente morre -- coisa que lá deve acontecer de aqui a quatro anos, quando o Presidente McCain tiver um AVC e ficar com a boca como a Zézinha do Largo do Caldas -- o Vice-Presidente toma imediatamente as rédeas, pelo que vamos ter, pela primeira vez, no início da próxima década, uma mulher como Presidente dos Estados Unidos da América.
Sarah Palin sabe estar. Diz as maiores barbaridades que se possam imaginar, é contra aquelas porcarias todas que as pretas porcas de Nova Orleães fazem, de enfiar aspiradores pela rata acima, para sugarem fetos de sete e oito meses; é contra as drogas, e faz bem, porque as drogas matam; contra as bichas, o que faz ainda melhor, porque isso nem existe no Alaska, com temperaturas sempre abaixo de zero, se as coisas acontecessem com a desvergonha com que se passam cá, em que esses degenerados baixam as calças em qualquer sítio, para apanhar nas nalgas, imediatamente as bochechas congelavam e a piça do parceiro caía, rija, e cristalizada, no chão, como um pingo de neve. Melhor do que tudo, todavia, é que ela acha que o Alaska devia ser independente. Para quem olhe para o mapa, até começa a perceber que talvez não esteja totalmente errada: o Alaska está ali colado, no mapa, como se tivesse sido enfiado à força, uma coisa postiça, tipo as injecções de botox da Manuela Boca Guedes, e a verdade é que o Alaska nem era Americano, foi vendido pelo Tzar, se não me engano, por um milhão de rublos da altura, já que aquilo não interessava nem ao menino jesus.
Há, em Sarah Palin, a pose de estado de uma doméstica elegante: de cada vez que a entrevistam -- e eu sou insuspeito, porque nunca vi nenhuma entrevista com ela -- estou sempre à espera de o jornalista, ou a jornalista, porem aqueles ares muito tecnocráticos, da "allure" americana, a falarem-lhe de coisas sérias, e ela a ajeitar permanentemente o carrapito, a tirar uns ganchos de trás, e a enfiá-los na boca, e a ajeitar tudo outra vez, enquanto o jornalista fica com aquele ar sério de quem espera um oráculo da parte dela, e ela "MMmhmMMMmm, exxxpere um bocadddinho, que xxxxxestou a tentar ajeitar este ganxxxxxo... importa-se de repetir a pergunta?..."
Sarah Palin parece saída de "Twin Peaks", do David Lynch: sempre que a vejo, fico cheio de calores, porque ela é uma brasa, que passa a maior parte do ano metida dentro de um gabinete com lareiras acesas a temperaturas de níveis tropicais, a gerir petróleos e a contar tostões de troncos de árvores centenárias, que são serradas, para fazer móveis caros, mais a Sul. Vive cercada por um país do tipo Alto Volta, que é o Canadá, e acho que, ao contrário de Bush, não gosta da pena de Morte, embora ache que deve ser aplicada, sempre que necessário, o que só a dignifica.
Para Sarah Palin, todas as questões do Politicamente Correcto do Decadente Mundo Contemporâneo são resolvidas com um sorriso, um ajeitar do penteado, e uma gargalhada de mulher que está bem na vida e muito bem com o seu corpinho jeitoso: acha que os Russos são governados por uma Máfia que se dedica a todos os tráficos, desde o humano, ao de armas e plutónio, e não erra, de maneira que, sempre que a Comunidade Internacional consiga lascar mais uma pequena fatia da Rússia e torná-lo num pequeno alaska da zona, na boa, porque ensinar Ocidente é uma coisa de que toda a gente, sobretudo as "lascas", gosta.
No entanto, após tudo isto, o que se espera mesmo da Presidente Sarah Palin é uma atitude de força, e definitiva, contra aquele cancro, chamado Ahmadinejad, que está apostado em destruir o seu povo, os Persas, nação milenar e civilizadíssima, e os países em redor, à pala de uma porcaria chamada Fundamentalismo Islâmico. Ora, nada melhor, para combater um fundamentalismo religioso, do que um fundamentalismo laico, aliás, o sonho da minha vida era um debate entre a Palin e o Ahmadinejad, o outro, a pregar que o Holocausto nunca existiu, e ela, a abrir a sua mala hitchckoquiana, e a tirar aquelas fotografias horríveis, de cadáveres em vida, pendurados em beliches, e a saírem de fornos crematórios, que todos nós conhecemos, desde crianças, e a perguntar-lhe, enquanto ajeitava os ganchos do carrapito, "e isto, o que é que acha que é: fotos de férias em Acapulco?...", e a apontar para a filha grávida -- acho que... repito, acho que... ela era muito boa a dar baldas na escola em que andava, e o pessoal de 17 anos já nem dizia "vou bater uma", mas tinha a expressão "vou vazar na Palin" -- e apontar para a Palin júnior, e a perguntar ao Ahmadinejad, "olhe lá, se você tivesse uma filha como eu tenho, 17 anos, já de balão, com um filho da malta, o que é que você lhe fazia, lá, em Teerão?..."
Toda a gente sabe que o Ahmadinejad a mandava imediatamente enterrar até os pescoço, e seria lapidada, às tantas por muitos dos gajos, barbudos e cheios de piolhos, que lhe tinham usado o buraco, ainda na véspera...
As pessoas poderão interrogar-se sobre a razão do surgimento das Palins deste Mundo, mas a resposta é meramente terapêutica: há uma fase da doença em que a coisa se trata com aspirinas e outra é que é necessário amputar, devido à gangrena.
Parte do nosso mundo está gangrenado, e, com isto, nada quero escrevinhar em abono da Palin, mas suponho que a melhor maneira de vexar o insuportável Regime dos Ayatollahs seja pôr uma mulher a carregar no botão de chuto no cu dessa gente.
Trinta anos dessa merda é a conta exacta para que os risquem do mapa, e para sempre, e contamos com a Senhora Palin para que o faça.
Quanto ao resto, o Capitalismo está em agonia, como já há muito Marx previra e os poetas da margem, como Pound, tinham avisado: morreria sufocado pela sua própria usura, e haveria de degenerar numa coisa, nem carne nem peixe, muito parecida com as alforrecas, quando dão à costa.
Bush, o mico do Texas, revelou-nos agora a maior surpresa da sua carreira: afinal, por detrás daquele ar de pequeno idiota risível, tínhamos uma alma socialista, pronta a intervir, com injecções de capitais do Estado, para-nacionalizações, e golpes de ombro proteccionistas. É verdade que o Ultra-Liberalismo é muito bom, quando só leva à falência as empresas do Vale do Ave, e coloca na berma da estrada aquelas mães de família de bigode, que irão entregar o corpo à busca de novas fontes de rendimento, "requalificação profissional", ou "aprendizagem ao longo da vida", como diria Sócrates e o seu Tumor da Educação. O Ultra-Liberalismo, todavia, torna-se mau, quando pode levar à ruína as pessoas que viviam bem, e aí é necessário intervir musculadamente, com as reservas dos Estados, por acaso, reunidas à pala dos nossos bolsos, quando ainda tínhamos qualquer coisa lá dentro.
Eu sei que este texto já vai longo, e que já deve haver gente a insultar-me, e a perguntar "mas este gajo, afinal, é maluco, ou pensa mesmo isto?..."
Penso mesmo isto.
Na minha fase pós-política, ou meta-política, ando mais preocupado com a ética do nosso devir. Uso os políticos e os momentos eleitorais, do mesmo modo que eles nos usam a nós: com um cinismo e uma frieza, que os levaria a ficarem arrepiados, se realmente soubessem o que deles penso. Se estivesse na América -- onde ainda continuo à espera de qualquer coisa, tipo 11 de Setembro, que leve os indecisos a perceber que têm de dar um chuto no tição do teclado branco... -- desenhava um caralhinho no boletim de voto, ou nos furinhos, ou lá como é, e mandava-os, ambos, ao sítio onde merecem; se estivesse nos Açores, em Outubro, votaria em Carlos César, do P.S., para lhe dar uma maioria absolutíssima, a melhor maneira de mandar o Aníbal à merda e fazer crer ao Sócrates que estava no bom caminho; nas autárquicas, votarei, claramente, Pedro Santana Lopes, o único que quis tornar Lisboa numa cidade de casinos e do lazer, em vez de uma favela, de Primeiros Comandos de Portugal, e de passagem, para mandar para o caralho o Costa e os seus amigos pedófilos e rémoras do Bloco de Esquerda; nas Legislativas de 2009, já há muito jurei que vou pelo PCP, a melhor maneira de fazer patinar o Centrão; e nas Europeias, no CDS, para ver se o Portas vai mamar caralhos para outras freguesias.
Gostaram?
Se não gostaram, podem começar a insultar-me.
Aproveitem, que hoje estou bem disposto.

5 commentaires:

Anónimo disse...

Todo tu és ética e meta-política.
Chamas pedófilo aos outros talvez porque não tens um espelho para veres esse focinho decadente e seboso que se baba ao regalar esses teus olhos de boga gorda com jovens que têm idade quase para ser teus netos.
Todo tu és ética, cabrão hipócrita!
Todo tu és meta-tudo, cínico de merda!

72.232.205.130 disse...

A maluca do Carvalhido anda outra vez na euforia :-)
Ainda bem: há novidades no http://emailsdemessalina.blogspot.com/

Mugabe disse...

Em formação, com a gordura a acumular-se, a prestação da casa em flecha, os amantes a não lhe pegarem, coitado do filho...

Licenciada disse...

Voltamos a recordar estarmos a lidar com uma pessoa com sérios problemas e medicada, pelo que se pede paciência.

fado alexandrino. disse...

Um texto assombroso.
Fartei-me de rir, mas sim, há por lá muita coisa a roçar a verdade!

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